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(a) aluno(a), não é possível falarmos sobre a Educação Especial e Inclusiva sem relacionar seu desenvolvimento com fatores do contexto familiar em ...

(a) aluno(a), não é possível falarmos sobre a Educação Especial e Inclusiva sem relacionar seu desenvolvimento com fatores do contexto familiar em que o sujeito com deficiência está inserido, mesmo porque a deficiência não se restringe exclusivamente ao indivíduo que a tem, uma vez que a família também é parte fundamental dessa experiência, pois é a primeira a socializar com o sujeito com deficiência (BIASOLI-ALVES, 2008). Desse modo, quanto mais cedo a família iniciar o processo de conscientização para promover a inclusão social e posteriormente auxiliar na inclusão profissional da pessoa com deficiência, mais chances dessa pessoa ter um desenvolvimento pleno. É válido salientar que os obstáculos enfrentados por cada família são diferentes, pois cada família e cada pessoa com deficiência é única, tendo, assim, seus aspectos peculiares dependentes de fatores relacionados ao desenvolvimento, a maturidade, a condição social e financeira de cada uma. O desenvolvimento de uma criança com deficiência que vive em uma família mais estruturada financeiramente apresenta mais recursos que facilitam a ultrapassar algum dos obstáculos que impedem seu progresso, uma realidade diferente da maioria das famílias do país. Assim, podemos dizer que questões financeiras podem dificultar o desenvolvimento das crianças com deficiência. A família pobre não se constitui como núcleo, mas como uma rede com ramificações que envolvem níveis de parentesco como um todo, configurando uma trama de obrigações morais que enreda os indivíduos em dois sentidos: ao dificultar sua individualização e ao viabilizar sua existência como apoio e sustentação básicos [...]. Neste contexto, as crianças não são responsabilidade apenas do pai e da mãe, mas de toda a rede de sociabilidade em que a família está envolvida (BASTOS et al., p. 160-161). Esse fator de desigualdade dificulta o desenvolvimento do sujeito com deficiência, assim como sua relação com o meio social, uma vez que a falta de recursos financeiros pode causar um quadro de abandono ou de isolamento no seio familiar. Porém, em casos assim, a única coisa que podemos afirmar, caro(a) aluno(a), é que a família tem por obrigação a responsabilidade de promover um espaço de apoio mútuo, de compreensão e aceitação. Por fim, a realidade é que todos nós sabemos que a família exerce um papel de extrema importância na vida da criança, sobretudo na de uma criança com deficiência, pois é na família que se encontram os laços afetivos necessários para o desenvolvimento e bem-estar de seus componentes. Assim, ela desempenha um papel fundamental na formação dos valores éticos e morais de seus integrantes. Sexualidade Sabemos que a Educação Inclusiva é um tema muito estudado, no entanto quando nos referimos à Educação Sexual de crianças e jovens com deficiência, podemos dizer que, por ser considerado um tema bem delicado, muitas vezes é deixado de lado, tanto no contexto escolar quanto no contexto familiar. Assim, quando pensamos no verdadeiro sentido da educação, que consiste em conduzir o aluno a descobrir o desconhecido, percebemos que a Educação Inclusiva não é tão complexa, pois deixa de abordar determinados temas devido a questões ligadas a tabus impostos pela sociedade e a falta de compreensão sobre tal necessidade. De acordo com Maia e Ribeiro (2009, p. 46), “o educador deve ter discernimento para não transmitir valores, crenças e opiniões como sendo princípios ou verdades absolutas”. Partindo disso, entendemos que o professor que atua na formação de crianças e jovens, tanto no ensino regular quanto na educação especial, deve deixar de lado todas as questões pessoais que envolvam algum tipo de crença, para que, assim, possa desenvolver determinados aspectos de seu trabalho, como é o caso da Educação Sexual. Dessa forma, caro(a) aluno(a), para compreendermos a importância da Educação Sexual, para a vida e o desenvolvimento do sujeito, iremos discutir sobre as contribuições possíveis para o sucesso no trabalho desenvolvido na modalidade da Educação Inclusiva. Segundo Maio (2011, p. 182), uma proposta de educação sexual “adequada, consciente e emancipadora poderia contribuir para o objetivo de tornar toda a comunidade educativa apta a discutir assuntos importantes para o discernimento, na área da sexualidade”. Portanto essa discussão que aborda a Educação Sexual dentro da modalidade de Educação Inclusiva não é uma tarefa fácil, pois ambas são frutos de conquistas adquiridas ao longo