A formação do minério em questão tem todas as características relacionáveis ao mesmo processo de gênese do complexo Bushveld, podendo representar uma espécie de cinturão de ocorrência menos expressiva nas áreas adjacentes dos principais corpos de minério. Assim, pensa-se em uma intrusão de magma ultrabásico que se instalou na forma de disco (câmara magmática) em meio às rochas sedimentares. No complexo Bushveld e nas rochas de interesse, fica claro que houve um processo de acamamento mineral, provavelmente causado por cristalização fracionada e deposição dos minerais mais densos em pacotes mais profundos.Esse é o caso das cromitas, minério ocorrente nas porções mais basais do complexo e explorado para produção de cromo e elementos do grupo da platina. Esse processo de deposição mineral se dá pela retirada de determinados elementos do líquido magmático durante sua cristalização e, pelos fluxos convectivos, são carreados para porções mais profundas onde se concentram por conta das diferenças de densidade praticadas. O mesmo modelo pode ser proposto para os depósitos de magnetita, onde as modelagens realizadas pelo método XRF indicam uma maior concentração de cromo nas zonas mais basais da camada.
As concentrações de Cr indicadas pelo método chamam a atenção, apesar das zonas mais concentradas terem espessuras variáveis, mas predominantemente pequenas. Aliado à extensão em área desses depósitos, é possível indicar à mineradora que realize estudos geoquímicos e petrográficos para determinar com maior exatidão as porcentagens de minério disponíveis para exploração. Com essas medidas mais precisas, pode-se calcular a tonelagem corretamente e indicar o melhor plano a ser seguido. Mesmo necessitando de estudos mais aprofundados, o minério estudado representa excelente indicador para mineração. Além do Cr, a mineradora deve pensar seriamente na exploração de Fe, visto que a magnetita é rica nesse elemento. As análises geoquímicas também trarão luz a esse ponto, além de indicar se há ocorrência de minerais do grupo da platina, o que seria outro ponto positivo para mineradora investir na área.
A melhor forma de mineração seria de lavra a céu aberto, visto que a camada de interesse ocorre aflorante na superfície, com foco justamente na camada de magnetita até seu contato com o anortosito. As variações do elemento Cr nesse pacote podem gerar um agregado final com porcentagens rentáveis para venda por parte da mineradora, além de permitir inúmeras formas de misturas (blend), gerando minérios beneficiados com diferentes porcentagens de Cr.
Portanto, preliminarmente, é indicado à mineradora investir na mineração nessa região, sempre embasada por estudos mais aprofundados sobre o minério.Os primeiros indícios foram considerados satisfatórios e há viabilidade econômica provável na instalação da mineração.
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