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Quanto ao conceito e finalidade da Administração Pública, José Maria Madeira afirma que: “[...] Administração Pública vai ser justamente o instrume...

Quanto ao conceito e finalidade da Administração Pública, José Maria Madeira afirma que: “[...] Administração Pública vai ser justamente o instrumento empregado pelo Estado para poder atingir suas finalidades. É, portanto, o instrumento de concretização da vontade estatal”, complementando dizendo que “os fins da Administração Pública, sendo esta entendida como o meio pelo qual se caracterizam os atos de governo, resumem-se na defesa do interesse público” (MADEIRA, 2014). Referido Autor - José Maria Madeira - nos aponta, igualmente, uma distinção quanto à utilização do termo “Administração Pública”, com letras maiúsculas e minúsculas, para fins didáticos: Administração Pública (letras maiúsculas) Administração Pública (letras minúsculas) Conjunto de órgãos e entidades que exercem a função administrativa do Estado. É o Estado-administração. Tem ligação com a função administrativa do Estado. É a função que o Estado exerce, distinta das funções legislativas e jurisdicionais. Fonte: MADEIRA, 2014. Para tanto, a Administração Pública, nas quatro esferas de governo, isto é, federal, estadual, municipal e distrital, é composta de uma estrutura direta e indireta, conforme aponta o art. 37, da Constituição Federal (BRASIL, 1988): “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]”. Mas, afinal, qual seria essa estrutura? Como seria composta? A Administração direta é composta, em essência, por órgãos que são instrumentos da vontade estatal desprovidos, como regra, de personalidade jurídica. O Decreto-lei 200/67, em seu artigo 4o, I, assim aponta: “A Administração Federal compreende: I- a administração direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos ministérios”. Por sua vez, a Administração indireta da Administração Pública é composta de pessoas jurídicas, conforme art. 4o, II, do Decreto Lei 200/67: “A Administração Federal compreende: II- a Administração Indireta, que compreende as seguintes entidades, dotadas de personalidade jurídica própria”. Quanto à indireta, é imprescindível que sua criação e extinção decorram de lei de iniciativa do Poder Executivo, nos termos do art. 37, da Constituição Federal (BRASIL, 1988): Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; Seja em relação à Administração Pública direta ou indireta, não se pode perder de vista que o objetivo norteador deve ser a prestação dos serviços públicos. No caso da indireta, soma-se a esse objetivo, a exploração de atividade econômica. Como integrantes da estrutura indireta da Administração, ou seja, pessoas jurídicas dotadas de personalidade jurídicas, é possível citar: a) autarquias, que são pessoas jurídicas de direito público, criadas para a prestação dos serviços públicos, que contam com capital exclusivamente público, por exemplo, o INSS - Instituto Nacional de Seguro Social; b) agências reguladoras, que são espécies de autarquias, cujo objetivo é a regulação, o controle e a fiscalização da execução dos serviços públicos transferidos para o setor privado, por exemplo, ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica; c) associações públicas: ligadas à celebração de consórcios públicos, nos termos do art. 241, da Constituição Federal; d) conselhos profissionais, por exemplo, CRM, CREA; e) fundações, que consistem em pessoas jurídicas dotadas de patrimônio personalizado, tendo finalidade específica, por exemplo, Fundação Butantã, FUNAI; f) agências executivas; g) empresas públicas, que são pessoas jurídicas de direito privado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para a exploração de atividades econômicas, que são constituídas exclusivamente por capital público e sob qualquer modalidade empresarial. Exemplos: BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Caixa Econômica Federal, INFRAERO; h) sociedades de economia mista, que são pessoas jurídicas de direito privado, criadas para a prestação de serviços públicos ou para a exploração de atividades econômicas, que são constituídas por capital misto e constituídas apenas como sociedade anônima. Exemplos: Banco do Brasil, PETROBRAS, COHAB (Companhia de Habitação Popular). A Administração Pública, por consequência, não pode perder de vista a finalidade precípua, que é a prestação de serviços, sendo que a atuação deve ser pautada, dentre outros aspectos, pelos princípios, que serão analisados no tópico seguinte.

Essa pergunta também está no material:

Administração Judiciária (UniFatecie) (1)
96 pág.

Terapia Ocupacional Aplicada à Clinica Médica Faculdade UNIFATECIEFaculdade UNIFATECIE

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