Nos termos do art. 28, §3º, o pedido de colocação em família substituta deverá levar em consideração o grau de parentesco e a relação de afinidade ...
Nos termos do art. 28, §3º, o pedido de colocação em família substituta deverá levar em consideração o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade com os membros da família substituta, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida (art. 28, §3º). O §4º do art. 28 estabelece que os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, salvo comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique a separação, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida excepcional, somente admissível na modalidade de adoção (art. 31). A Lei nº 12.010/2009 (Lei de Adoção) estabelece a ordem de preferência na adoção: terá prioridade a família extensa; em seguida, a adoção nacional e, após, a adoção internacional. Guarda (arts� 33 a 35) A guarda é uma modalidade de colocação em família substituta, que se destina a regularizar a posse de fato da criança ou do adolescente. Poderá ser deferida liminar ou incidentalmente nos procedimentos de tutela e adoção, exceto no caso de adoção por estrangeiros (art. 33, §1º). O detentor da guarda deve prestar assistência material, moral e educacional à criança ou adolescente, e ela é sempre provisória, durando até o momento da devolução do menor à sua família natural ou até o seu encaminhamento para uma família substituta. A guarda não se confunde com o dever de guarda decorrente do exercício do poder familiar, que significa o zelo que os pais devem ter com seus filhos, e está previsto nos arts. 1.566, inc. IV; 1.583 e 1.584 do Código Civil. Assim, a guarda apenas existirá se for descumprido o dever de guarda pelos pais da criança ou do adolescente. Nesse sentido, o §5º do art. 1.584 do Código Civil dispõe que “se o juiz verificar que o filho não deve permanecer sob a guarda do pai ou da mãe, deferirá a guarda a pessoa que revele compatibilidade com a natureza da medida, considerados, de preferência, ouvido o Ministério Público”.
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