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PROVA PRÁTICA CONSTITUCIONAL

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Universidade Ceuma – Uniceuma  
Prova de Prática Constitucional  
Prof°. Lidia Schramm  
Acadêmica: Paula Victoria Santos Farias CPD: 81248  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
24 de novembro de 2020  
São Luís – MA   
  
  
  
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO            
DA __ VARA DA FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL DA COMARCA DE                    
PATOS/XX  
(10 linhas)  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
JOSÉ HERCÚLEO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador              
da Cédula de Identidade nº xxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxxxx, com Título                              
eleitoral nº,Seção, Zona, tendo como endereço eletrônico xx@xx, residente e                    
domiciliado em Patos, CEP, na rua xx, nº x,bairro x , cidadão, em pleno gozo de                                
seus direitos políticos, por seus advogados que abaixo subscreve, conforme                    
procuração anexa (fl. x), com escritório profissional à Rua xx, Bairro xx, nesta                          
cidade, com endereço eletrônico xx@xx, onde recebe citações, intimações e                    
demais documentos de praxe, vêm perante Vossa Excelência amparado no art.                      
5º, LXXIII, da Constituição Federal, combinado com o art. 1º, 3º e 4º, III, c, da                                
Lei nº 4.717/65, propor  
  
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR   
  
Em face do ato praticado pelo Prefeito Sr. Alfredo , nacionalidade,                    
estado civil, Gestor Público Municipal, portador da cédula de identidade nºxxxx,  
inscrito no CPF sob nº xxx, residente e domiciliado na Comarca de Patos, na              
rua nºxxx, bairro, e contra Empresa , com sede funcional localizada na                        
(endereço) com CNPJ de nº xxxx nesse ato representado por seu diretor Nome                          
e Sobrenome , nacionalidade, estado civil, portador da cédula de identidade nº                      
xxxx, inscrito no CPF sob nº xxx, residente e domiciliado na Comarca de          
Patos, na rua nº xxx, bairro, de acordo com o art. 6º, da Lei nº 4.717/65, pelos                                  
fundamentos de fato e direito a seguir aduzidos:   
  
  
  
  
  
  
1. DO PEDIDO DE LIMINAR  
  
Inicialmente, é pertinente fazer alusão ao que estabelece o art. 5º, § 4º,                          
da Lei Federal nº 4.717/65 cita, in verbis :    
Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente                    
para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de                      
acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para                      
as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao                    
Estado ou ao Município.  
  § 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão                    
liminar do ato lesivo impugnado.     
  
Desta forma, como invocado no mencionado dispositivo acima, o                  
pedido de liminar demonstra-se cabível tendo em vista que, o ato praticado pelo                          
Prefeito Sr. Alfredo acarretou grandes sequelas ao erário em virtude da utilização                        
indevida das verbas públicas em proveito próprio e de terceiros, o que configura                          
o periculum in mora .   
Além disso, as condutas práticas destoam da estabelecida no art. 37 da                        
Carta Magna e da Lei nº 4717/65 haja vista que, a verba pública está sendo                              
aplicada de forma indevida, caracterizando assim o fumus boni iuris.  
  
2. DOS FATOS  
  
O cidadão, José Hercúleo, politicamente ativo, teve conhecimento                
através da imprensa, que o atual Prefeito Sr. Alfredo, estaria cometendo                      
irregularidades na construção do prédio da Guarda Municipal da Cidade de                      
Montanhas, município de Patos.  
Assim, após auditoria de empresa independente, foi constatado que a                    
obra inicialmente orçada em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), não sairia por                        
menos que R$ 1.500.000,00 (um milhão e meio de reais) para o cofre público                            
municipal, pois os objetos utilizados na construção possuíam elevados valores,                    
como por exemplo: placas de ouro, porcelanato e bustos personalizados                    
enaltecendo a atual gestão.   
Visando maior rapidez à obra, esta foi iniciada sem antes passar pelo                        
processo licitatório, tendo sido firmado contrato com empresa, cujo dono, era o                        
irmão do atual chefe do executivo local.   
Tem-se conhecimento de que fora gasto/repassados valores no valor                  
de R$ 100.000,00 (cem mil reais), e que o restante seria entregue em parcela                            
única no prazo de um mês após a exposição dos fatos.    
Diante disso, José Hercúleo , com o fulcro anular o ato lesivo ao                        
patrimônio público resolveu propor ação pelos fundamentos e fatos de direito                      
aduzidos a seguir.   
  
3. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS   
  
3.1 DO CABIMENTO DA AÇÃO POPULAR  
  
Em observância ao estabelecido na vigente Carta Magna em seu no                      
art. 5° inciso LXXII, e na Lei 4.717 de 1965 no art. 1°, é possível vislumbrar o                                  
tema sobre o cabimento de ação popular, conforme se atesta, respectivamente, a                        
seguir:   
   
Art. 5° LXXII qualquer cidadão é parte legítima para propor                    
ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público                      
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade                    
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e                  
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de                  
custas judiciais e do ônus da sucumbência;  
xxx  
Art. 1° Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a                    
anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao                    
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos                  
Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de              
economia mista  (Constituição, art. 141, § 38) , de sociedades                
mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados                    
ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos,                
de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o                    
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao46.htm#art141%C2%A738
tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de                  
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de                    
empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito                
Federal, dos Estados e dos Municípios, e dequaisquer pessoas                    
jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.  
  
Logo, o ajuizamento da presente ação é claramente cabível, tendo em                      
vista que, é patente ato lesivo ao erário, pois as verbas que deveriam ser utilizadas                              
para a construção do prédio da Guarda Municipal estão sendo destinadas com                        
fim diverso ao contratado, pois além da empresa contratada ser de propriedade                        
do irmão do então prefeito do município, esta foi admitida sem prévia licitação,                          
bem como a obra tem sido edificada com o viés de promover a pessoa deste.  
  
3.2 DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA  
  
Conforme a Constituição Federal de 1988 em seu art. 5° inciso LXXII                        
e a Lei 4.717 de 1965 art. 1º parágrafo 3º, à ação popular tem o seu ajuizamento                                  
garantido a qualquer cidadão no gozo de seus direitos.  
 Sob esta perspectiva, pode-se concluir que o autor contém todos os                        
requisitos legais para a propositura da presente ação, tendo em vista que é                          
cidadão em dias com suas obrigações eleitorais e politicamente ativo, não                      
estando privado de seus direitos políticos. Assim sendo, caracterizasse como                    
parte legítima para ajuizamento desta.   
Já no que tange a legitimidade passiva para a presente ação, cabe                        
remetermos ao art. 6° da Lei 4.717 que aponta os legitimados , in verbis :  
  
“ A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e                      
as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades,                  
funcionários ou administradores que houverem autorizado,            
aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por                    
omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os                  
beneficiários diretos do mesmo”.  
  
Diante disso, devem compor polo passivo da ação tanto o prefeito do                        
município de Montanha, como a construtora responsável pela obra, que é de                        
propriedade do irmão do então chefe do executivo.   
  
3.3. DA IRREGULARIDADE DA OBRA. AUSÊNCIA DE              
LICITAÇÃO.  
  
A priori, é necessário fazer alusão aos princípios constitucionais que                    
norteiam a Administração Pública em todos os setores.   
Pois bem. Segundo a Carta Magna, os atos da administração sempre                      
deverão ser pautados na legalidade, sob observância ao princípio da legalidade,                      
em que dispõe que a lei será o parâmetro que determinará as ações da                            
administração, bem como o princípio da impessoalidade - deve ser vedado                      
qualquer favoritismo ou discriminação impertinentes, moralidade, publicidade e                
eficiência.  
Após simples análise dos fatos apresentados, é de fácil percepção que                      
o então prefeito de xxx tem cometido diversos atos que estão em desencontro                          
com o que leciona a Constituição Federal de 1988.   
Em harmonia com o que positiva a Carta Magna vigente, a licitação é                          
mecanismo que visa a mitigação de irregularidades na contratação de prestadores                      
de serviços para o Poder Público, conforme podemos observar a seguir, ipsis                        
litteris :   
  
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer                    
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos                      
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,            
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também,              
ao seguinte:    
(...)  
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,                    
serviços, compras e alienações serão contratados mediante              
processo de licitação pública que assegure igualdade de                
condições a todos os concorrentes, com cláusulas que                
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições              
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente                    
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica                
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.              
[grifamos]  
  
