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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Uma vez que o índice indica a capacidade de pagar as contas com recursos financeiros existentes, denota-se qu...

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Uma vez que o índice indica a capacidade de pagar as contas com recursos financeiros existentes, denota-se que, na análise, quanto maior o quociente, melhor para a empresa. No exemplo, temos: 2010 3.252 44.165 = 0,07 Índice de liquidez imediata Disponibilidade Passivo circulante 2009 7.208 33.630 = 0,21 No caso do exemplo, a análise é, em 2010: para cada R$1,00, temos R$0,07 de recursos financeiros de imediato. Enquanto que, no ano de 2009, tem-se: R$0,21 de recursos disponíveis para cada R$ 1,00 de obrigações de curto prazo. Quociente de liquidez corrente Indica quanto a empresa possui de ativo circulante para cada unidade monetária de passivo circulante. Quanto maior a capacidade de pagamento, melhor para a empresa, ou seja, quanto mais alto for o índice, melhor. Marion (2009, p. 72) observa: [...] é importante realçar, nesse momento, alguns aspectos relativos à liquidez corrente: • o primeiro é que o índice não revela a qualidade dos itens no ativo circulante (os estoques estão subavaliados, são obsoletos, os títulos a receber são totalmente recebíveis?); • o segundo é que o índice não revela a sincronização entre o recebimento e pagamentos, ou seja, por meio dele não identificamos se os recebimentos ocorrerão em tempo para pagar as dívidas vincendas. Assim, em uma liquidez corrente igual a 2,5 (aparentemente muito boa), pode a empresa estar em crise de liquidez, pois grande parte dos vencimentos das obrigações em curto prazo concentra-se no próximo mês, enquanto a concentração dos recebimentos ocorrerá dentro de 90 dias; • o terceiro, como um aspecto que contribui para o redimensionamento da liquidez corrente, no sentido de elevá-lo, é o estoque estar avaliado a custos históricos, sendo que seu valor de mercado está (valor de realização – de venda), normalmente, acima do evidenciado no ativo circulante. Portanto, a liquidez corrente, sob esse enfoque, será sempre mais pessimista do que a realidade, já que os estoques serão realizados a valores de mercado e não de custo (MARION, 2005, p. 72). Índice de liquidez corrente Ativo circulante Passivo circulante Esse quociente demonstra a capacidade de recursos financeiros líquidos de curto prazo para cobrir as obrigações de curto prazo. 2010 48.595 44.165 = 1,10 Índice de liquidez corrente Ativo circulante Passivo circulante 2009 39.618 33.630 = 1,18 Na análise, para cada R$1,00 de obrigações de curto prazo, a empresa tem recursos de curto prazo de R$1,10 para os anos de 2010 e de 2009, sua capacidade de pagar as obrigações de curto prazo era de R$1,18 para cada R$ de dívida. Quociente de liquidez seco Indica quanto a empresa possui de ativo circulante líquido para cada unidade monetária de passivo circulante. Semelhante ao índice de liquidez corrente, esse índice não considera os estoques, em face da dificuldade do nível de liquidez da conta. Os estoques são um item manipulável no balanço, devido à possibilidade de obsolescência ou por ser composto de produtos perecíveis. Nem sempre um índice de liquidez seca demonstra uma situação negativa, pois há casos em que o nível de estoques é elevadíssimo, como o caso do comércio varejista, em que há necessidade de estoques elevados devido ao giro das vendas. Índice de liquidez seca Ativo circulante – estoque Passivo circulante Considerando-se os dados do exemplo, temos: 2010 44.878 44.165 = 1,02 Índice de liquidez seca Ativo circulante – estoque Passivo circulante 2009 36.376 33.630 = 1,08 Para cada R$1,00 temos recursos financeiros de R$1,02 no decorrer de 2010, e R$1,08 para R$ 1,00 de obrigações de curto prazo. Quociente de liquidez geral Indica quanto a empresa possui de ativo circulante mais o ativo não circulante para cada unidade monetária de dívida geral (passivo circulante mais o passivo não circulante). Interpretação: quanto maior o índice, melhor, pois indica a capacidade da empresa em liquidar as obrigações total. Todos os recursos, de curto e longo prazo, são comparados para liquidar as obrigações totais – curto e longo prazo. Índice de liquidez geral Ativo circulante + não circulante Passivo circulante + passivo