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O consentimento informado é a base para uma relação de confiança entre médico e paciente e é a partir dele que tem início o atendimento médico. Ver...

O consentimento informado é a base para uma relação de confiança entre médico e paciente e é a partir dele que tem início o atendimento médico. Veremos, ainda nessa aula, a importância de uma comunicação adequada das condições de doença, tratamento e intervenções conforme o entendimento e o momento emocional do paciente. A noção de consentimento informado Em relação à postura da equipe de saúde na prestação de serviços, considera-se relevante a noção de consentimento informado. O termo, que também pode ser entendido por consentimento esclarecido, consiste na manifestação de concordância do paciente com a intervenção ou tratamento médico. “Pressupõe não apenas uma simples informação, mas um verdadeiro e tão completo como possível esclarecimento decorrente de um dever especial e funcional do médico de prestar ao seu paciente esclarecimento com lealdade, em linguagem acessível e apropriada ao seu estado sobre meios de diagnósticos, inconvenientes, diagnósticos estabelecidos, prognósticos, tratamentos indicados, alternativas terapêuticas, efeitos colaterais etc.” (SECCHI, 2011) Ninguém deve ser submetido a qualquer tipo de tratamento, cirurgia, exame, sem sua prévia autorização, salvo em casos que a pessoa não tem condições para expressar sua vontade ou tomar uma decisão. Em situações assim, geralmente, a família se encarrega de tomar as decisões necessárias e autorizar procedimentos. O consentimento compreende o entendimento e o julgamento de valor, isto é, o paciente precisa entender o que está acontecendo com ele e as informações prestadas pelo médico, como também ponderar a respeito, julgar o que é melhor para si (quando há mais de uma alternativa de tratamento ou procedimento) e decidir seu modo de adesão ou não às intervenções propostas. O consentimento informado é muito importante para que o paciente saiba suas reais condições de saúde, entenda os tratamentos disponíveis para o seu caso, tenha o direito de escolher local de internação e tratamento – quando isso é possível – bem como se implique no seu processo de cura. Em casos de doenças graves, com tratamentos prolongados, muitas famílias precisam se reestruturar em termos dos seus papéis familiares e funções de cada membro. O paciente tem o direito de escolher o seu cuidador direto ou acompanhante. Fabbro (2009), citando Clotet (1993), em seu artigo Limitações jurídicas à autonomia do paciente, ressalta que: "o princípio da autonomia, denominação mais comum pela qual é conhecido o princípio do respeito às pessoas, exige que aceitemos que elas se autogovernem ou sejam autônomas, quer na sua escolha, quer nos seus atos. O princípio da autonomia requer que o médico respeite a vontade do paciente ou do seu representante, assim como seus valores morais e crenças. Reconhece o domínio do paciente sobre a própria vida e o respeito a sua intimidade. Limita, portanto, a intromissão dos outros indivíduos no mundo da pessoa que esteja em tratamento". É de suma importância que a pessoa exerça sua capacidade de decidir o que é melhor para ela em todos os momentos de sua vida, especialmente em um momento de vulnerabilidade, que pode provocar mudanças drásticas na sua vida social, profissional e pessoal. Nesse sentido, o consentimento informado é uma ferramenta que também protege o médico e a equipe de saúde, pois propicia informação adequada e promove uma decisão, que mesmo quando conjunta, envolve diretamente o paciente. Fabbro (2009), citando Clotet (1993), em seu artigo Limitações jurídicas à autonomia do paciente, ressalta que: "o princípio da autonomia, denominação mais comum pela qual é conhecido o princípio do respeito às pessoas, exige que aceitemos que elas se autogovernem ou sejam autônomas, quer na sua escolha, quer nos seus atos. O princípio da autonomia requer que o médico respeite a vontade do paciente ou do seu representante, assim como seus valores morais e crenças. Reconhece o domínio do paciente sobre a própria vida e o respeito a sua intimidade. Limita, portanto, a intromissão dos outros indivíduos no mundo da pessoa que esteja em tratamento". É de suma importância que a pessoa exerça sua capacidade de decidir o que é melhor para ela em todos os momentos de sua vida, especialmente em um momento de vulnerabilidade, que pode provocar mudanças drásticas na sua vida social, profissional e pessoal. Nesse sentido, o consentimento informado é uma ferramenta que também protege o médico e a equipe de saúde, pois propicia informação adequada e promove uma decisão, que mesmo quando conjunta, envolve diretamente o paciente. Fabbro (2009), citando Clotet (1993), em seu artigo Limitações jurídicas à autonomia do paciente, ressalta que: "o princípio da autonomia, denominação mais comum pela qual é conhecido o princípio do respeito às pessoas, exige que aceitemos que elas se autogovernem ou sejam autônomas, quer na sua escolha, quer nos seus atos. O princípio da autonomia requer que o médico respeite a vontade do paciente ou do seu representante, assim como seus valores morais e crenças. Reconhece o domínio do paciente sobre a própria vida e o respeito a sua intimidade. Limita, portanto, a intromissão dos outros indivíduos no mundo da pessoa que esteja em tratamento". É de suma importância que a pessoa exerça sua capacidade de decidir o que é melhor para ela em todos os momentos de sua vida, especialmente em um momento de vulnerabilidade, que pode o dever de informar, de respeitar a autonomia do usuário do serviço. O capítulo III, que trata da responsabilidade médica, ressalta que é vedado ao médico: Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência.Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre pessoal e não pode ser presumida.Art. 2º Delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos da profissão médica.Art. 3º Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento médico que indicou ou do qual participou, mesmo quando vários médicos tenham assistido o paciente.Art. 4º Deixar de assumir a responsabilidade de qualquer ato profissional que tenha praticado ou indicado, ainda que solicitado ou consentido pelo paciente ou por seu representante legal.Art. 5º Assumir responsabilidade por ato médico que não praticou ou do qual não participou.Art. 13. Deixar de esclarecer o paciente sobre as determinantes sociais, ambientais ou profissionais de sua doença.Art. 14. Praticar ou indicar atos médicos desnecessários ou proibidos pela legislação vigente no País. O capítulo IV, que trata dos direitos humanos, ressalta que é vedado ao médico: Art. 22. Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte. Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto. Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo. O capítulo V, que trata da relação com pacientes e familiares, ressalta que é vedado ao médico: Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte. Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de diagnóstico e tratamento, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente. Art. 33. Deixar de atender paciente que procure seus cuidados profissionais em casos de urgência ou emergência, quando não haja outro médico ou serviço médico em condições de fazê-lo. Art. 34. Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal. Mostramos esses pontos para reforçar que a conduta médica deve estar pautada no Código de Ética da sua profissão, bem como todos os outros profissionais da saúde. O Código de Ética ressalta a importância do consentimento informado e do direito do paciente de ser informado e acatar a melhor opção de tratamento para si. O consentimento informado como um dever lateral no atendimento médico Scaff (2011) ressalta que o consentimento informado constitui

