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a um modo de realocação sistemática do produto, que administra, ao longo de um período prolongado, uma certa adequação entre as transformações das ...

a um modo de realocação sistemática do produto, que administra, ao longo de um período prolongado, uma certa adequação entre as transformações das condições da produção e aquelas das condições do consumo. Um tal regime de acumulação pode ser resumido através de um esquema de reprodução, que descreve, de período em período, a alocação do trabalho social e a distribuição dos produtos entre os diferentes departamentos da produção. Por departamentos, entende-se uma divisão do conjunto produtivo considerado, divisão esta adaptada ao problema da reprodução e da acumulação, fazendo-se abstração de qualquer consideração técnica em termos de trabalho concreto. O esquema de reprodução o é, de certa forma, o esqueleto do regime de acumulação, a indicação matemática de sua coerência social. A divisão mais simples é em dois departamentos (I: produção de bens de capital; II: produção de bens de consumo). Naturalmente, ela pode ser aprimorada mediante subdepartamentos. [...] Um regime de acumulação pode ser, principalmente, extensivo ou intensivo, isto é, a acumulação capitalista está, sobretudo, consagrada a aumentar a escala de produção, tendo em conta normas produtivas idênticas, ou a aprofundar a reorganização capitalista do trabalho (a "submissão real" do trabalho ao capital), em geral no sentido de uma maior produtividade e de um maior coeficiente de capital. Por outro lado, o "centro" do dispositivo produtivo, isto é, o pólo estruturador da validação social da produção, pode-se deslocar de departamento em departamento. [...] De forma esquemática, da primeira revolução industrial até a Primeira Guerra Mundial, prevaleceu, nos primeiros grandes países capitalistas, um regime de acumulação preponderantemente extensivo, centrado na reprodução ampliada dos bens de capital e, desde a Segunda Guerra, um regime preponderantemente intensivo, centrado no crescimento do consumo de massa" (LIPIETZ, 1989, p. 304-305).

a) tinha sua vertente produtiva no taylorismo, o qual, como apresentado, expropriava, no processo de trabalho, o saber-fazer dos operários, que passava a ser "sistematizado por engenheiros e técnicos através dos métodos de organização científica do trabalho", mas cuja qualificação permanecia, pois não se podia prescindir, naquele contexto, da "cultura industrial" dos trabalhadores, especialmente aqueles atuantes na fabricação de bens de capital e de máquinas-ferramentas, "o coração do dispositivo produtivo" (p. 306-307);
b) era caracterizado por um modo de regulação monopolista, baseado no consumo em massa adaptado aos ganhos de produtividade, o que propiciava a integração dos assalariados à acumulação capitalista graças ao crescimento dos salários diretos e indiretos (pelas intervenções governamentais que mediaram, respectivamente, acordos coletivos e pisos salariais mínimos, e benefícios sociais) (p. 307).

Essa pergunta também está no material:

julianamacedo
287 pág.

Administração Financeira Universidade Norte do ParanáUniversidade Norte do Paraná

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