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Qual é a reflexão fundamental sobre a forma como o Serviço Social olhava para a população mais subalternizada naquele contexto pós-abolição? As hi...

Qual é a reflexão fundamental sobre a forma como o Serviço Social olhava para a população mais subalternizada naquele contexto pós-abolição?

As hipóteses para o calar contundente verificado nas fontes apreciadas baseiam-se tanto na “contextualidade histórico-social que torna possível a emergência do Serviço Social como profissão” (NETTO, 2007, p. 17), - com ênfase para o projeto reformista conservador vigente no Serviço Social tradicional -, como na propalada ideologia racial dominante, conjugação da ideologia do branqueamento e do mito da democracia racial (FERREIRA, 2010, p. 14).
Eis, pois, que tal análise acerca do processo de sistemático negligenciamento dos/as Assistentes Sociais em relação à população negra naquele contexto pós-abolição, precisa ser realizada com base no entendimento de que, justamente pelo fato do racismo ser um elemento que constitui nossas relações e está presente em todos os âmbitos, se colocando enquanto uma “normalidade” e uma forma de pensar nessa sociedade (Almeida, 2016), o Serviço Social não está alheio a este processo, mas antes, o constitui e está totalmente imbricado.
É importante sinalizar que, ainda que tenhamos tido importantes avanços na profissão, como demonstraremos ao final do capítulo, posturas como essas ocorrem até hoje e o fato dos/as profissionais vivenciarem a desumanização que circunda a população negra, não significa, necessariamente, que irão construir mediações para enfrentar isso, pois essa desigualdade foi historicamente naturalizada. Grande parcela da sociedade, e infelizmente muitos/as assistentes sociais, não estão/são abertos/as a esse debate, pois fomos sociabilizados/as a partir da naturalização da população negra enquanto um segmento subalternizado.

Essa pergunta também está no material:

Tales Willyan Fornazier Moreira
182 pág.

Pedagogia Universidade do Estado do Rio de JaneiroUniversidade do Estado do Rio de Janeiro

💡 1 Resposta

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A reflexão fundamental sobre a forma como o Serviço Social olhava para a população mais subalternizada naquele contexto pós-abolição é que o Serviço Social negligenciava sistematicamente a população negra, devido à ideologia racial dominante da época, que conjugava a ideologia do branqueamento e do mito da democracia racial. Além disso, o racismo é um elemento que constitui nossas relações e está presente em todos os âmbitos, se colocando enquanto uma “normalidade” e uma forma de pensar nessa sociedade, o que faz com que o Serviço Social esteja totalmente imbricado nesse processo. Mesmo com importantes avanços na profissão, posturas como essas ainda ocorrem até hoje e muitos profissionais não estão abertos a esse debate, pois foram sociabilizados a partir da naturalização da população negra enquanto um segmento subalternizado.

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