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Limites e fronteiras normalmente são tomados como sinônimos, embora existam diferenças fundamentais entre eles. O conceito fronteira significa "aqu...

Limites e fronteiras normalmente são tomados como sinônimos, embora existam diferenças fundamentais entre eles. O conceito fronteira significa "aquilo que está na frente", cuja origem está ligada às dinâmicas das sociedades, expandindo seu mundo vivido, suas atividades, até que se encontrem; formando-se, assim, espaços de comunicação e de política. Tal é o sentido de fronteira quando nos referimos aos casos das “fronteiras agrícolas”, “fronteiras migratórias”, entre outras. Já o conceito de limite indica mais o fim, “membranas” ou “películas” envoltórias de conjuntos (territórios das populações), daí seu uso político (soberania dos Estados-nação). O chamado “marco de fronteira” é, na verdade, um símbolo visível do limite. O limite pode ser traçado em escritórios, não requerendo em suas localizações vida social. É abstrato, generalizado nas formas de leis nacionais e internacionais. O limite pode estar distante dos desejos e aspirações dos habitantes da fronteira.

Ver: Machado, Lia O. Limites, Fronteiras e Redes. In: Fronteiras e Espaço Global, Porto Alegre: AGB, p.41-49, 1998.

A partir dessa breve distinção, assinale a alternativa que não tenha referência direta à geopolítica (condição territorial do poder), seja como disciplina ou área do saber, seja como ação.

a.A palavra limite foi criada para designar o fim daquilo que mantém coesa uma unidade político-territorial, isto é, sua ligação interna.

b.A conotação política de limite foi reforçada pelo moderno conceito de Estado, no qual a soberania corresponde a um processo absoluto de territorialização. A fronteira é considerada uma fonte de perigo ou ameaça porque pode desenvolver interesses diferentes daqueles do governo central.

c.Podemos afirmar que fronteira está orientada “para fora” (forças centrífugas), enquanto limites estão orientados “para dentro” (forças centrípetas).

d.Os limites jurídicos (constitucionais) dos poderes do Estado federal, nas três esferas, fazem parte do exercício democrático, sem que se neutralize suas prerrogativas públicas.

e.Fronteiras seriam vivas, representando interesses e limites que podem ser apenas demarcações territoriais no espaço geográfico, criados e mantidos pelo governo central, não tendo vida própria e nem mesmo existência material.


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