Buscar

A Constituição Federal impõe limites ao poder do Estado de criar, modificar e cobrar tributos, limites estes que fundamentam os princípios constitu...

A Constituição Federal impõe limites ao poder do Estado de criar, modificar e cobrar tributos, limites estes que fundamentam os princípios constitucionais do direito tributário. Sobre eles, é possível afirmar que: A lei não pode cobrar tributos sobre uma situação anterior, referentemente a um fato gerador ocorrido antes do início de sua vigência, tampouco aumentar tributos já criados, retroagindo a situações passadas, podendo ser aplicada a fatos anteriores quando interpretativa, quando se tratar de ato não definitivamente julgado, ou quando aplicar penalidade menos severa ao infrator, ou quando der tratamento mais benéfico que a lei anterior, entre outros. É o que determina o princípio da anterioridade. O princípio da anterioridade se divide em anterioridade anual e anterioridade nonagesimal. De acordo com a anterioridade anual, os tributos, via de regra, não podem ser cobrados no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Já de acordo com o princípio da anterioridade nonagesimal, também chamada de noventena, os entes públicos devem observar o prazo de 90 (noventa) dias da data da publicação da Lei que criou, ou majorou o tributo, para poderem dar-lhe efeito. Ambos, no entanto, admitem exceções, isto é, há tributos que podem ser cobrados antes dos períodos indicados por estes princípios, tais como II, IE, IPI, IOF, Impostos Extraordinários de Guerra, Empréstimos Compulsórios, entre outros. De acordo com os princípios da isonomia, vedação ao confisco, liberdade de tráfego, respectivamente, é vedado instituir tratamento desigual entre os sujeitos que se encontrem em situações equivalentes; o tributo não pode ser excessivamente oneroso e desproporcional, nem ter efeito de penalidade para o cidadão, exceto quanto às multas tributárias; os entes públicos, ao tributar operações entre estados e municípios, não podem inibir ou limitar o tráfego de pessoas por meio do tributo, com o intuito de privilegiar ou proteger determinado território. Além dos princípios da isonomia, da legalidade, da irretroatividade, da anterioridade (anual e nonagesimal), da vedação ao confisco e da liberdade de tráfego, podemos elencar os seguintes: I) imunidades; II) isenções; III) vedação à instituição de tributo, pela União, que não seja uniforme em todo o território, ou que implique em distinção ou preferência em relação a uma unidade federativa em detrimento de outra (permitindo-se, no entanto, a concessão de incentivos fiscais para a promoção do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país); IV) vedação à tributação, pela União, da renda das obrigações da dívida pública dos demais entes federativos (estados, DF e Municípios), bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes); V) vedação à instituição, pela União, de isenções de tributos que sejam de competência de outros entes da federação); VI) vedação aos outros entes (Estados, DF e Municípios) quanto ao estabelecimento de diferença entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Se o Presidente da República deseja instituir novo tributo a nível federal, poderá fazê-lo por meio de Decreto.