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A China entrou na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001. Por ser um dos maiores importadores do complexo soja, causou mudanças importantes ...

A China entrou na Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001. Por ser um dos maiores importadores do complexo soja, causou mudanças importantes no mercado internacional do grão, como o maior acesso ao mercado chinês e a limitação dos subsídios do governo desse país aos produtores domésticos. No Brasil, a produção de soja concentra-se nas regiões Centro-Oeste e Sul. O estado de Mato Grosso é responsável por 27,2% da produção nacional; o Paraná produz 16,1% da soja do país; o Rio Grande do Sul, 14,4%; e Goiás, 9,9%. Mas as regiões Norte e Nordeste também estão aumentando a sua área de plantio, e áreas no Maranhão, em Tocantins, no Piauí e na Bahia (Matopiba), no período de 2018-2019, responderam por 12,3% da produção brasileira. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a produção de soja em grão em 2018 foi de 118,88 milhões de toneladas, com uma produtividade média projetada para os próximos anos de 3,38 toneladas por hectare. Existe uma forte tendência de a produtividade aumentar devido ao crescimento da tecnificação das lavouras, em especial na região Centro-Oeste. Até 2023, espera-se que o consumo interno de soja em grão chegue a 50,6 milhões de toneladas, com um aumento de 19,4% no consumo. De acordo com a Conab, o aumento, em relação ao período de 2019-2020, deverá ocorrer tanto na exportação como no consumo de soja. O Brasil é o maior produtor e exportador de café. Em 2017, sua produção representou 32,7% da produção mundial, sendo que os principais países importadores de café brasileiro são: Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Bélgica. A seguir, veja o ranking dos países produtores de café na safra 2017/18. Participação (%) dos países na produção mundial de café em grão (2017/18) 1º Brasil 2º Vietnã 3º Colômbia 4º Indonésia 5º Etiópia 6º Honduras 7º Índia 8º Peru 9º Uganda 10º Outros países Brasil 33% Vietnã 18% Outros países 16% Uganda 3% Peru 3% Índia 4% Honduras 4% Etiópia 4% Indonésia 7% Colômbia 9% É importante observar que a cultura de café apresenta uma característica relevante em sua produção, a bienalidade, ou seja, em uma safra apresenta uma produtividade alta e na safra seguinte a produção apresenta queda, devido à necessidade de recomposição das plantas. Essa é uma característica de culturas permanentes, sobretudo do café arábica (Conab, 2020). O gráfico a seguir representa a bienalidade observada na produção de café no Brasil. Observe que, para a safra de 2020, as informações apresentadas pela Conab preveem uma safra de bienalidade positiva, isto é, apresentará produtividade superior à safra de 2019. Outra característica importante para o mercado do café é que, devido à grande extensão do país, o Brasil apresenta a vantagem de desenvolver diversos tipos e qualidades de cafés – um diferencial que possibilita atender às diferentes demandas. Conforme a Conab (2020), o país conta com 2,16 milhões de hectares voltados à cultura de café dos tipos arábica e robusta. Há um acréscimo, no ano de 2019, de 1,4% da área utilizada em relação à safra de 2018. A área destinada à produção de café no Brasil vem caindo conforme há um aumento na produção, resultado do ganho de produtividade alcançado pelos produtores com a aplicação de novas tecnologias. Na safra de 2020, é possível, no entanto, perceber uma leve retomada no crescimento da área total nos principais estados produtores de café, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Bahia. A maioria dos produtores de café no Brasil é membro de alguma associação de interesse privado, e os insumos, em grande parte, são obtidos por meio das cooperativas, que os disponibilizam com menor preço por operarem em grande escala. Apenas grandes cafeicultores vendem os grãos para compradores diretos, pois a maioria dos produtores se relaciona com a cooperativa para entregar seus produtos. Zilbersztajn (1993) acredita que “em geral os produtores trabalham com um nível de incerteza e insegurança muito alto em relação às informações disponíveis no mercado”. Mas por que essa incerteza acontece para os produtores de café? Essa situação ocorre em função de fatores como distância física entre produtor e cooperativa, desinteresse em participar das transações e dificuldade de comunicação com as fontes. Nesse sentido, o produtor mantém uma relação instável com a cooperativa, já que ele possui a possibilidade de vender a sua produção para outros atores da cadeia (ZILBERSZTAJN, 1993). Por sua vez, as cooperativas vendem o café para a indústria de torrefação, os exportadores e os dealers.

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Qual é a principal característica da produção de café no Brasil? A principal característica da produção de café no Brasil é a bienalidade, ou seja, em uma safra apresenta uma produtividade alta e na safra seguinte a produção apresenta queda, devido à necessidade de recomposição das plantas. Essa é uma característica de culturas permanentes, sobretudo do café arábica.

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