não circulante Exemplo calculado: 2010 125.648 89.428 = 1,41 Índice de liquidez geral Ativo circulante + não circulante Passivo circulante + passivo não circulante 2009 102.091 72.033 = 1,42 Considerando os valores de liquidez que em empresa tinha em 2009 e 2010, para cada R$1,00 de obrigações totais – dívidas de curto e longo prazo, a empresa tinha aproximadamente R$1,42 de recursos para liquidação. Resumo dos quocientes ou índices de liquidez, calculado com os dados do exemplo: Tabela 4: Índices ou quocientes de liquidez Índices ou quocientes de liquidez 2010 2009 Índice de liquidez imediata 0,07 1,18 Índice de liquidez corrente 1,10 1,18 Índice de liquidez seca 1,02 1,08 Índice de liquidez geral 1,41 1,42 Analisando-se a tabela-resumo dos índices de liquidez, verifica-se que, do ano de 2009 para o ano de 2010, houve uma ligeira diminuição da capacidade de saldos das obrigações por parte da Votorantim S.A. Participações. Observação Na concessão de créditos, as instituições financeiras se baseiam nos índices de liquidez. Índices de endividamento ou estrutura de capital Os quocientes ou índices de endividamento demonstram a relação de capitais próprios e de terceiros que compõem o capital da empresa. Esse tipo de análise é importante para verificar se a empresa recorreu a capitais de terceiros para complementar as aplicações no ativo e se foi necessário fazer mais dívidas para pagar outras obrigações que estão por vencer. Índices de endividamento ou índices de estrutura de capital mostram a composição e a aplicação dos recursos da empresa. Verificamos que o ativo (aplicação de recursos) é financiado por capitais de terceiros (passivo circulante mais passivo exigível em longo prazo) e por capitais próprios (patrimônio líquido), sendo essas, portanto, as origens dos recursos. Os quocientes de estrutura de capitais, também conhecidos por quocientes de endividamentos, são obtidos mediante a confrontação das contas que representam as contas do capital de terceiros com o patrimônio líquido e com o ativo permanente, e servem para aquilatar o grau de endividamento da entidade. Os principais índices ou quocientes de endividamentos são: • Quocientes de estruturas de capital: – quociente de composição das exigibilidades; – quociente de capital de terceiros/capital próprios; – quociente de imobilização do patrimônio líquido. Saiba mais Para aprofundar seus conhecimentos, visite: . Acesso em: 1 fev. 2012. Quociente de composição das exigibilidades Composição do endividamento: esse índice mostra o grau de dependência que os ativos da empresa têm aos capitais de terceiros, separando as exigibilidade de curto prazo – circulante em comparação com os de longo prazo – não circulante. Indica quanto as dívidas de curto prazo representam para cada unidade monetária do total da dívida com terceiros. Esse quociente demonstra a composição do endividamento de curto prazo em relação ao total, logo, a diferença corresponde ao longo prazo. Quanto menor, mais favorável, ou seja, o endividamento de longo prazo facilita o pagamento da empresa. Interpretação: quanto menor, melhor. É importante que as dívidas de longo prazo sejam maiores, pois há tempo para a empresa planejar suas finanças e programar o pagamento das obrigações. Caso as obrigações de curto prazo – passivo circulante – sejam maiores que a de dívidas de longo prazo – passivo não

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Análise das Demonstrações Financeiras

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O texto apresenta informações sobre diferentes índices de liquidez e endividamento utilizados na análise das demonstrações financeiras de uma empresa. Os índices de liquidez avaliam a capacidade da empresa em pagar suas obrigações de curto e longo prazo, enquanto os índices de endividamento mostram a relação entre capitais próprios e de terceiros que compõem o capital da empresa. É importante destacar que os índices de liquidez não revelam a qualidade dos itens no ativo circulante e não consideram a sincronização entre recebimentos e pagamentos. Já os índices de endividamento são obtidos mediante a confrontação das contas que representam as contas do capital de terceiros com o patrimônio líquido e com o ativo permanente, e servem para aquilatar o grau de endividamento da entidade.

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