“Agora, porém, já tendo sido estabelecida nas palavras a definição tanto do universal como do singular, investiguemos com cuidado notadamente a propriedade das palavras universais. Levantaram-se questões a propósito dessas palavras universais, porque se duvidava sobretudo de sua significação, uma vez que parecem não ter qualquer coisa subordinada nem fixar uma intelecção válida de algo. De fato, os nomes universais pareciam não se importar a coisa alguma, pois todas as coisas subsistiram distintas em si mesmas e, como foi mostrado (p.66-7), não se reuniriam em coisa alguma, podendo os nomes universais ser impostos de acordo com a reunião em tal coisa. Por conseguinte, como é certo que os universais não se impõem às coisas de acordo com a diferença de sua distinção, pois, decerto, já não seriam comuns mas singulares, nem poderiam, por outro lado, nomeá-las enquanto se reúnem em alguma coisa, pois não há coisa alguma na qual se reúnam, os universais parecem não recolher significação alguma das coisas, particulares por não fixarem nenhuma intelecção de coisa alguma”.
Fonte: ABELARDO, Pedro. Lógica Para Principiantes. Tradução de Carlos Arthur Ribeiro do Nascimento. Editora Unesp, 2a edição, São Paulo – SP, 2006, p. 69 – 71.
Seguindo a linha de raciocínio do autor, verifique as afirmações abaixo e assinale a alternativa correta acerca da Querela do Universais:
( ) Pedro Abelardo é conhecido por sua posição nominalista frente a Querela dos Universais.
( ) A Querela dos Universais foi um problema filosófico discutido exclusivamente na Idade Média.
( ) Um dos textos que mais influenciou a discussão acerca da origem dos universais foi a Isagoge de porfírio.
( ) Concepção da querela dos universais que Pedro Abelardo se dedica a criticar em suas obras é a posição dos realistas.
a.
F, F, V, F.
b.
V, F, F, F.
c.
F, F, V, V.
d.
V, F, V, F.
e.
F, V, V, F.
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