A Constituição Federal de 1988 instituiu a Seguridade Social brasileira como direito, integrada às Políticas de Saúde, Assistência Social e Previdê...
A Constituição Federal de 1988 instituiu a Seguridade Social brasileira como direito, integrada às Políticas de Saúde, Assistência Social e Previdência Social. Tais conquistas possibilitaram a emergência de novos direitos previdenciários, a exemplo dos trabalhadores rurais, os quais tiveram acesso a serviços públicos do SUS (Sistema Único de Saúde). Consequentemente, desencadeou o crescimento da oferta de benefícios, como os assistenciais, dentre outros (RAICHELIS, 2019). Segundo Raichelis (2019), os avanços da Seguridade configuram diversos benefícios, porém, as desigualdades e exclusão social, precarização das condições de trabalho, empobrecimento de grande segmento da população e o nível de concentração de renda marcam o contexto que se insere a referida política. Com isso, diversos são os desafios em materializar os princípios propostos pela Seguridade Social, sobretudo, no que se refere à universalização do acesso aos benefícios sociais ofertados pelas políticas. De acordo Raichelis (2019), estudos apontam um contexto de crise da Seguridade Social no Brasil, configurada pelas dimensões sociais, econômicas, administrativas e até ética. Na conjuntura atual, pode-se afirmar que existe uma continuação da falta de vontade política em efetivar as políticas, especialmente no que que diz respeito às restrições de recursos financeiros e/ou pelas reformas propostas pelo Estado que, consequentemente, sofrem diversos ataques. No contexto de crise do capital, observa-se a intensificação das fragilidades nas condições e relações de trabalho e, portanto, a necessidade dos profissionais do Serviço Social se posicionarem frente a esse contexto das políticas públicas vinculadas à Seguridade Social, objetivando superar os desafios postos aos profissionais no processo de efetivação das políticas sociais em atenção às demandas da (o) trabalhador (a) (RAICHELIS, 2019). Tais desafios se colocam ao assistente social cotidianamente, o qual mantém o compromisso ético-político vinculado às lutas sociais dos trabalhadores, pois, diante do cenário que impede a inserção do trabalhador no mercado de trabalho, diversos são os desafios enfrentados pelos assistentes sociais na Seguridade Social (RAICHELIS, 2019).
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