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Ainda que se imagine que o devedor se encontra em situação totalmente desfavorável, sob a ameaça de a qualquer tempo ser cobrado pela dívida, além ...

Ainda que se imagine que o devedor se encontra em situação totalmente desfavorável, sob a ameaça de a qualquer tempo ser cobrado pela dívida, além do fato de se sujeitar a inúmeras responsabilidades decorrentes da inadimplência como por exemplo a cláusulas penais constantes na relação obrigacional, ainda assim encontra-se numa condição mais favorável que o credor, já que fica a cargo deste a tomada de iniciativa para promoção da cobrança judicial de seu crédito, com todas as despesas que isto poderá acarretar. Vale consignar que, como surgimento da jurisdição o Estado vedou a resolução de conflitos através da autotutela, não tendo, portanto, outra alternativa ao credor que não o ingresso com medida jurisdicional com o intuito de cobrar a satisfação e o adimplemento forçado da obrigação. Assim, ao avocar para si a responsabilização pela satisfação da obrigação inadimplida, tem o Estado o dever de desempenhar a sua função, a fim de que a marcha processual atinja os objetivos do acesso à justiça, garantindo que a resolução do conflito se dê de forma célere, tempestiva, eficaz e que principalmente alcance a pacificação social. A atitude do devedor de inadimplir com a obrigação consiste num ato ilícito, porém, frise-se num ilícito de natureza civil e não penal, de modo que não cabe ao direito punir alguém pelo simples fato de ser devedor. A lei deve dispor de mecanismos alternativos para que o credor possa obter o adimplemento e a satisfação de seu crédito, mas não se encontra sanções pela inadimplência, salvo a de se sujeitar à execução. Uma das grandes características presentes nas atividades executivas no direito processual civil brasileiro, é exatamente a existência de ordem judicial exigindo o cumprimento da obrigação contida no título executivo, e o executado relutar ou retardar o cumprimento da decisão. Neste diapasão, será através dos meios executivos que o juiz tentará obter a satisfação do crédito. Os meios executivos são os mais diversos previstos em lei: penhora, expropriação, busca e apreensão, astreintes, arresto executivo, remoção de pessoas ou coisas, fechamento de estabelecimentos comerciais, etc. Ainda que o rol seja bastante extenso é uníssono na doutrina que o rol é exemplificativo, ficando a cargo do próprio juiz estabelecer o meio mais eficaz para a obtenção do resultado, podendo inclusive utilizar-se de meios não previamente estabelecidos em lei, ao que se denomina meios atípicos de meios executivos. O Princípio encontra fundamento no art. 536, §1º, CPC, regra aplicável ao Cumprimento de Sentença, mas, a legislação ainda encontra outro fundamento para que o juiz possa se utilizar de meios atípicos para assegurar o cumprimento das decisões judiciais, com fulcro no art. 139, IV, CPC, artigo que dispõe acerca dos poderes do juiz vejamos, Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe: IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária. A competência reflete na análise do juízo que será o encarregado pelo recebimento da petição que dará início a atividade jurisdicional. A regra de competência é disciplinada de forma diferente de acordo com a modalidade do procedimento executivo. Diante de um título executivo judicial, o procedimento do cumprimento de sentença seguirá a regra do art. 516, CPC. Art. 516. O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante: I - os tribunais, nas causas de sua competência originária; II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição; III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal Marítimo. Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo será solicitada ao juízo de origem. Em se tratando de título executivo extrajudicial a regra aplicável à competência é a prevista no art. 781 do CPC. Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte: I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos; II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles; III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente; IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente; V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado. A legitimidade consiste na verificação da possibilidade de figurar como parte em um processo que tenha por escopo a atividade executiva. Na execução o credor será chamado de exequente e o devedor de executado. O artigo 778, CPC é o encarregado de disciplinar a legitimidade ativa para a execução. Art. 778. Pode promover a execução forçada o credor a quem a lei confere título executivo. § 1o Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em sucessão ao exequente originário: I - o Ministério Público, nos casos previstos em lei; II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor, sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o direito resultante do título executivo; III - o cessionário, quando o direito resultante do título executivo lhe for transferido por ato entre vivos; IV - o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal ou convencional. § 2o A sucessão prevista no § 1o independe de consentimento do executado. A legitimidade para figurar no polo passivo da execução é disciplinada pelo art. 779. Art. 779. A execução pode ser promovida contra: I - o devedor, reconhecido como tal no título executivo; II - o espólio, os herdeiros ou os sucessores do devedor; III - o novo devedor que assumiu, com o consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo; IV - o fiador do débito constante em título extrajudicial; V - o responsável titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito; VI - o responsável tributário, assim definido em lei. Penhora é o ato judicial de constrição de bens, por meio do qual o juiz busca formas de expropriação no patrimônio do devedor com o intuito de satisfazer a obrigação inadimplida. De acordo com redação contida no art. 831, CPC, A penhora deverá recair sobre tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, dos juros, das custas e dos honorários advocatícios. No entanto, a própria legislação processual civil disciplina este ato de constrição judicial, impondo limites ao exercício de busca no patrimônio do devedor. Neste sentido, não estão sujeitos à penhora os bens inalienáveis bem como os impenhoráveis. Bens inalienáveis são aqueles que não podem

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Métodos de Resolução de Litígios
202 pág.

Direito Penal I Universidade PaulistaUniversidade Paulista

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