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Caderno de Doutrina e Questões (4)

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Prévia do material em texto

SEMANA 04 
 
 
 
 
 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
 
SEMANA 04/30 
 
 
 
AVISO IMPORTANTE 
O material será disponibilizado com os dados pessoais do participante, em área de acesso restrita. O 
compartilhamento indevido de materiais da PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
ensejará a interrupção imediata do serviço, bem como adoção das medidas cabíveis. 
 
Qual a duração do curso? 
 
A PREPARAÇÃO EXTENSIVA DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 é dividida em 30 semanas. 
 
Qual o principal material da preparação e quando ele é enviado? 
 
O principal material da nossa preparação é o e-book dividido em metas com doutrina e questões 
sobre o tema. Este material será disponibilizado na nossa plataforma sempre aos finais de semana para que 
vocês possam utilizá-lo ao longo da semana. 
 
Quais materiais serão disponibilizados neste curso? 
 
1- E-book de doutrina e questões - Este e-book é dividido em metas, que correspondem aos 
dias da semana em que o aluno deve cumprir. No início de cada meta, disponibilizamos os artigos 
relacionados ao tema, ao passo que no final disponibilizamos questões de concursos anteriores para 
treinamento (disponibilizado semanalmente); 
2- E-book de Súmulas por assunto - Este e-book visa orientar nosso aluno, a partir de um 
cronograma, a realizar uma leitura das principais súmulas dos Tribunais Superiores (disponibilizado 
integralmente no início do curso); 
3- E-book de Lei Seca - Compilamos as principais leis, que possuem grande incidência em 
concursos de Delegado de Polícia e que são específicas para o seu concurso. Esse e-book visa, através de um 
cronograma elaborado por nossa equipe, organizar o estudo tão importante da lei seca (disponibilizados 
semanalmente). 
4- E-book de Jurisprudência - Selecionamos os principais julgados mais recentes para facilitar o 
seu estudo. Com o cronograma criado pela nossa equipe, você estudará os principais informativos de uma 
maneira constante e leve (disponibilizados semanalmente). 
5- E-book de Revisão (ciclos de revisão) – Com o objetivo de sedimentar o estudo realizado ao 
longo do curso, utilizaremos o nosso método de revisão 5x1, ou seja, a cada 5 semanas de conteúdo, teremos 
uma semana de revisão. 
 
Como eu devo me guiar com este material? 
 
Isto é bem intuitivo. No E-book principal (doutrina e questões), cada meta se refere a um dia 
da semana (Meta 1, Segunda-feira; Meta 2, terça-feira, etc). 
Acreditamos que o melhor método de estudo é a partir da edificação de uma base de 
conhecimento pautada no tripé doutrina – lei seca – jurisprudência, aliada à constante resolução de questões 
objetivas. 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
 
SEMANA 04/30 
 
 
 
Por isso, aconselhamos que se inicie o dia estudando a meta do dia (E-book principal doutrina 
e questões). No momento do estudo não tente resumir a matéria, pois nossas metas diárias já suprirão esta 
necessidade. O ideal é que tome notas inteligentes em post-its e façam grifos para a revisão. Notas 
inteligente são aquelas que sem precisar esgotar o tema faz com que você relembre os principais pontos. A 
organização das suas anotações é crucial para sua aprovação. 
 
Atendendo sugestões, explicaremos melhor como vocês devem se guiar com esse material: 
 
Passamos a indicar no Caderno de Doutrina, antes de iniciar a meta, os artigos correspondentes, 
além dos dispositivos que reputamos mais relevantes e com maior probabilidade de estar na sua prova. 
A leitura desses dispositivos fará parte do ciclo de revisão semanal proposto pelo curso (método 
5x1). 
Encerrado o estudo da doutrina passe para a resolução dos exercícios e súmulas selecionadas. 
Até aqui foi feito o mais importante. 
Após tudo isso, se sobrar tempo, é hora de ler a lei seca do caderno de leis. Essa tarefa de 
repetição de leitura de artigos não demandará muito tempo por dia e é essencial para a sua aprovação. 
Lembramos que os artigos indicados nos cadernos de Lei seca não correspondem à meta 
justamente para que vocês sempre leiam mais vezes a letra da lei, independentemente de ter estudado o 
tema ou não. 
 
