ará por fixar na sua mente essa repugnância de modo que assim, eliminada a causa, também possa desaparecer o efeito. Se o homem tivesse conheciment...
ará por fixar na sua mente essa repugnância de modo que assim, eliminada a causa, também possa desaparecer o efeito. Se o homem tivesse conhecimento, não teria necessidade, para conquistá-lo, de passar através das três fases do ciclo da redenção, poderia assim, poupar-se do erro e da dor. O mais evoluído não segue este longo caminho para chegar ao estado de salvação, porque a atinge logo, evitando entrar na primeira fase e com isso esquivar-se às premissas do ciclo, que obrigam a seguir o desenvolvimento até o fim. Mas isto só ele sabe fazer sozinho, pois seu ponto de partida não é o estado normal de involução. Não vai por tentativas; conhece e toma, desde o princípio, o caminho justo, razão pela qual não inicia e não lança a trajetória em direção errada, e em consequência não deve sofrer a ação corretiva do endireitamento. Ele não precisa dessa escola e por isso não se submete a ela. Porém, para quem se encontra na primeira fase, obrigado a seguir as sucessivas, há todavia, a perspectiva de atingir uma futura sabedoria com as relativas consequências, embora com a condição de conquistá-la através de uma enorme fadiga. Assim, na primeira fase se inicia o ciclo da reconquista do conhecimento. Movido pelos impulso do AS e ignorante dos resultados, o indivíduo é levado a tentar o desconhecido em sentido involutivo anti-Lei, que automaticamente o expõe às reações dela. Ele busca a felicidade, motivado pela sua natureza de origem divina, mas por causa da revolta, age de forma contrária, isto é, descendo em vez de subir, caminhando para o AS, e não para o S. Assim segue os desvios, os enganos, as falsas vias que, convidando ao prazer, levam à dor. Ele é livre, a Lei lhe permite agir e não tendo ainda provocado as reações por não haver cumprido toda a sua ação, essa Lei fica à espera. Dessa forma, o indivíduo em princípio, pode obter um momentâneo sucesso, falseando o seu julgamento, já que, ao contrário, esta aprendendo sua primeira lição, isto é, a vitória do erro. Neste erro ele se afirma, crendo ter vencido, enquanto, em realidade, perdeu. A verdadeira lição, a do endireitamento, virá depois. Esta é a história de quantos fizeram fortuna no mal. É preciso ter presente que todo o fenômeno do ciclo da redenção é orientado em sentido evolutivo, move-se no AS para o S. É assim que a primeira fase traz consigo todo o sabor do AS, e lança sua trajetória na direção anti-Lei. É natural pois, que, tratando-se de uma órbita em sentido negativo, esta seja feita por engano e não possa levar senão ao emborcamento na dor. É natural também que tal órbita tenha que chocar-se com a Lei, que, ao contrário, segue uma órbita de tipo positivo. Choque inevitável, mas corretivo, pois reconduz ao positivo, isto é, ao caminho da salvação. Esta acaba tornando-se, também, um fato inevitável. 2ª fase – Esta é a fase na qual se experimentam as consequências da primeira precedida pela escola da dor, para uma ação curativa do mal, com a correção dos erros. Em geral esta fase se desenvolve na vida sucessiva. O triunfo obtido na precedente ensinou ao indivíduo que é vantajoso o caminho do erro. Esta vitória fê-lo assimilar no subconsciente as piores qualidades do tipo AS que, aí fixadas, agora ressurgem sob a forma de instintos que o impelem a insistir na órbita precedente de sentido negativo. Então este indivíduo se lançará de novo na mesma direção e a repetição do erro será tanto maior quanto maior tiver sido o sucesso que dele obteve na vida precedente. Verifica-se, desse modo o choque fatal entre esta trajetória errada e a trajetória da Lei. O choque será tanto mais forte quanto mais potente é a força negativa do indivíduo, isto é, quanto maior o sucesso com ela obtido e com isso a potência atingida. Quanto mais forte for o choque, tanto maior será a dor do indivíduo que naquele choque se esfacela no momento em que a sua órbita se bate contra a da irremovível Lei. É natural que esta vença todas as