O poema "Morte e Vida Severina" de João Cabral de Melo Neto apresenta uma linguagem objetiva e seca, que reflete a dureza da vida no sertão nordestino. A regência do verbo "sentar" é alterada em alguns versos, o que gera efeitos de sentido interessantes. Nos versos 2 e 3 da primeira estrofe, o verbo "sentar" é transitivo direto, com o objeto "poltrona" recebendo a ação. Já no verso 2 da segunda estrofe, o verbo "sentar" é transitivo indireto, com o objeto "bancos ferrenhos de colégio" recebendo a preposição "em". Essa mudança de regência do verbo "sentar" gera um efeito de sentido que destaca a diferença entre os assentos confortáveis e os desconfortáveis. Enquanto a poltrona é um objeto de conforto, a tábua-de-latrina é um objeto de desconforto e sofrimento. Da mesma forma, os bancos ferrenhos de colégio são desconfortáveis e duros, o que contrasta com a poltrona. Essa mudança de regência do verbo "sentar" também ajuda a criar uma imagem mais vívida e realista da vida no sertão nordestino, onde as pessoas muitas vezes não têm acesso a objetos de conforto.
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Unidade Curricular Língua Portuguesa e Matemática
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