Entretanto, sem justificativa pertinente o então Prefeito contratou os                  
serviços da construtora sem a realização de processo licitatório, o que é vedado                          
pela Constituição Federal de 1988, assim como a Lei nº 8.666/93, tendo em vista                            
que, a dispensa de licitação somente ocorre quando o bem e/ou serviço forem                          
indispensáveis para atender a situação de emergência - o que não corresponde ao                          
caso em tela, pois em momento algum restou configurado a urgência pela                        
edificação do prédio da Guarda Municipal.   
Como se não bastasse, o proprietário da construtora responsável pela                    
obra é o irmão do Sr. Alfredo, o que de logo mácula princípio da impessoalidade                              
- que além de não comprovar ser o mais qualificado para o procedimento,                          
estimou a obra em R$ 200,00 (duzentos mil reais), mas devido a colocação de                            
objetos desnecessários (como porcelanato, placas de ouro de bustos                  
reverenciando a atual gestão), o valor vigente está em torno de R$ 1.500,00 (mil                            
e quinhentos reais) que têm sido retirado dos cofres públicos, causando                      
significativo esfacelamento do orçamento municipal.  
A respeito da contratação do mencionado serviço, é assaz importante                    
frisar que a forma que se dará o adimplemento do contratado é notadamente                          
irregular, em razão de que segundo o art. 37, XXI da CF, já mencionado,                            
estabelece que os termos do contrato firmado deverão garantir o cumprimento                      
das obrigações. Todavia, já foi repassado o montante de R$ 100.000,00 (cem mil                          
reais) à construtora e após 30 (trinta) serão repassados mais R$ 100.000,00 (cem                          
mil reais), o que evidentemente não assegura a conclusão do serviço contratado,                        
assim como atesta a má-fé do negócio, a saber: a construção o prédio da Guarda                              
Municipal.  
No tocante ao pagamento do contrato semelhantes ao em questão,                    
destaca-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, onde aduz que o                        
pagamento pela prestação dos contratos sem licitação são devidos, desde que                      
não haja a má-féou o contrato ter concorrido para a nulidade, in verbis:    
ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE          
VIOLAÇÃO DOS ARTS. 458 E 535 DO CPC. CONTRATO                  
ADMINISTRATIVO NULO. AUSÊNCIA DE LICITAÇÃO.          
OBRIGAÇÃO DE O ENTE PÚBLICO EFETUAR O              
PAGAMENTO PELOS SERVIÇOS EFETIVAMENTE        
PRESTADOS. VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO        
ILÍCITO. 1. Não há violação dos arts. 458 e 535 do CPC quando a                            
prestação jurisdicional é dada na medida da pretensão deduzida, com                    
enfrentamento e resolução das questões abordadas no recurso. 2. Nos                    
termos da jurisprudência pacífica do STJ, "ainda que o contrato                    
realizado com a Administração Pública seja nulo, por ausência                  
de prévia licitação, o ente público não poderá deixar de efetuar                      
o pagamento pelos serviços prestados ou pelos prejuízos                
decorrentes da administração, desde que comprovados,            
ressalvada a hipótese de má-fé ou de ter o contratado                    
concorrido para a nulidade" (AgRg no Ag 1056922/RS, Relator                  
Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJ de 11 de                    
março de 2009). 3. Hipótese em que comprovada a existência da                      
dívida, qual seja, prestado o serviço pela empresa contratada e ausente                      
a contraprestação (pagamento) pelo município, a ausência de licitação                  
não é capaz de afastar o direito da ora agravada de receber o que lhe é                                
devido pelos serviços prestados. O entendimento contrário faz                
prevalecer o enriquecimento ilícito, o que é expressamente vedado                  
pelo ordenamento jurídico brasileiro. Agravo regimental improvido.  
(STJ - AgRg no REsp: 1383177 MA 2013/0138049-9, Relator:                  
Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de Julgamento:            
15/08/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe                  
26/08/2013)[grifamos]  
  
Não se faz demasiado ressaltar que na obra em foco, tem-se utilizado                        
objetos que tem causado elevação significativa nos valores estimados. Dentre os                      
itens empregados está bustos personalizados com o fim de enaltecer a gestão do                          
Sr. Alfredo, ou seja, o dinheiro público tem sido usado para promoção individual                          
do Prefeito de Patos, restando claro o desvio da finalidade da obra, e com isso                              
do emprego dos recursos do erário.   
Destarte, a luz do que positiva a Lei nº 4.717/65 nos arts. 2º c/c 3º, o                                
contrato firmado com a construtora do irmão do prefeito é nulo, tendo em vista,                            
o desvio de finalidade patente no caso. Assim, salienta-se o positivado no                        
mencionado aparato legal:    
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades                      
mencionadas no artigo anterior, nos casos de:  
a) incompetência;  
b) vício de forma;  
c) ilegalidade do objeto;  
d) inexistência dos motivos;  
e) desvio de finalidade.  
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade                  
observar-se-ão as seguintes normas:  
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir                      
nas atribuições legais do agente que o praticou;  
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância                      
incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência                
ou seriedade do ato;  
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato                      
importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;  
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato                        
ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente                      
inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;  
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o                        
ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou                  
implicitamente, na regra de competência.  
Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito                      
público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º,                    
cujos vícios não se compreendam nas especificações do                
artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições              
legais, enquanto compatíveis com a natureza deles.  
Isto posto, diante das condutas ilegais já descritas cometida pelo chefe                      
do executivo do Município de Patos, restou caracterizado que a finalidade do                        
contrato celebrado era favorecer a construtora de propriedade do irmão deste,                      
bem como enaltecer a sua própria gestão, o que é vedado pela Constituição                          
Federal de 1988 e a legislação ordinária, sendo indubitavelmente em desacordo                      
com o que se prega em uma boa administração e no cuidado com máquina                            
pública, o que, consequentemente, fere o princípio da impessoalidade e o da                        
moralidade, levando em consideração que atos com âmbito de se autopromover                      
utilizando-se do dinheiro público é manifestamente imoral.   
  
