Essa discussão pressupõe a reflexão sobre os modos de vida dos sujeitos, e as relações que eles estabelecem com seus espaços de vida para busca de uma intervenção que promova a tessitura da solidariedade nos lugares como uma das finalidades da ação técnica. Nesse processo, destacam-se ainda cinco princípios presentes na atuação terapêutica ocupacional com base no território-comunidade: a atuação implicada no coletivo e nas relações sociais; a tessitura de redes formais e informais; a construção de vínculos por meio do uso das atividades; a horizontalidade e a disponibilidade nas relações; e as estratégias para lidar com a vulnerabilidade social nos âmbitos micro e macrossocial. É sob esse olhar que surge a terapia ocupacional e que passaremos a abordar a seguir. Marcos Históricos da Terapia Ocupacional A terapia ocupacional comemorou seu centenário em 2017, mas referências ao emprego das atividades com finalidades de saúde vêm muito anterior à sua fundação. Dentre as alternativas históricas, destacam-se: a) Em 2600 a.C., os povos chineses já recomendavam a atividade para combater doenças; b) Em 220 d.C., o grego Hipócrates recomendava o trabalho para garantir o equilíbrio corpo-mente; c) Em 1786, o médico psiquiatra Philippe Pinel reformou a atenção à saúde mental na França, valorizando a ocupação como tratamento moral; d) Em 1917, foi criada a Associação Americana de Terapia Ocupacional (American Occupational Therapy Association – AOTA); e) Em 1969, houve a regulação da profissão de terapeuta ocupacional no Brasil, através do Decreto-Lei 938, de 13 de Outubro.
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