Na freguesia de São Sebastião de Ferreiros, o africano Lino, de nação Moçambique, já com cerca de 40 anos de idade, disse que na noite de sábado do...

Na freguesia de São Sebastião de Ferreiros, o africano Lino, de nação Moçambique, já com cerca de 40 anos de idade, disse que na noite de sábado do dia 2 de novembro do ano de 1872 teria “vindo da Fazenda do Retiro para esta do Secretário para levar azeite, deixando-se ficar nesta fazenda para tomar parte no brinquedo que tem o nome de Caxambu entre os escravos.” É provável que este Caxambu do dia 2 de novembro não tivesse sido um “ajuntamento” casual para distração ou “brinquedo” apenas, mas aquele dia de finados, que naquele ano coincidira com um sábado, talvez tivesse motivado os escravos das fazendas a se organizarem antecipadamente para o encontro. [...] O calendário anual de festas e dias santos era bem conhecido entre os escravos, especialmente porque estes eram seus “dias livres”. Além disso havia a semanal noite de sábado e os domingos, quando não eram incomuns encontros para batuques e danças. O Caxambu, ou Jongo, é uma cerimônia originada na tradição bantu, chegada ao Brasil pelos escravizados, vindo da região que, hoje, corresponde a Angola. O texto revela que o Caxambu A era uma prática cultural popular entre pessoas brancas e negras que participavam da cerimônia. B era uma manifestação religiosa exclusiva dos escravizados africanos. C era uma forma de entretenimento que misturava elementos das culturas africanas e europeias. D era uma celebração festiva que ocorria apenas em datas religiosas específicas. E era uma tradição cultural que se limitava às regiões de maior concentração de escravizados africanos.

A era uma prática cultural popular entre pessoas brancas e negras que participavam da cerimônia.
B era uma manifestação religiosa exclusiva dos escravizados africanos.
C era uma forma de entretenimento que misturava elementos das culturas africanas e europeias.
D era uma celebração festiva que ocorria apenas em datas religiosas específicas.
E era uma tradição cultural que se limitava às regiões de maior concentração de escravizados africanos.