O caso apresentado trata de um pedido de abertura, registro e cumprimento de testamento de imóvel deixado por Isis Gomes Pereira Leitão, distribuído por dependência para a 11ª Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital sob o nº 0895811-43.2023.8.19.0001. Após o requerimento, foi proferido despacho determinando que a Autora justificasse o modo de distribuição, comprovando-se. O Requerente esclareceu que a distribuição por dependência ocorreu como forma de racionar a utilização da máquina judiciária, já que já existia inventário dos bens deixados pela falecida. No entanto, foi proferida sentença de extinção do feito, sem resolução do mérito, sob o fundamento de que a distribuição por dependência deveria ter sido realizada pelo sistema DCP (art. 485, IV do CPC), indicando, ainda, que as custas seriam pagas pelo Requerente. Considerando a existência de pedido de gratuidade de justiça não analisado, a peça processual cabível no caso é o recurso de apelação, que deve ser interposto no prazo de 15 dias úteis, nos termos do art. 1.009 do CPC. O recurso deve ser dirigido ao Tribunal de Justiça do Estado, com as razões de fato e de direito que fundamentam o pedido de reforma da sentença. No caso em questão, o recurso deve alegar que a distribuição por dependência foi realizada de forma correta, tendo em vista que o objetivo era racionar a utilização da máquina judiciária, já que já existia inventário dos bens deixados pela falecida. Além disso, deve ser alegado que o pedido de gratuidade de justiça não foi analisado, o que viola o direito do Requerente à assistência judiciária gratuita, previsto no art. 5º, LXXIV da Constituição Federal e no art. 98 do CPC. Assim, o recurso de apelação deve ser fundamentado nos artigos 1.009 e seguintes do CPC, bem como nos dispositivos constitucionais e legais que garantem o direito à assistência judiciária gratuita.
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