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Resumo e Atividade 5
12 pág.

Legislação em Saúde Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

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O consentimento informado é um processo fundamental para estabelecer uma relação de confiança entre médico e paciente. Ele consiste na manifestação de concordância do paciente com a intervenção ou tratamento médico, após um esclarecimento completo e adequado por parte do médico sobre as condições de doença, tratamento e intervenções. O consentimento informado é importante para que o paciente saiba suas reais condições de saúde, entenda os tratamentos disponíveis para o seu caso, tenha o direito de escolher local de internação e tratamento, bem como se implique no seu processo de cura. O consentimento informado é um dever especial e funcional do médico de prestar ao seu paciente esclarecimento com lealdade, em linguagem acessível e apropriada ao seu estado sobre meios de diagnósticos, inconvenientes, diagnósticos estabelecidos, prognósticos, tratamentos indicados, alternativas terapêuticas, efeitos colaterais etc. O consentimento compreende o entendimento e o julgamento de valor, isto é, o paciente precisa entender o que está acontecendo com ele e as informações prestadas pelo médico, como também ponderar a respeito, julgar o que é melhor para si e decidir seu modo de adesão ou não às intervenções propostas. O consentimento informado é uma ferramenta que também protege o médico e a equipe de saúde, pois propicia informação adequada e promove uma decisão, que mesmo quando conjunta, envolve diretamente o paciente. O Código de Ética Médica ressalta a importância do consentimento informado e do direito do paciente de ser informado e acatar a melhor opção de tratamento para si.

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