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Temos também indivíduos com o mínimo de conhecimento científico até os intitulados intelectuais. Mas qual é o fascínio dessa religião? Por que tant...

Temos também indivíduos com o mínimo de conhecimento científico até os intitulados intelectuais. Mas qual é o fascínio dessa religião? Por que tantos seguidores? Talvez você e eu somos cristãos e não entendemos seu surgimento e até a sua importância filosófica. Devemos, então, abandonar qualquer tipo de preconceito religioso existente e analisar sua importância para a construção filosófica. Você analisará essa evolução e importância neste tópico. Vamos lá? Para iniciar esse debate filosófico, vamos resgatar o contexto do surgimento dessa religião no mundo, pois, historicamente, o homem sempre teve sua vida ligada ao misticismo e, na maioria das vezes, essas religiões tinham um caráter político, com uma dominação nacional e territorial. Vale ressaltar que o cristianismo nasce aproximadamente no século I, digo aproximadamente porque estudiosos afirmam que o calendário gregoriano cristão possui um erro de alguns anos. Enfim, o cristianismo nasce com os ensinamentos deixados por Jesus Cristo e se espalha pelo mundo através de seus seguidores que afirmavam a existência de um único Deus, contrariando as religiões existentes até o momento, com exceção do Judaísmo, que também acredita em um único Deus. Se, na antiguidade, a religião era ligada a um território ou a uma comunidade social, no cristianismo era ligada às pessoas que possuem “fé”, nos que creem. Isso pode ser explicado quando afirmamos que a vida, a ética e a moral do cristão não são definidas por sua relação com a sociedade, mas, sim, na sua única e íntima relação com Deus. A religião cristã se espalha pelo mundo através dos discípulos de Jesus, que passam a contar seus legados para o mundo, dentre eles Paulo e João. Paulo era filho de um tecelão e de alta posição no império romano, pois adquiriu sua cidadania romana e passou a ter uma visão cruel em relação aos cristãos, ou seja, perseguia os seus seguidores. Após sua conversão, Paulo andou por vários e vastos territórios espalhando os conceitos básicos do cristianismo, até sua morte. Com base nessas afirmacoes, vamos abordar aqui o que chamamos de “Filosofia Patrística”, ou seja, trabalharemos uma corrente filosófica cristã que resultou do esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos primeiros Padres da Igreja, pois essa filosofia recebeu tal nome devido aos primeiros teólogos do cristianismo, os Padres da igreja, que traduzido significa “Pais da Igreja” (Padre = Pai). O cristianismo com a filosofia patrística ganhou uma forma de conciliação entre o pensamento filosófico dos gregos e romanos e, com essa conciliação, ocorreu uma adesão dos pagãos e essa religião. A filosofia patrística liga-se, portanto, à tarefa religiosa da evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos. Nos primeiros séculos da era cristã, os escritos de Aristóteles e Platão haviam desaparecidos e, com isso, o cristianismo absorveu ideias das escolas helenísticas e greco-romanas, como o estoicismo e do neoplatonismo apresentando a ideia do uno, do qual emanariam todas as realidades, começando pelo Logos. O cristianismo, por sua vez, baseia-se na fé, na bíblia, criada no concílio de Niceia, pois a bíblia vem da palavra grega biblion, que significa conjunto de livros – como a palavra biblioteca, que remete a um local de muitos livros –, ou seja, a bíblia é um conjunto de livros unificados a um único livro. É de importante destaque que a bíblia foi dividida entre antigo testamento, que é a Torá (o livro sagrado dos judeus), e nos livros sagrados deixados pelos seguidores diretos de Jesus. Assim, podemos afirmar que a origem do cristianismo está em acreditar nos ensinamentos da palavra revelada, pois para os cristãos a verdade vem direto do Espírito Santo, ou seja, os filósofos não precisam mais se dedicar na busca da verdade, pois ela já foi revelada. Enfim, começamos então o maior desafio filosófico que é conciliar a fé e a razão. A partir desse desafio, nos é proposto que a ética cristã vai tomar um lugar importante na sociedade, pois vamos encontrar o lado espiritual através da fé e o lado humano através da caridade cristã. É importante salientar que a obediência à palavra revelada vai formar, no campo da moral, a ideia de dever, uma norma de conduta moral e ética. Você consegue reconhecer um cristão através de sua conduta ética? Talvez nessa sociedade atual com tantas manipulações seja um pouco difícil, mas não deveria, pois o verdadeiro cristão segue essa ideia filosófica e deveria ser fácil reconhecer, pois o seu seguidor tem um dever a cumprir. Já quando se fala do interior humano, da interioridade falamos de intenção, que deve ser julgada eticamente, pois Deus é onipotente, onipresente e onisciente e conhece sua intenção ética e moral. Dessa forma, podemos verificar na fala de Marilena Chauí abaixo que o primeiro contato ético se estabelece através dessa relação com Deus A primeira relação ética, portanto, se estabelece entre o coração do indivíduo e Deus, entre a alma invisível e a divindade. Como consequência, passou-se a considerar como submetido ao julgamento ético tudo quanto, invisível aos olhos humanos, é visível ao espírito de Deus, portanto, tudo quanto acontece em nosso interior. O dever não se refere apenas às ações visíveis, mas também às intenções invisíveis, que passam a ser julgadas eticamente. Eis por que um cristão, quando se confessa, obriga-se a confessar pecados cometidos por atos, palavras e intenções. Sua alma, invisível, tem o testemunho do olhar de Deus, que a julga (CHAUÍ, 2003, p. 37). Assim, podemos demonstrar a formação ética absorvida pela relação com Deus, apontando toda questão do sobrenatural que forma a origem de nossas atitudes e práticas na sociedade, ou seja, tudo que nos torna um ser ético na sociedade. SAIBA MAIS Você já ouviu falar em Santo Agostinho? Junto com São Tomás de Aquino, é considerado um dos mais célebres doutores da igreja, sendo valorizado em várias religiões, com frases que norteiam a vida cotidiana até os dias atuais. Vale ressaltar que suas obras guiaram o pensamento cristão medieval e suas obras como as Confissões são consideradas trabalhos a serem seguidas por filósofos, historiadores, entre outros autores de diversas áreas. Você conhece alguma de suas frases? Que tal essa: “A medida do amor é amar sem medidas”? Santo Agostinho. Fonte: Santo Agostinho (2002). 3 A NATUREZA HUMANA DE ROUSSEAU Rousseau é um filósofo nascido na cidade Genebra que, em seus estudos, tentou analisar o homem e apontou alguns problemas na relação sociedade e indivíduos, afirmando que a sociedade é perversa e corrompe o homem. Sendo assim, ele propunha ao indiv

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ATUALIZADA - ëtica e Deontologia na Educaúo Fsica (UniFatecie)
92 pág.

Ética e Deontologia Faculdade UNIFATECIEFaculdade UNIFATECIE

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