Estamos abertos a críticas e sugestões. Este é um processo coletivo no qual a participação de 
vocês é fundamental para que a preparação para a prova seja potencializada. Evite a possibilidade de ter 
a sua posse impedida em razão compartilhamento ilegal e indevido do material deste material sem 
autorização. 
 
Vamos Juntos! 
 
Equipe Dedicação Delta. 
 
 
Prezado(a) aluno(a), 
 
Caso possua alguma dúvida jurídica sobre o conteúdo disponibilizado no curso, pedimos que utilize a sua 
área do aluno. Há um campo específico para enviar dúvidas. 
 
 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
 
SEMANA 04/30 
 
 
 
Sumário 
META 1 ............................................................................................................................................................ 10 
DIREITO PENAL: CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ............................................................................. 10 
1. AÇÃO PENAL ................................................................................................................................................ 11 
1.1. Espécies ................................................................................................................................................................. 11 
1.2 Condições da Ação Penal ........................................................................................................................................ 12 
1.2.1. Representação do ofendido............................................................................................................................ 12 
1.2.2. Requisição do Ministro da Justiça ................................................................................................................... 13 
1.3. Princípios da Ação Penal Pública ........................................................................................................................... 14 
1.4. Ação Penal Privada ................................................................................................................................................ 14 
1.5. Procedimento ........................................................................................................................................................ 16 
1.6. Denúncia ou Queixa Crime .................................................................................................................................... 17 
2. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ....................................................................................................................... 18 
2.1 Causas de Extinção da Punibilidade ....................................................................................................................... 19 
2.1.1 Morte do Agente ............................................................................................................................................. 20 
2.1.2 Anistia .............................................................................................................................................................. 20 
2.1.3 Graça e Indulto ................................................................................................................................................ 21 
2.1.4 Abolitio Criminis ............................................................................................................................................... 22 
2.1.5 Decadência....................................................................................................................................................... 22 
2.1.6 Prescrição .........................................................................................................................................................22 
2.1.7 Perempção ....................................................................................................................................................... 34 
2.1.8 Renúncia .......................................................................................................................................................... 34 
2.1.9 Perdão Aceito ou Perdão do Ofendido ............................................................................................................ 34 
2.1.10 Retratação...................................................................................................................................................... 34 
2.1.11 Perdão Judicial ............................................................................................................................................... 35 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................... 37 
DIREITO PENAL: CONCURSO DE PESSOAS E DE CRIMES .................................................................................. 44 
1. CONCURSO DE PESSOAS .............................................................................................................................. 44 
1.1. Conceito ................................................................................................................................................................ 44 
1.2 Requisitos ............................................................................................................................................................... 45 
1.3 Teorias sobre o concurso de pessoas: .................................................................................................................... 48 
1.4. Autoria ................................................................................................................................................................... 49 
1.5. Participação ........................................................................................................................................................... 54 
1.6. Concurso de Pessoas em crimes próprios e crimes de mão própria: .................................................................... 56 
1.7. Concurso de pessoas em crimes culposos............................................................................................................. 57 
1.8 Concurso de pessoas em crimes omissivos ............................................................................................................ 58 
1.9 Cooperação dolosamente distinta ou participação em crime menos grave ou desvio subjetivo: ......................... 58 
1.10. Concurso de pessoas e crimes multitudinários ................................................................................................... 60 
1.11. Da (in)comunicabilidade das elementares e circunstâncias ................................................................................ 60 
2. CONCURSO DE CRIMES ................................................................................................................................ 61 
2.1 Espécies de Concurso de Crimes ............................................................................................................................ 61 
2.2 Sistemas de aplicação da pena ............................................................................................................................... 61 
2.3 Concurso Material .................................................................................................................................................. 62 
2.4 Concurso Formal (Ideal) ......................................................................................................................................... 62 
2.5 Crime Continuado................................................................................................................................................... 67 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................... 76 
META 2 ............................................................................................................................................................ 83 
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL: LEI DE CRIMES HEDIONDOS............................................................................ 83 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 84 
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA................................................................................................................................. 84 
3. CRITÉRIOS PARA A DEFINIÇÃO DE HEDIONDEZ ........................................................................................... 85 
4. ANÁLISE DO ROL DE CRIMES HEDIONDOS .................................................................................................. 86 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
 