órbitas menores que lhe são contrárias, porque ela é a maior do universo, é a órbita da Lei de Deus. As órbitas lançadas no mesmo sentido a acompanham e não se chocam. Isso somente acontece com aquela que é contra a corrente da Lei. Podemos agora compreender por que o choque advém. No universo temos a grande órbita da Lei segundo a qual se move, em sentido evolutivo, o transformismo de todos os fenômenos, que, partindo do AS tende à recuperação da ordem perdida, indo em direção ao S. Com a revolta e a queda, foi implantado o método separatista, tipo AS, do lançamento de trajetórias negativas, anti-Lei. Indivíduos rebeldes, afeitos ao mal, continuam a lançá-las. Mas, como acenamos acima, essas órbitas navegam em direção oposta aquela órbita positiva da Lei; em vez de seguir fielmente a sua direção, vão-lhe contra. É inevitável então que se choquem e que, sendo a trajetória da Lei a mais forte, seja a do indivíduo rebelde que se quebre e assuma as consequências em forma de dor. Podemos assim compreender agora mais exatamente que não é a Lei que reage; é o indivíduo que, lançando-se em direção oposta vai contra ela. Então é ele mesmo a causa do choque. Não é a Lei que inflige a dor, mas o indivíduo que a inflige a si mesmo, indo bater a cabeça contra o muro imóvel da inviolável resistência da Lei. É preciso compreender que tudo que é anti-Lei é anti-Deus e, pois, anti-vida. Isto significa assumir uma posição de morte, implicando numa automática liquidação de quem se põe do lado negativo do mal. Nesta segunda fase tudo tem o caráter de fatalidade, uma vez que é conseqüência do que foi livremente preparado na primeira fase. Daí advém a importância de nosso comportamento neste primeiro período, porque é nele que se faz o lançamento da trajetória, que, depois automaticamente continua na mesma direção até a exaustão do impulso recebido. Disso depende o desenvolvimento de todo o ciclo desde o início definido e irrevogável. Se a primeira fase é a de livre plantio das causas, a segunda fase é a da fatal colheita dos efeitos nesta o fenômeno se acha mais avançado no seu desenvolvimento e começa a dar os seus frutos. Se a primeira fase é a do lançamento da órbita na direção anti-Lei, a segunda fase é a do choque com a órbita da Lei, e para o indivíduo, é a hora da experiência da dor. Sacudido pelo choque, ele entra no hospital para fazer a cura corretiva do erro, até sair dele convalescente para iniciar a terceira fase do tratamento. Por esse exemplo se vê a utilidade dessa segunda fase que, com a negatividade da dor retificando a negatividade do erro, corrige uma trajetória de enfermidade que tende à morte, com uma outra positiva de saúde que leva à vida. Na segunda fase teremos então uma vida de tipo diferente, isto é,, não de abuso mas de pagamento, não de desordem anti-Lei, mas de reordenamento segundo a Lei. A primeira fase foi a de livre iniciativa do indivíduo, que, embora a seu modo, se ligava por si mesma às suas responsabilidades. A segunda fase é a determinista na qual é a Lei que comanda, curando o mal e reconstruindo a ordem onde foi violada. Este é o momento em que se vê como funciona a presença de Deus ativa em nosso mundo, devido ao fato, já explicado, de que, não obstante a queda e a formação do AS, o S permanece no centro do universo com seu espírito animador e previdencial potência curadora do mal. Como se vê, estes fenômenos individuais de desenvolvimento de destino têm raízes profundas que estão em Deus e só assim eles se podem justificar com uma duradoura motivação que lhes explica a forma e a evolução. Eis, pois, que o indivíduo se encontra diante do fato de ter de viver um outro tipo de vida. O mesmo cálculo de probabilidade mostra que é difícil que se possa verificar, uma segunda vez, a feliz convergência de todos os elementos favoráveis necessários para obter um sucesso freqüentemente não merecido, porque a ele não correspondem reais qualidades e valores individuais. Então, diante de uma realidade tão diversa, cai a miragem, chocando-se o indivíduo contra
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