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. A Lei nº 13.988/2020, inseriu, na Lei nº 10.522/2002, o art. 19-E, afastando a aplicação do voto de qualidade na hipótese de empate em julgamento...

. A Lei nº 13.988/2020, inseriu, na Lei nº 10.522/2002, o art. 19-E, afastando a aplicação do voto de qualidade na hipótese de empate em julgamento de determinação e exigência do crédito tributário. Posteriormente, foi publicada a Medida Provisória nº 1.160/2023 revogando o art. 19-E Lei nº 10.522/2002, e reinstalado o voto de qualidade, a qual, contudo, perdeu sua vigência, de maneira que a regra do art. 19-E passou a produzir efeitos novamente. A isso seguiu a edição da Lei nº 14.689/2023 que, novamente, revogou o art. 19-E Lei nº 10.522/2002, o que implicou a reintrodução no ordenamento jurídico do voto de qualidade. A mesma Lei nº 14.689/2023, inseriu o § 9º-A ao art. 25 do Decreto Federal nº 70.235/72, autorizando a exclusão da multa constante de auto de infração mantido em julgamento decidido por voto de qualidade no CARF. Observando esse cenário, responda se essa medida - a autorização para decisão por voto de qualidade na hipótese de empate no julgamento de processo administrativo tributário - viola algum princípio constitucional/legal. Analise cada ponto, levando em conta os princípios que regem a administração pública e ainda o devido processo legal, a presunção de inocência e a supremacia do interesse público, bem como o disposto no art. 112 do CTN. Considere em sua resposta, ainda, a regra que determina a exclusão da multa, avaliando se ela seria suficinte para afastar os critérios por você utilizados para apontar a violação de princípios constitucionais ou legais, ou se essa disposição seria eficiente em resguardar os interesses do contribuinte e a aplicabilidade do referido artigo 112 do CTN. Justifique e fundamente a sua resposta.

💡 2 Respostas

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Ed Verified user icon

A autorização para decisão por voto de qualidade na hipótese de empate no julgamento de processo administrativo tributário não viola nenhum princípio constitucional ou legal. Primeiramente, é importante destacar que a Lei nº 13.988/2020, que inseriu o art. 19-E na Lei nº 10.522/2002, afastando a aplicação do voto de qualidade na hipótese de empate em julgamento de determinação e exigência do crédito tributário, foi posteriormente revogada pela Medida Provisória nº 1.160/2023, que reinstalou o voto de qualidade. No entanto, essa medida perdeu sua vigência, fazendo com que a regra do art. 19-E voltasse a produzir efeitos novamente. Posteriormente, a Lei nº 14.689/2023 revogou novamente o art. 19-E da Lei nº 10.522/2002, reintroduzindo o voto de qualidade. O voto de qualidade é um mecanismo previsto em lei que permite ao presidente do órgão julgador desempatar o julgamento em caso de empate. Embora possa gerar controvérsias, não há violação de princípios constitucionais ou legais na sua utilização. No que se refere à exclusão da multa constante de auto de infração mantido em julgamento decidido por voto de qualidade no CARF, é importante destacar que essa medida foi autorizada pela Lei nº 14.689/2023, que inseriu o § 9º-A ao art. 25 do Decreto Federal nº 70.235/72. Essa disposição não viola os princípios constitucionais ou legais que regem a administração pública, o devido processo legal, a presunção de inocência e a supremacia do interesse público, bem como o disposto no art. 112 do CTN. No entanto, é importante ressaltar que a exclusão da multa não é suficiente para afastar os critérios utilizados para apontar a violação de princípios constitucionais ou legais. É necessário avaliar cada caso concreto e verificar se a exclusão da multa é suficiente para resguardar os interesses do contribuinte e a aplicabilidade do referido artigo 112 do CTN.

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Sueli Colaço

O “voto de qualidade” afronta o Princípio Constitucional da Igualdade,

tendo em vista que possibilita a decisão de um processo administrativo com

voto “duplicado” em favor do Fisco. Ademais, tal instituto viola o Princípio do

Devido Processo Legal, haja vista a forma arbitrária com que o processo é

 julgado quando o “voto de qualidade” é aplicado.


Por estes motivos, a extinção do “voto de qualidade” não pressupõe

violação a quaisquer princípios, haja vista que sua existência afronta o


Princípio da Presunção de Inocência, previsto no artigo 112, do CTN. Isso

porque, o “voto de qualidade” pode acabar por beneficiar o Fisco, quando em

caso de dúvidas, a decisão deverá ser favorável ao réu.

Por fim, a extinção do “voto de qualidade” está em total acordo com o

Princípio da Supremacia do Interesse Público, tendo em vista que tal extinção


busca a aplicação do devido processo legal e da imparcialidade nos


 julgamentos administrativos.


ii)

 A expressão “processo administrativo 

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