a.3) PPP superveniente ou intercorrente (art. 110, §1º, CP);
a.4) PPP virtual ou antecipada ou por prognose ou em perspectiva - jurisprudência;
Prescrição da Pretensão Executória (art. 110, caput, CP):
Ocorre depois do trânsito em julgado e impede a execução da sanção. Os demais efeitos da condenação permanecem, pouco importando se penais ou extrapenais.
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— Previsão legal: art. 109, CP
— Termo inicial da PPP em abstrato: dia em que se consumou o delito. Adota-se, em regra, a
Teoria do Resultado. (art. 111, CP)
Art. 109, CP - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Art. 111, CP - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final (PPPA), começa a correr:
I - do dia em que o crime se consumou;
LEVA-SE EM CONSIDERAÇÃO NÃO SE LEVA EM CONSIDERAÇÃO
Qualificadora Circunstâncias judicias (art. 59 CP) - O valor de uma circunstância judicial não tem previsão legal. Causas de aumento e diminuição Atenção: tratando-se de amento ou diminuição variável (p. ex. 1/3 a 28/3), considerar o maior aumento e a menor diminuição. Agravantes e atenuantes Atenção: A atenuante da menoridade e da senilidade reduz o prazo prescricional pela metade (art. 115 CP). Concurso de crimes (art. 119 CP)
b. Prescrição da pretensão punitiva retroativa: Leva esse nome por ser analisada da seguinte maneira: após a publicação da sentença condenatória, deve-se pegar a pena em concreto fixada, verificar o prazo prescricional definido para ela no artigo 109, e voltar no tempo para ver se ele foi ultrapassado entre a data do recebimento da denúncia e a publicação da sentença ou acórdão condenatório, ou seja, é uma análise retroativa baseada na pena em concreto. (Por expressa previsão legal, não há aqui o intervalo entre a consumação e o recebimento da denúncia.) Art. 110, §1o, CP - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena
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aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
Características da PPP Retroativa: ✓ Pressupõe sentença ou acórdão penal condenatório; ✓ Leva em conta a pena efetivamente imposta na sentença; ✓ Pressupõe trânsito em julgado para acusação no que se relaciona à pena aplicada; ✓ Os prazos prescricionais são os mesmos do art. 109, do CP; ✓ Conta-se a PPP Retroativa da publicação da sentença condenatória até o recebimento da inicial;
c. Prescrição da pretensão punitiva superveniente / intercorrente: utiliza o mesmo método da prescrição retroativa, porém, contada “para frente”. Havendo a publicação da sentença condenatória, pega-se a pena em concreto fixada e verifica-se o transcurso ou não do lapso temporal previsto no artigo 109 entre a publicação da sentença ou do acórdão condenatório e a data do trânsito em julgado para ambas as partes.
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Prescrição da pretensão punitiva virtual (antecipada ou em perspectiva ou prognose): Sem previsão legal. Faz-se uma análise hipotética considerando as circunstâncias que seriam levadas em conta quando o juiz fosse graduar a pena, para que se chegue a uma provável condenação, sendo tal pena virtualmente considerada como base para se averiguar uma possível prescrição, de modo que, caso presente essa possibilidade, não haveria interesse do Estado em dar andamento a uma ação penal que levaria à extinção da punibilidade. Alega-se a ausência do interesse de agir. Não é admitida. Entendimento sumulado pelo STJ, enunciado 438.
Súmula 438, STJ - É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal.
• Termo inicial da prescrição da pretensão punitiva: Artigo 111 do CP. Adota-se a teoria do resultado. Crime consumado – regra geral: data da consumação; Tentativa – regra geral: data da cessação da atividade criminosa; Crimes permanentes e habituais: data da cessação da permanência; Bigamia e falsificação ou alteração de assentamento do registro civil: Data do conhecimento do fato. Crimes contra a dignidade sexual contra a criança e o adolescente: data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se já houver sido proposta ação penal. Crime do artigo 2º, I da Lei nº 8.137/90 praticado com fraude: data em que a fraude é praticada, e não a data em que ela é descoberta. Trata-se de crime formal e instantâneo de efeitos permanentes. Crime do artigo 1º, I da Lei nº 8.137/90: data da constituição do crédito tributário (lançamento definitivo). Crime material. • Causas suspensivas da prescrição da pretensão punitiva: Art. 116 do CP. O lapso temporal anterior é contabilizado quando cessar a causa.
Causas impeditivas da prescrição
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior;
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal.
∘ Inciso I – Apesar de o presente inciso referir-se apenas à questão prejudicial obrigatória, prevalece na doutrina a aplicação dessa causa suspensiva de prescrição também para as questões prejudiciais facultativas, desde que o Juiz decida atacá-las.
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