eia o trecho a seguir, do texto Por que ler o clássicos? de Italo Calvino De fato, as leituras da juventude podem ser pouco profícuas pela impaciê...

eia o trecho a seguir, do texto Por que ler o clássicos? de Italo Calvino De fato, as leituras da juventude podem ser pouco profícuas pela impaciência, distração, inexperiência das instruções para o uso, inexperiência da vida. Podem ser (talvez ao mesmo tempo) formativas no sentido de que dão uma forma às experiências futuras, fornecendo modelos, recipientes, termos de comparação, esquemas de classificação, escalas de valores, paradigmas de beleza: todas, coisas que continuam a valer mesmo que nos recordemos pouco ou nada do livro lido na juventude. Relendo o livro na idade madura, acontece reencontrar aquelas constantes que já fazem parte de nossos mecanismos interiores e cuja origem havíamos esquecido. Existe uma força particular da obra que consegue fazer-se esquecer enquanto tal, mas que deixa sua semente. CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. A respeito do excerto apresentado, assinale a alternativa correta a respeito da visão de leitura e livros clássicos do autor. a. Para o autor, a leitura de clássicos durante a juventude é desimportante, pois o leitor jovem é marcado por sua impaciência, distração e inexperiência. b. A construção de caráter da obra literária se dá na correlação entre pintura e literatura, sendo a primeira expressão artística imprescindível para a formação da consciência do belo em si. c. Para Calvino, a melhor maneira de compreender os clássicos é decorar passagens de leitura, assim nos prevenimos de esquecê-los. d. Segundo a concepção de Calvino, uma obra clássica é aquela que pode servir como base na formação de caráter de quem a lê, principalmente durante a juventude. e. O ideal, para Calvino, é que a obra clássica seja lida uma vez apenas na vida, visto que a releitura pode prejudicar no processo de assimilação daquela primeira leitura, com suas ressignificações.