SEMANA 04/30 
 
 
 
4.1. Roubo qualificado pela lesão corporal grave ........................................................................................................ 96 
4.2. Roubo qualificado pela morte (latrocínio) ............................................................................................................ 96 
5. CRIMES HEDIONDOS PREVISTOS NO § ÚNICO .......................................................................................... 106 
5.1 Crimes Equiparados Ao Hediondos ...................................................................................................................... 113 
5.1.1 Tráfico de Drogas ........................................................................................................................................... 113 
5.1.2 Tortura ........................................................................................................................................................... 114 
5.1.3 Terrorismo ..................................................................................................................................................... 114 
6. ESPECIFICIDADES DOS CRIMES HEDIONDOS ............................................................................................. 114 
6.1 Insuscetibilidade de Graça, Anistia e Indulto ....................................................................................................... 114 
6.2 Insuscetibilidade de Fiança ................................................................................................................................... 115 
6.3 Regime Inicial Fechado para o Cumprimento da Pena Privativa de Liberdade .................................................... 116 
6.4 Critérios Diferenciados para Concessão de Livramento Condicional. .................................................................. 119 
6.5 Progressão de Regime .......................................................................................................................................... 120 
6.6 Direito de Recorrer em Liberdade ........................................................................................................................ 123 
6.7 Estabelecimentos Penais De Segurança Máxima ................................................................................................. 123 
6.8 Prioridade no Trâmite dos Processos ................................................................................................................... 124 
7. PRISÃO TEMPORÁRIA E CRIMES HEDIONDOS ........................................................................................... 124 
8. CAUSA DE AUMENTO DO §9º DA LEI DE CRIMES HEDIONDOS ................................................................. 126 
QUESTÕES PROPOSTAS .................................................................................................................................128 
META 3 .......................................................................................................................................................... 132 
DIREITO CIVIL: FATOS JURÍDICOS .................................................................................................................. 132 
1. FATOS JURÍDICOS ....................................................................................................................................... 133 
1.1 Fato Jurídico Lato Sensu ....................................................................................................................................... 133 
1.2 Ato Lícito Ou Ato Jurídico Lato Sensu: .................................................................................................................. 133 
1.3 Ato Ilícito .............................................................................................................................................................. 135 
2. NEGÓCIO JURÍDICO.................................................................................................................................... 135 
2.1 Estrutura dos negócios jurídicos (escada Ponteana) ............................................................................................ 135 
2.2 Representação ...................................................................................................................................................... 143 
2.3 Contagem dos prazos ........................................................................................................................................... 144 
3. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................................................................................. 145 
3.1. Erro/Ignorância.................................................................................................................................................... 145 
3.2. Dolo ..................................................................................................................................................................... 147 
3.3 Coação .................................................................................................................................................................. 149 
3.4. Estado de perigo .................................................................................................................................................. 151 
3.5. Lesão .................................................................................................................................................................... 152 
3.6 Fraude contra credores ........................................................................................................................................ 154 
3.7 Simulação ............................................................................................................................................................. 156 
4. INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO ......................................................................................................... 157 
4.1 Nulidade absoluta ................................................................................................................................................ 158 
4.2 Nulidade relativa ou Anulabilidade ...................................................................................................................... 161 
4.3 Efeitos da anulação: ............................................................................................................................................. 163 
5. PRESCRIÇÃO ............................................................................................................................................... 164 
5.1 Prescrição ............................................................................................................................................................. 164 
5.2 Fatos preclusivos da prescrição: causas de impedimento, suspensão ou interrupção da prescrição ................. 166 
5.3 Prazos da Prescrição ............................................................................................................................................. 172 
6. DECADÊNCIA .............................................................................................................................................. 175 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 178 
DIREITO CIVIL: BENS JURÍDICOS .................................................................................................................... 186 
1. CONCEITO .................................................................................................................................................. 186 
2. CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................................................................... 186 
2.1. Bens públicos – art. 98 a 103, CC......................................................................................................................... 193 
2.2 Bem de família ...................................................................................................................................................... 196 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
 