da nossa história. Por outro lado, Braga (2009) destaca que a ausência de profissionais da educação preparados para desenvolver essa discussão na escola impede que a temática seja debatida em âmbitos educacionais. [...] as manifestações sexuais que aparecem na escola demonstram, a cada momento, as dificuldades que as instituições educativas apresentam quando tratam da temática da sexualidade em seu cotidiano. Uma proposta de educação sexual adequada, consciente e emancipadora poderia contribuir para o objetivo de tornar toda a comunidade educativa apta a discutir assuntos importantes para o discernimento, na área da sexualidade (BRAGA, 2009, p. 03). Com isso, podemos dizer que a sexualidade no espaço escolar é uma necessidade. No entanto a educação sexual de crianças e jovens com deficiência ainda não tem sido muito abordada. A abordagem dessa temática no âmbito da educação de pessoas com deficiência contribui para uma vida mais significativa, visto que muitas vezes os alunos com deficiência se isolam do meio social devido a questões emocionais que os fazer se sentir como pessoas inferiores aos demais. Sendo assim, não basta apenas garantir a inclusão do aluno com deficiência no contexto escolar, mais a escola deve garantir a esse aluno com deficiência os mesmos direitos que os demais, ou seja, a escola deve atender todas as necessidades educacionais dos alunos sem restringir sua aprendizagem devido a sua deficiência. Segundo Teixeira e Braga (2008), pessoas com deficiências foram excluídas do processo histórico, pois ao analisar os projetos políticos pedagógicos de instituições que ofertam a educação para pessoas com deficiência, notaram que essa temática não é abordada dentro do âmbito da Educação Especial e Inclusiva, principalmente com alunos com deficiência mental. Ao debatermos sobre a inclusão educacional não podemos deixar de questionar, quanto ao conceito de sujeito que queremos para os alunos com necessidades educacionais, já que se trata da diversidade humana, que de acordo com os estudos realizados, verificamos que em alguns momentos da história os alunos com necessidades educacionais especiais estavam inseridos no processo de escolarização, em espaços de segregação ou de exclusão, dependendo das relações sociais de cada época: nos asilos e em escolas especiais impedidos de se desenvolverem em um processo de aprendizagem participativo (TEIXEIRA; BRAGA, 2008, p. 03). ATENÇÃO Podemos afirmar que é importante que haja uma proposta pedagógica adequada, com currículo flexível, que contemple as necessidades de todos os alunos, seja com deficiência ou não, de modo que torne o processo educativo mais significativo. Dessa forma, caro(a) aluno(a), podemos afirmar que a Educação Especial e Inclusiva continua em déficit, visto que o aluno com deficiência ainda não tem a mesma aprendizagem que os demais, pois são restringidos a aprenderem somente parte do que é ofertado aos alunos sem deficiência. Nesse sentido, Maia e Ribeiro (2009, p. 46) contribuem ao dizer que [...] a orientação sexual não deve e não pode ter como objetivo a transmissão de verdades ou valores morais, tampouco reduzir se à transmissão de informações, mas é preciso que o educador tenha bem clara a importância de que seu aluno amplie a visão de mundo que tem e descubra por si como conquistar um caminho e um espaço na sociedade que o leve a ter uma vida sexual mais plena possível, transpondo as barreiras da desigualdade sexual, do preconceito, dos tabus, do medo e da intolerância. Partindo disso, podemos entender que ao propiciar a ampliação da visão e a abertura de novos horizontes aos alunos com deficiência, diminuímos as barreiras que os definem como pessoas dependentes ou incapazes, pois não podemos defini-los como pessoas inferiores, sendo que sua aprendizagem ocorre de forma defasada, devido a vários fatores que as restringiram a essa aprendizagem. Sendo assim, fica claro que o comportamento de pessoas com deficiência pode ser diferente do comportamento de uma pessoa que não apresenta nenhum tipo de deficiência, pois grande parte das pessoas com deficiência não recebe nenhum tipo de orientação sexual. Segundo Maia e Ribeiro (2009, p. 26), [...] faltam estratégias educacionais que ensinem o portador de deficiência a discriminar os comportamentos socialmente aceitos. Muitos comportamentos e expressões da sexualidade, comuns em crianças e jovens, como a masturbação, os jogos sexuais, o “ficar” com, namorar, perguntar e comentar sobre sexualidade, etc., são interpretados por educ

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Educação Especial e Inclusiva
65 pág.

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