 4. DOS PEDIDOS  
  
Pelo exposto requer à Vossa Excelência:  
a) De início, o deferimento da medida liminar para suspender o ato lesivo, a                            
saber: a destinação de verba pública para a construção de obra que tem como                            
objetivo promover atual gestão municipal, bem como proporcionar o                  
enriquecimento de construtora que possui relações diretas com o Sr. Alfredo,                      
nos termos do art.5º, §4º, da Lei Federal nº 4.717/65;  
b) A citação dos requeridos, para que desejando, apresentem contestação no                      
prazo de 20 dias, sob pena de aplicação dos efeitos da revelia, nos termos do art.                                
7 da Lei nº 4.717/65;   
c ) A intimação do representante do Ministério Público, para querendo                      
manifestar-se sobre o caso, nos termos do art. 7 da Lei nº 4.717/65;   
d) A procedência da pretensão para decretar a invalidade do ato e que se                            
abstenha de fazer;  
e) A condenação da autoridade coatora a restituir ao erário em quantia a ser                            
apurada em fase de liquidação nos moldes do artigo 37, parágrafo 4º da Carta                            
Magna.  
f) A condenação dos réus ao pagamento de honorários advocatícios, custas e                        
despesas processuais nos moldes do art. 12 da Lei nº 4.717/65;   
 O autor protesta provaro alegado por todos os meios em direito admitidos, em                              
especial, por meio de prova testemunhal (art.400 CPC), prova pericial (art. 429                        
CPC), e prova documental (art 397 CPC).  
Dá-se à causa o valor de R $ 1.000,00 (mil reais).   
Nestes termos, pede deferimento  
Local/data  
Advogado/OAB  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
  
QUESTÕES DISCURSIVAS:   
II.  
“É cabível por via de habeas data a obtenção de vista de processo                          
administrativo”,  
R. De acordo com o previsto no artigo 5º, LXXII, da Constituição Federal, o                            
habeas data tem como finalidade assegurar o conhecimento de informações                    
constantes de registros ou bancos de dados e ensejar sua retificação, ou de                          
possibilitar a anotação de explicações nos assentamentos do interessado (art. 7º,                      
III, da Lei 9.507/97).  
Porém, segundo entendimento da Suprema Corte Nacional, mais precisamente                  
no julgamento de um agravo regimental, este entendeu que o habeas data não é o                              
instrumento jurídico adequado para se ter acesso ao autos de processos                      
administrativos, tendo em vista a proteção da privacidade das partes, e para evitar                          
que dados falsos sejam divulgados.   
  
“Poderá ser pleiteado em sede de habeas corpus trancamento de processo de                        
impeachment”  
R. Segundo o Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém                          
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de                            
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”.  
Além disso, conforme o Informativo 830 do STF, o habeas corpus não é                          
instrumento adequado para pleitear o trancamento de processo de                  
“impeachment”, haja vista decisões monocráticas já emitidas pela Corte.   
  
III. 1. Deverá ser impetrado Mandado de Injunção Coletivo, conforme alude o                        
art. 5, LXXI da CF/88 e o art. 2º da Lei nº 13.300/2016.   
O Sindicato Nacional dos Servidores da Auditoria Fiscal Federal em consonância                      
com o art. 3 c/c 12 da Lei nº 13.300/2016.    
III. 2. De acordo com art. 102, I, alínea q da CF/88, a competência será do                                
Supremo Tribunal Federal.   
Em observância ao art. 13 da Lei 13.300/2016, conclui-se que a decisão fará                          
coisa julgada liminarmente para a coletividade ou classe substituídos pelo                    
impetrante.   
IV. Segundo entendimento jurisprudencial do STF, especificamente no Recurso                  
Especial nº 669367, é lícito desistir do mandado de segurança a qualquer                        
momento, mesmo sem a concordância da parte contrária e independentemente                    
ter decisão de mérito, mesmo que favoreça o impetrante.

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