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adotamos apenas as reti cências, mas por economia de espaço. Em sua prova, é claro, faça o resumo do enunciado. MANUAL DE PRÁTICA PENAL 2ª fase do ...

adotamos apenas as reti cências, mas por economia de espaço. Em sua prova, é claro, faça o resumo do enunciado. MANUAL DE PRÁTICA PENAL 2ª fase do Exame de Ordem 1ª EDIÇÃO 125III. PEÇAS PASSADAS RESOLVIDAS II. DO DIREITO Conforme esclarecido acima, o Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal absolveu sumariamente a ré em razão de sua inimputabilidade. No entanto, segundo o art. 415, parágrafo único, do Código de Processo Penal, só é possível a absolvição sumária na primeira fase do rito do júri por inimputabilidade quando for a única tese de defesa e, como exposto, a ré também sustentou a tese de negativa de autoria. Ademais, o estado puerperal não é hipótese de inimputabilidade, mas elemento do delito de infanticídio, do art. 123 do Código Penal, sendo imperiosa a pronúncia da ré por homicídio qualificado, como consta na denúncia, ou por infanticídio. Comentário: não cabe ao examinando analisar se o estado puerperal é ou não capaz de gerar a inimputabilidade – até porque, não há informações sufi cientes no enunciado para qualquer mani- festação nesse senti do. De fato, ter agido sob o estado puerperal é elemento consti tuti vo do ti po penal previsto no art. 123 do CP, mas não havia moti vo para sustentar a tese desclassifi catória, que nem é de interesse da acusação. Além disso, fi cou constatado o estado puerperal, mas em momento algum foi dito que Ana prati cou o delito por ele infl uenciada. Em verdade, nas primeiras provas (é o caso do VII Exame de Ordem), a FGV ainda estava aprendendo a elaborar o Exame de Ordem. Até al- cançar o padrão atual, que não comporta muitos questi onamentos, muitos erros foram cometi dos. De qualquer forma, como o gabarito exigiu que fosse sustentada a tese desclassifi catória, decidimos inclui-la ao modelo da peça. III. DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o recurso, para que seja reformada a sentença de absolvição sumária e pronunciada a ré nos termos da denúncia. Comentário: o gabarito do VII Exame de Ordem fugiu do padrão atual da prova. Primeiro, não foram pontuados os pedidos de conhecimento e provimento do recurso. Além disso, a banca pontuou a menção ao que o examinando busca – no caso, a pronúncia da ré. Em apelação, na últi ma vez em que a peça caiu, a banca exigiu apenas os pedidos de conhecimento e provimento. MANUAL DE PRÁTICA PENAL 2ª fase do Exame de Ordem 1ª EDIÇÃO 126III. PEÇAS PASSADAS RESOLVIDAS Comarca ..., data .... Advogado ..., OAB.... XI EXAME DE ORDEM 1. Jerusa, atrasada para importante compromisso profi ssional, dirige seu carro bastante preocupa- da, mas respeitando os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla, Jerusa decide ultrapas- sar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da velocidade permiti da. 2. Para realizar a referida manobra, entretanto, Jerusa não liga a respecti va seta luminosa sinaliza- dora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a ati ngir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, conduzia sua moto no senti do oposto da via. Não obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria Jerusa e das demais testemunhas, Diogo falece em razão dos ferimentos sofridos pela colisão. Instaurado o respecti vo inquérito policial, após o curso das investi gações, o Ministério Público decide oferecer denúncia contra Jerusa, imputando-lhe a práti ca do delito de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (Art. 121 c/c Art. 18, I parte fi nal, ambos do CP). 3. Argumentou o ilustre membro do Parquet a imprevisão de Jerusa acerca do resultado que pode- ria causar ao não ligar a seta do veículo para realizar a ultrapassagem, além de não atentar para o trânsito em senti do contrário. A denúncia foi recebida pelo juiz competente e todos os atos processuais exigidos em lei foram regularmente prati cados. 4. Finda a instrução probatória, o juiz competente, em decisão devidamente fundamentada, deci- diu pronunciar Jerusa pelo crime apontado na inicial acusatória. O advogado de Jerusa é inti ma- do da referida decisão em 02 de agosto de 2013 (sexta feira). 