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O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) Se levarmos em consideração ipsis litteris, chegaríamos a conclusão que o juiz não poderia absolver com base no Inquérito Policial. Porem, com base no princípio In dubio pro Reo fica claro que, havendo dúvida, Direito Processual Penal | Material de Apoio Prof. Marcelo Adriano | Fb.com/Professor-Marcelo-Adriano-Operacional deve-se absolver, mesmo que tal decisão seja lastreada exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas. Ano: 2013 PC-BA Escrivão de Polícia 20. A presunção de inocência da pessoa presa em flagrante delito, ainda que pela prática de crime inafiançável e hediondo, é razão, em regra, para que ela permaneça em liberdade. Certa DO INQUÉRITO POLICIAL Procedimento administrativo investigativo, pré-processual e preparatório da ação penal. Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. (Redação dada pela Lei nº 9.043, de 9.5.1995) Titularidade 1) Instituição: Polícia judiciária; ✓Polícia Civil (PC): polícia judiciária dos estados membros, subordinadas ao Governador. ✓Polícia Federal (PF): polícia judiciária da União, subordinada ao Presidente da República. Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:" (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência; II - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. (...) § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 2) Autoridade: presidido por delegado de polícia de carreira. Lei 12830 Art. 2º As funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais exercidas pelo delegado de polícia são de natureza jurídica, essenciais e exclusivas de Estado. § 1º Ao delegado de polícia, na qualidade de autoridade policial, cabe a condução da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da materialidade e da autoria das infrações penais. § 2º Durante a investigação criminal, cabe ao delegado de polícia a requisição de perícia, informações, documentos e dados que interessem à apuração dos fatos. § 4o O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação. § 5º A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado. Direito Processual Penal | Material de Apoio Prof. Marcelo Adriano | Fb.com/Professor-Marcelo-Adriano-Operacional § 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias. Art. 3º O cargo de delegado de polícia é privativo de bacharel em Direito, devendo-lhe ser dispensado o mesmo tratamento protocolar que recebem os magistrados, os membros da Defensoria Pública e do Ministério Público e os advogados. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Regras para definição da titularidade (atribuição) (1) Competência da justiça para julgar o crime Se o crime é de competência da Justiça Federal, a regra é que tal crime seja investigado pela PF. Se o crime é de competência da justiça estadual, a regra é que seja a PC a responsável pela investigação. (2) Territorial Em regra, o território em que se consuma o crime define quem irá investigá-lo, desde que respeitadas as regras de competência para julgar o crime, se federal ou estadual. Existe a possibilidade de o crime ser investigado pela autoridade policial responsável pelo território onde ocorreram os atos executórios nos crimes tentados e no homicídio doloso. (3) Material É um critério subsidiário que auxilia na organização da instituição policial. Por exemplo: delegacia da mulher, delegacia de furtos e roubos, delegacia de repreensão a entorpecentes, delegacia de homicídios e proteção à pessoa humana, delegacia antissequestro, etc. Finalidade Auxiliar o titular da ação penal (Ministério Público – crimes de ação pública – ou ofendido – crimes de ação privada) na formação de sua opinio delicti (justa causa para a ação penal), que se configura em: (1) Provas da existência do crime; (2) Indícios suficientes de autoria. Fornecer subsídios ao Juiz para decidir acerca do deferimento de medidas cautelares. Valor probatório/Produto do IP Regra: Valor relativo Produto: Regra: elementos de informação Exceções: provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. CPP Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (...) Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. A investigação criminal é atividade mais ampla que o Inquérito Policial. Assim, apesar de o Inquérito Policial ser desenvolvido exclusivamente no âmbito das polícias judiciárias, a atividade investigatória não é exclusiva das mesmas. Nada impede que o particular interessado busque esses elementos de informação sobre determinada infração penal, desde que não viole direitos e garantias individuais, e também desde que não cometa ilegalidades. No entanto, como regra, o Estado deve se responsabilizar pela obtenção dessas informações, que poderá ocorrer das seguintes formas: ✓ Policial: Inquérito Policial ✓ Parlamentar: CPI ridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. As requisições da autoridade judiciária ou do Ministério Público são exceções à discricionariedade, já que, salvo manifesta ilegalidade, o Delegado de Polícia se vê obrigado a instaurar o inquérito policial. Sendo crimes de ação penal incondicionada, qualquer pessoa pode requerer à autoridade policial a instauração de o inquérito policial. § 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; b) a individualização do indici

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24 pág.

Introdução ao Direito I Universidade PotiguarUniversidade Potiguar

💡 1 Resposta

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Com base no texto fornecido, o juiz não pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Portanto, o juiz não poderia absolver com base apenas no Inquérito Policial.

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