SEMANA 04/30 
 
 
 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 203 
META 4 .......................................................................................................................................................... 210 
DIREITO ADMINISTRATIVO: ATOS ADMINISTRATIVOS .................................................................................. 210 
1. NECESSÁRIA DISTINÇÃO ............................................................................................................................ 210 
1.1 Correntes doutrinárias sobre fatos administrativos:............................................................................................ 210 
2. ATOS ADMINISTRATIVOS X ATOS DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................ 211 
3. ATOS ADMINISTRATIVOS ........................................................................................................................... 212 
4. ELEMENTOS OU REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO ......................................................................... 212 
4.1 Competência ........................................................................................................................................................ 213 
4.2 Finalidade ............................................................................................................................................................. 216 
4.3 Forma ................................................................................................................................................................... 216 
4.4 Motivo .................................................................................................................................................................. 217 
4.5 Objeto ................................................................................................................................................................... 219 
5. ELEMENTOS E PRESSUPOSTOS DO ATO ADMINISTRATIVO....................................................................... 220 
6. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO ..................................................................................................... 220 
7. FASES DE CONSTITUIÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO ............................................................................... 222 
7.1 Perfeição (ou existência) ......................................................................................................................................222 
7.2 Validade (ou regularidade) ................................................................................................................................... 222 
7.3 Eficácia .................................................................................................................................................................. 222 
7.4 Atos após a formação ........................................................................................................................................... 223 
8. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ......................................................................................... 223 
8.1 Quanto ao grau de liberdade ............................................................................................................................... 223 
8.2 Quanto à Formação .............................................................................................................................................. 224 
8.3 Quanto aos destinatários ..................................................................................................................................... 224 
8.4 Quanto ao objeto ................................................................................................................................................. 224 
8.5 Quanto à estrutura ............................................................................................................................................... 225 
8.6 Quanto aos efeitos ............................................................................................................................................... 225 
8.7 Quanto aos resultados na esfera jurídica ............................................................................................................. 225 
8.8 Quanto ao alcance ................................................................................................................................................ 225 
8.9 Quanto ao conteúdo ............................................................................................................................................ 225 
9. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS ...................................................................................................... 226 
9.1 Atos Normativos ................................................................................................................................................... 226 
9.2 Atos Ordinatórios ................................................................................................................................................. 226 
9.3 Atos Negociais ...................................................................................................................................................... 227 
9.4 Atos Enunciativos ................................................................................................................................................. 229 
9.5 Atos Punitivos ....................................................................................................................................................... 231 
10. EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................... 231 
10.1 Extinção Natural ................................................................................................................................................. 231 
10.2 Renúncia ............................................................................................................................................................. 231 
10.3 Desaparecimento da pessoa ou coisa sobre a qual o ato recai .......................................................................... 231 
10.4 Retirada .............................................................................................................................................................. 231 
10.5 Anulação ............................................................................................................................................................. 232 
10.6 Revogação .......................................................................................................................................................... 234 
10.7 Cassação ............................................................................................................................................................. 236 
10.8 Caducidade ......................................................................................................................................................... 236 
10.9 Contraposição (derrubada) ................................................................................................................................ 236 
11. ESTABILIZAÇÃO DOS EFEITOS DO ATO .................................................................................................... 236 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 238 
DIREITO ADMINISTRATIVO: PODERES DA ADMINISTRAÇÃO ........................................................................ 245 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 245 
2. PODER VINCULADO E PODER DISCRICIONÁRIO ........................................................................................ 247 
2.1 Poder Vinculado/Regrado .................................................................................................................................... 247 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
 
SEMANA 04/30 
 
 
 
