Respostas
Analisando cada afirmação: A motivação per relationem jamais é aceita pela jurisprudência do STJ - Correto. A motivação per relationem não é aceita pelo STJ. A motivação implícita é, muitas vezes, um pretexto para não fundamentar a decisão - Correto. A motivação implícita pode ser um pretexto para falta de fundamentação. Não é possível a decretação com base em fundamentação abstrata - Correto. A fundamentação deve ser concreta e específica. A prisão não pode ser decretada em razão de texto legal que impede a liberdade provisória - Incorreto. A prisão pode ser decretada com base em texto legal que impede a liberdade provisória. Sem cautelaridade, por simples imposição legal, a prisão funcionaria como punição antecipada, o que viola a presunção da inocência - Correto. A prisão sem cautelaridade viola a presunção da inocência. Portanto, a afirmação incorreta é: "A prisão não pode ser decretada em razão de texto legal que impede a liberdade provisória."
É incorreto dizer que "A motivação per relationem jamais é aceita pela jurisprudência do STJ". Na realidade, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceita a motivação per relationem, contanto que sejam atendidos certos critérios. A motivação per relacionem ocorre quando a decisão judicial remete a outra decisão ou a atos processuais anteriores para fundamentação. No entanto, é necessário que a remissão seja específica e permita ao acusado compreender claramente os fundamentos da decisão, além de permitir a adequada fiscalização sobre a correção dos fundamentos da medida cautelar pela instância superior.
Os outros pontos mencionados no texto também estão corretos e são consistentes com os princípios do direito penal e processual penal brasileiros:
- A motivação implícita pode, de fato, ser uma forma de não fundamentar adequadamente uma decisão judicial, o que é inaceitável conforme a jurisprudência e a necessidade de explicitação das razões de decidir.
- A decretação de prisão cautelar não pode ser fundamentada de maneira abstrata; é preciso que haja concretos indicativos da necessidade da prisão para garantir os objetivos da medida, como a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal.
- Não é permitido que a prisão cautelar seja decretada apenas com base em texto legal que proíba a liberdade provisória sem considerar as circunstâncias do caso específico.
- A decretação de prisão cautelar sem os requisitos de cautelaridade necessários, baseando-se apenas em imposição legal, pode resultar em uma punição antecipada, infringindo o princípio constitucional da presunção de inocência.
Portanto, o único ponto incorreto é a afirmação sobre a motivação per relationem e sua aceitação pela jurisprudência do STJ, pois ela é aceita em circunstâncias específicas que assegurem a adequada fundamentação e compreensão da decisão.
Responda
Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta