Texto 1: “O ornamento já existia no período paleolítico, e é uma das primeiras manifestações estéticas da comunicação visual. [...] Ele se subordin...

Texto 1:

“O ornamento já existia no período paleolítico, e é uma das primeiras manifestações estéticas da comunicação visual. [...] Ele se subordina à estrutura ou à função de seu suporte (onde é cinzelado, aplicado, pintado, impresso, bordado, entalhado, embutido). Ele acentua também o efeito estético de seu suporte na medida de em que divide e destaca superfícies ou explicita finalidades práticas. No século XIX, o ornamento tornou-se progressivamente um símbolo de mau gosto e de uma pretensão social equivocada.

No século XX, houve um intenso debate sobre o conceito. O modernismo funcionalista reprimiu o ornamento (‘Ornamento é crime’, A. Loos). Criticava-se o design moderno por ter aberto mão do ornamento como motivo decorativo ‘postiço’, mas admitia-se a forma total como um ornamento. [...] T.W. Adorno e outros advertiram que a renúncia ao ornamento acarreta uma perda de humanidade. ”

Texto 2:

“[No século XIX] A contribuição de John Ruskin [...] para o debate moderno sobre o ornamento é inestimável – tema que atravessa os seus numerosos e influentes ensaios sobre pintura, arquitetura, economia e política. Suas ideias se tornaram uma fonte constante de referência para todos aqueles que refletiram sobre o assunto na modernidade. Elas foram decisivas para o surgimento do Art Nouveau; contribuíram de modo substancial para a reforma do design [...]; influenciaram a trajetória do artista e escritor William Morris e do Movimento de Artes e Ofícios; fomentaram a criação de oficinas artesanais em diversos países na Bélgica, na França, na Alemanha e na Áustria [...]. Num mundo em processo de desencantamento, os ornamentos eram, para Ruskin, uma espécie de refúgio do sagrado, e deviam ser protegidos do avanço da racionalização e da supremacia dos valores comerciais sobre todos os outros. A sacralidade do ornamento nada tinha a ver com a utilização de símbolos associados ao imaginário cristão, mas com a vitalidade das formas inspiradas na natureza que expressavam, na sua infinita variedade, a potência divina. [...] Ele difundiu critérios – não apenas estéticos e funcionais – na avaliação da enorme quantidade de ornamentos produzidos na Inglaterra. Se a beleza formal e a perfeição do acabamento eram insuficientes, os ornamentos deveriam ser escolhidos em função da vitalidade com que eram capazes de trazer a beleza das formas naturais para o convívio humano. [...] Embora tenha preconizado o repúdio aos ornamentos industriais, Ruskin não era contrário à industrialização, mas ao avanço da industrialização sobre todas as atividades criativas do homem. [...]”

Considerando as informações apresentadas, analise as afirmações abaixo:

I. O ornamento é uma temática atual e relevante para o desenvolvimento do design gráfico na sociedade contemporânea, uma vez que este tem retomado preceitos que promovem a inter-relação entre arte e design, e valorizam a produção artesanal de objetos e mensagens.

II. Com o pós-modernismo houve a retomada dos preceitos estéticos do Art Noveau no design, ocorrendo uma valorização do ornamento na comunicação gráfica contemporânea.

III. Nos dias atuais, com o advento das novas tecnologias da comunicação e informação (TICs), a discussão e o uso do ornamento na comunicação gráfica e digital perde o sentido pois existe uma tendência crescente à simplificação das formas no design como um todo.

É correto o que se afirma em:

Grupo de escolhas da pergunta

I e II, apenas.

I, apenas.

I, II e III.

III, apenas

II, apenas.