2.2 Poder Discricionário ............................................................................................................................................. 247 
2.3 Limites da discricionariedade e controle judicial ................................................................................................. 248 
3. PODERES EM ESPÉCIE ................................................................................................................................ 250 
3.1 Poder Normativo (ou Regulamentar) ................................................................................................................... 250 
3.2 Poder Hierárquico ................................................................................................................................................ 253 
3.3 Poder Disciplinar .................................................................................................................................................. 257 
3.4 Poder de Polícia .................................................................................................................................................... 259 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 273 
META 5 .......................................................................................................................................................... 281 
MEDICINA LEGAL: PERÍCIA E PERITOS E DOCUMENTOS MÉDICO LEGAIS ..................................................... 281 
1. CONCEITO DE MEDICINA LEGAL ................................................................................................................ 281 
2. SUBDIVISÕES DA MEDICINA LEGAL ........................................................................................................... 282 
3. PERÍCIAS E PERITOS ................................................................................................................................... 282 
3.1. Perícia ..................................................................................................................................................................282 
3.2. Peritos ................................................................................................................................................................. 288 
3.3. Crime de Falsa Perícia.......................................................................................................................................... 293 
4. DOCUMENTOS MÉDICO LEGAIS ................................................................................................................ 294 
4.1. Relatórios (Laudos e Autos) ................................................................................................................................. 294 
4.2. Parecer Médico-Legal .......................................................................................................................................... 297 
4.3 Atestado ............................................................................................................................................................... 297 
4.3.1 Tipos de Atestados ......................................................................................................................................... 298 
4.3.2 Classificação quanto ao modo de fazer ou conteúdo, os atestados podem ser:........................................... 299 
4.3.3 Atestado de óbito .......................................................................................................................................... 299 
4.3.4 Notificação Compulsória ................................................................................................................................ 300 
4.5. Depoimentos Orais .............................................................................................................................................. 301 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 302 
MEDICINA LEGAL: ANTROPOLOGIA FORENSE ............................................................................................... 309 
1. ANTROPOLOGIA FORENSE ......................................................................................................................... 309 
2. IDENTIDADE E IDENTIFICAÇÃO .................................................................................................................. 309 
2.1 Identidade ............................................................................................................................................................ 309 
2.2 Identificação ......................................................................................................................................................... 310 
2.3 Métodos de Identificação ..................................................................................................................................... 310 
3. IDENTIFICAÇÃO DE RESTOS MORTAIS ....................................................................................................... 313 
3.1 Identificação da Espécie ....................................................................................................................................... 314 
3.2 Identificação da Raça ............................................................................................................................................ 315 
3.3 Identificação Do Sexo ........................................................................................................................................... 319 
3.4 Identificação da Idade .......................................................................................................................................... 322 
3.5 Identificação Pela Estatura ................................................................................................................................... 324 
3.6 Identificação pela Arcada Dentária ...................................................................................................................... 324 
3.7 Outras Formas de Identificação ........................................................................................................................... 325 
3.8 Identificação Datiloscópica ................................................................................................................................... 325 
3.8.1 Sistema Datiloscópico de Vucetich ................................................................................................................ 327 
QUESTÕES PROPOSTAS ................................................................................................................................. 331 
META 6 – REVISÃO SEMANAL ........................................................................................................................ 337 
Direito Penal: Causas De Extinção Da Punibilidade .................................................................................................... 337 
Direito Penal: Concurso De Pessoas E De Crimes ....................................................................................................... 338 
Legislação Penal Especial: Lei De Crimes Hediondos ................................................................................................. 339 
Direito Civil: Fatos Jurídicos ........................................................................................................................................ 341 
Direito Civil: Bens Jurídicos ........................................................................................................................................ 342 
Direito Administrativo: Atos Administrativos ............................................................................................................. 343 
Direito Administrativo: Poderes Da Administração ................................................................................................... 344 
Medicina Legal: Perícia E Peritos E Documentos Médico Legais ................................................................................ 345 
Medicina Legal: Antropologia Forense ....................................................................................................................... 346 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
 
SEMANA 04/30 
 
 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DA SEMANA 04 
META DATA DIA ASSUNTO 
1 14/02 SEG 
DIREITO PENAL: Causas de Extinção da Punibilidade 
DIREITO PENAL: Concurso de Pessoas e de Crimes 
2 15/02 TER LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL: Lei de Crimes Hediondos 
3 16/02 QUA 
DIREITO CIVIL: Fatos Jurídicos 
DIREITO CIVIL: Bens 
4 17/02 QUI 
DIREITO ADMINISTRATIVO: Ato Administrativo 
DIREITO ADMINISTRATIVO: Poderes da Administração 
5 18/02 SEX 
MEDICINA LEGAL: Perícia e Peritos e Documentos Médico Legais 
MEDICINA LEGAL: Antropologia Forense 
6 19,20/02 SÁB/DOM [REVISÃO SEMANAL] 
 
 
ATENÇÃO 
 
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Lembre de postar nas suas redes sociais e marcar o @dedicacaodelta. 
 
Conte sempre conosco. 
 