5. Atento ao caso apresentado e tendo como base apenas os elementos fornecidos, elabore o re- curso cabível e date-o com o últi mo dia do prazo para a interposição. (Valor: 5,0) 6. A simples menção ou transcrição do dispositi vo legal não pontua. 1. IDENTIFICANDO A PEÇA Como ocorreu a audiência e já existe decisão judicial, talvez venha a apelação em mente. No entan- to, a apelação é peça residual, cabível quando não for hipótese de recurso em senti do estrito. Por essa razão, sempre que o problema disser que há uma decisão do juiz de primeiro grau, leia o rol do art. 581 do CPP. Uma das situações previstas no dispositi vo é a sentença de pronúncia, decisão proferida pelo juiz no enunciado. É a peça a ser feita. MANUAL DE PRÁTICA PENAL 2ª fase do Exame de Ordem 1ª EDIÇÃO 127III. PEÇAS PASSADAS RESOLVIDAS 2. IDENTIFICANDO AS TESES DE DEFESA A pronúncia faz com que o réu seja submeti do ao julgamento perante o Tribunal do Júri. Em recurso em senti do contra a pronúncia, o objeti vo é evitar esse julgamento. Os arts. 414 e 415 do CPP, que tratam da absolvição sumária no rito do júri e da impronúncia, dão um norte em relação ao que deve ser buscado: (a) prova da inexistência do fato; (b) prova de não ser o réu autor ou partí cipe do delito; (c) o fato não consti tui crime; (d) demonstração de causa de exclusão do crime ou isenção de pena; (e) inimputabilidade, quando for a única tese defensiva; (f) falta de provas sufi cientes de materiali- dade ou de autoria. Além disso, como o Tribunal do Júri julga apenas crimes dolosos contra a vida, a desclassifi cação é uma tese sempre presente – por exemplo, homicídio doloso em lesão corporal ou em homicídio culposo. De qualquer forma, para sistemati zar a pesquisa, adotamos a metodologia sugerida ao longo do manual: falta de justa causa, exti nção da punibilidade, nulidade processual e excesso na punição. Em falta de justa causa, o objeti vo é desconsti tuir o delito imputado ao réu. Jerusa foi denunciada por homicídio doloso, com fundamento no art. 121, caput, do Código Penal. No primeiro parágrafo, o enunciado diz que a ré dirigia dentro do limite de velocidade da via. Ao fazer uma ultrapassagem, Jerusa esqueceu de dar seta e, em razão disso, ati nge Diogo, motociclista, cau- sando a sua morte. Portanto, sem muita refl exão, é possível perceber que não houve dolo em sua conduta. No parágrafo seguinte, ela confi rma não ter ligado a seta e complementa, informando que não havia observado o fl uxo contrário do trânsito, apenas confi rmando a teoria do homicídio culpo- so. Todavia, como fundamentar a resposta? O primeiro passo é a leitura do dispositi vo da denúncia – o art. 121 do CP. No § 3º do art. 121, a possível resposta: homicídio culposo. No entanto, após o § 3º, o vade-mécum faz algumas remissões – dentre elas, ao art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro. Da leitura do dispositi vo, não há dúvida de que foi o delito prati cado por Jerusa. Em seguida, procuramos por teses exti nti vas da punibilidade e de nulidade, mas nada foi encon- trado. Por fi m, quanto ao excesso na punição, o recurso em senti do estrito contra a pronúncia não comporta pedidos relacionados à pena (pena-base, regime prisional, sursis etc.). A única tese de excesso na punição presente já foi identi fi cada, que é a desclassifi cação do homicídio doloso para o homicídio culposo. Sobre a desclassifi cação, cuidado: sempre que a sustentar, faça a análise das quatro teses também em relação ao delito novo. Veja se não ocorreu a prescrição ou se faltou algum requisito legal (por exemplo, representação, na ação pública condicionada, ou o exame pericial, se for delito que deixa vestí gio). 3. MONTANDO A PE

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Pelo que entendi, o texto apresenta um caso prático de Direito Penal, em que uma ré foi absolvida sumariamente pelo juiz de primeira instância, mas a decisão foi considerada equivocada por não se enquadrar nos requisitos legais para a absolvição sumária. O texto também apresenta comentários sobre a elaboração de recursos em casos como esse. No entanto, não foi feita uma pergunta clara para que eu possa ajudar. Se tiver alguma dúvida específica sobre o caso apresentado, por favor, reformule sua pergunta.

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