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Roberto Carlos, cidadão residente e eleitor do Estado do Ceará, viveu sua infância no Estado de São Paulo, pelo qual possui grande apreço. Por ente...

Roberto Carlos, cidadão residente e eleitor do Estado do Ceará, viveu sua infância no Estado de São Paulo, pelo qual possui grande apreço. Por entender que certo Deputado Federal, no exercício de sua função, e no âmbito territorial do Estado de São Paulo, praticou ato lesivo ao patrimônio público do ente ao qual está vinculado, Roberto Carlos propôs ação popular em vara federal da seção judiciária de São Paulo.O Deputado Federal, em sua contestação, alega a incompetência do juízo de 1º grau, com o fundamento de que possui foro privilegiado, e a ilegitimidade ativa de Roberto Carlos. Responda aos questionamentos a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente ao caso. a) Qual o órgão competente para conhecer a ação popular ajuizada contra o Deputado Federal? b) Segundo a jurisprudência dos tribunais superiores, Roberto Carlos teria legitimidade ativa para ajuizar a ação popular na seção judiciária do Estado de São Paulo?

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a) O órgão competente para conhecer a ação popular ajuizada contra o Deputado Federal é o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que possui jurisdição sobre o Estado de São Paulo. Isso porque, conforme o artigo 109, inciso IV, da Constituição Federal, compete à Justiça Federal processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. b) Segundo a jurisprudência dos tribunais superiores, Roberto Carlos não teria legitimidade ativa para ajuizar a ação popular na seção judiciária do Estado de São Paulo, pois não é residente nem eleitor do Estado de São Paulo. A Lei nº 4.717/1965, que regula a ação popular, estabelece em seu artigo 1º que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. No entanto, a jurisprudência dos tribunais superiores tem entendido que a expressão "qualquer cidadão" deve ser interpretada restritivamente, de forma a exigir que o autor da ação popular tenha vínculo com a causa de pedir, seja como eleitor, seja como contribuinte ou como membro da sociedade civil organizada, e que o ato lesivo tenha repercussão em sua esfera de interesses. Nesse sentido, o fato de Roberto Carlos ser residente e eleitor do Estado do Ceará, e não do Estado de São Paulo, pode ser considerado um obstáculo à sua legitimidade ativa para propor a ação popular na seção judiciária de São Paulo.

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