08. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXIV - Primeira Fase. Um fiscal de posturas públicas munic...

Vamos analisar cada alternativa: a) O fiscal atuou com desvio de poder, uma vez que o direito da sociedade empresária de continuar funcionando é emanação do direito de liberdade constitucional, que só pode ser contrastado a partir de um provimento jurisdicional. - Esta afirmativa está incorreta. O poder de polícia administrativa permite que o fiscal atue para garantir o cumprimento da legislação, mesmo sem intervenção judicial direta em certos casos. b) A prática irregular de ato autoexecutório pelo fiscal é clara, porque não homenageou o princípio do contraditório e da ampla defesa ao não permitir à sociedade empresária, antes da apreensão, a possibilidade de produzir, em processo administrativo específico, fatos e provas em seu favor. - Esta afirmativa está incorreta. Em certas situações, como a descrita, o poder de polícia pode ser exercido de forma autoexecutória para garantir o cumprimento da lei. c) O ato praticado pelo fiscal está dentro da visão tradicional do exercício da polícia administrativa pelo Estado, que pode, em situações extremas, dentro dos limites da razoabilidade e da proporcionalidade, atuar de forma autoexecutória. - Esta afirmativa está correta. O poder de polícia administrativa permite a atuação autoexecutória em situações extremas, desde que dentro dos limites da razoabilidade e proporcionalidade. d) A atuação do fiscal é ilícita, porque os atos administrativos autoexecutórios, como mencionado acima, exigem, necessariamente, autorização judicial prévia. - Esta afirmativa está incorreta. Nem todos os atos administrativos autoexecutórios exigem autorização judicial prévia, podendo ser realizados em certas situações de urgência e necessidade de cumprimento da lei. Portanto, a alternativa correta é a letra c) O ato praticado pelo fiscal está dentro da visão tradicional do exercício da polícia administrativa pelo Estado, que pode, em situações extremas, dentro dos limites da razoabilidade e da proporcionalidade, atuar de forma autoexecutória.