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A construção do conceito de infância no Brasil perpassou diferentes momentos históricos até meados do século XX, como o período colonial, em que o ...

A construção do conceito de infância no Brasil perpassou diferentes momentos históricos até meados do século XX, como o período colonial, em que o ensino das crianças foi uma das principais preocupações dos padres que integravam a Companhia de Jesus, pois consideravam as crianças indígenas que aqui estavam como tábulas rasas. A criação de políticas assistencialistas de cuidado e proteção a crianças abandonadas a partir do século XVIII, como a roda dos expostos, que na maioria das vezes não garantiu as condições mínimas de sobrevivência dessas crianças. O período conhecido como Brasil Imperial, que evidenciou a distinção entre a infância de crianças de elite, as quais recebiam instrução moral e intelectual, e as crianças escravas, que eram desprovidas de qualquer direito e fadadas ao trabalho. Por fim, o período republicano, marcado pelo fim da escravidão, a consolidação de um novo regime político-administrativo e a urbanização, que redesenhou o ideário de infância mediante um discurso moralizador e civilizatório, com destaque para a situação de crianças que viviam nas ruas da capital brasileira, o Rio de Janeiro, e desencadeou a formulação de uma série de projetos de leis, resultando no primeiro Código de Menores (1927). (MELO, J. S. Breve histórico da criança no Brasil: conceituando a infância a partir do debate historiográfico. Revista Educação Pública, v. 20, n. 2, 14 jan. 2020). A partir de tal contextualização é possível dizer que: A criação do primeiro Código de Menores em 1927 permitiu que crianças até doze anos de idade incompletos fossem julgadas e presas por crimes como roubo da mesma forma que os adultos. Durante o período imperial, todas as crianças ganharam reconhecimento social, pois passaram a receber instrução moral e intelectual. Esse histórico mostra que a sociedade brasileira sempre valorizou a infância, criando, inclusive, políticas assistenciais para seu cuidado e proteção. Os padres jesuítas se dedicaram ao ensino das crianças no Brasil porque acreditavam na capacidade que as crianças tinham de se tornarem grandes profissionais no futuro. A construção de uma identidade infantil que toma a criança como sujeito social e de direitos teve início no Brasil apenas depois da virada para o século XX.

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A partir da contextualização apresentada, é possível dizer que a alternativa correta é a número 1: A criação do primeiro Código de Menores em 1927 permitiu que crianças até doze anos de idade incompletos fossem julgadas e presas por crimes como roubo da mesma forma que os adultos. Esse código foi criado com o objetivo de proteger as crianças em situação de risco, mas acabou sendo utilizado de forma punitiva, tratando as crianças como criminosas e não como sujeitos em desenvolvimento.

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