tre os desafios inerentes às práticas profissionais dos assistentes sociais, ao atuar no sistema jurídico, está o estabelecimento da escuta jurídica de uma forma eficiente, que acolha o depoente sem fazê-lo sentir-se inquirido e, ao mesmo tempo, ofereça os dados necessários aos procedimentos cabíveis da jurisprudência.
A escuta jurídica por profissionais especializados na proteção social dos indivíduos se destina, tradicionalmente, a crianças e adolescentes que vivenciaram ou testemunharam situações de abuso ou violência. Mas pode ser direcionada também a outros segmentos em que haja a vulnerabilidade da vítima, como em casos de violência contra a mulher.
O assistente social que atua como técnico jurídico e realiza a escuta jurídica, deve proceder para que o depoente forneça elementos de análise do contexto de forma segura para ele, mantendo a atenção na proteção dos direitos sociais e humanos, seja o depoente testemunha, vítima ou mesmo réu.
No entanto, acrítica possível, elaborada por pensadores do Serviço Social a tais procedimentos, é a da criação de uma suposta cultura de culpabilização dos sujeitos pobres, que não possuem conhecimento dos trâmites jurídicos ou dos seus direitos e atuam em uma sociedade fundamentada nas tensões advindas do capitalismo e no privilégio das classes médias e da elite.
Com base nisso, imagine a seguinte situação:
Diante de seus conhecimentos sobre a realidade e a questão social no Brasil, quais elementos desse contexto você apresentaria como parte da composição da pesquisa, após a escuta jurídica?
Elabore um texto, entre 5 e 10 linhas, que apresente os pontos de inflexão observados e que contribuem para o cenário em que a criança se insere.
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