Equipe DD 
 
 
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
DELEGADO DE POLÍCIA – TURMA 7 
 
SEMANA 04/30 
 
10 
 
META 1 
 
DIREITO PENAL: CAUSAS DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
TODOS OS ARTIGOS RELACIONADOS AO TEMA 
CF/88 
⦁ Art. 5º, XLII, XLIII e XLIV 
⦁ Art. 21, XVII 
⦁ Art. 48, VIII 
⦁ Art. 53, §§3º a 5º 
⦁ Art. 84, XII 
 
CÓDIGO PENAL: 
⦁ Art. 2º (abolitio criminis) 
⦁ Art. 100 a 120 
⦁ Art. 121, §5º (perdão judicial no homicídio) 
⦁ Art. 129, §8º (perdão judicial na lesão corporal) 
⦁ Art. 312, §3º 
 
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL 
⦁ Art. 25 (retratação no processo penal) 
⦁ Art. 28, 30, 36, 41 
⦁ Art. 49 e 60 
⦁ Art. 92 a 94 
⦁ Art. 366 e 386 
 
OUTROS DIPLOMAS LEGAIS 
⦁ Art. 16 da Lei Nº 11.340 (retratação na Lei Maria da Penha) 
 
ARTIGOS MAIS IMPORTANTES – NÃO DEIXE DE LER! 
 
⦁ Art. 107, CP (importantíssimo) 
⦁ Art. 109 a 112, CP 
⦁ Art. 116 e 117, CP 
 
SÚMULAS RELACIONADASAO TEMA 
Súmula 497-STF: Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena 
imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação. 
Súmula 146-STF: A prescrição da ação penal regula-se pela pena concretizada na sentença, 
quando não há recurso da acusação. 
Súmula 220-STJ: A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva. 
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Súmula 191-STJ: A pronúncia é causa interruptiva da prescrição, ainda que o Tribunal do Júri 
venha a desclassificar o crime. 
Súmula 592-STF: Nos crimes falimentares, aplicam-se as causas interruptivas da prescrição, 
previstas no Código Penal. 
Súmula 438-STJ: É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão 
punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do 
processo penal. 
Súmula 18-STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da 
punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. 
 
1. AÇÃO PENAL 
 
Embora seja um tema mais afeto ao processo pena,, tendo em vista que várias questões relacionadas 
à ação penal implicam na extinção de punibilidade, o assunto também foi tratado pelo Código Penal, de modo 
que abordaremos aqui de modo breve e objetivo apenas algumas ideias iniciais. 
 
Ação penal x pretensão punitiva: 
 
• Ação penal: É o direito público e subjetivo de exigir do Estado-juiz o exercício da prestação 
jurisdicional, aplicando, no caso concreto, o direito penal objetivo ao indivíduo que praticou infração 
penal. 
Há juristas que dizem que a ação seria o instrumento, o mecanismo, e não o direito em si. 
É instrumentalmente conexa a uma pretensão punitiva, pois, ao propor a ação penal, o Ministério 
Público pede a condenação do réu, o que só será possível quando procedente a pretensão punitiva. 
• Pretensão punitiva: Possui o jus puniendi (direito de punir) como seu elemento intersubjetivo, 
situado dentro da relação jurídico-penal que se forma após a prática do crime. 
Sabe-se que o Estado é titular do direito de punir. Descumprida a norma incriminadora, o direito de 
punir do Estado passa ao plano concreto. 
 
1.1. Espécies 
 
O critério utilizado é a titularidade da ação penal. 
A ação penal pode ser: 
• Pública, cujo titular é o Ministério Público, subdividindo-se em: 
o Incondicionada – sem necessidade de manifestação da vontade de terceiros. 
o Condicionada à representação: Depende da manifestação de vontade do legítimo 
interessado para que a persecução penal possa se iniciar. 
▪ Pode ser representação da vítima ou requisição do ministro da justiça. 
▪ No entanto, ainda que haja tal manifestação, o MP não é obrigado a oferecer 
denúncia, apenas não pode oferecer sem ela. 
• Privada: A titularidade da persecução criminal pertence ao particular ofendido. 
Pode ser: 
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o Exclusivamente privada; 
o Personalíssima; 
o Subsidiária da pública. 
 
Regra: Ação penal pública incondicionada. 
 
* ATENÇÃO: Os crimes de lesões corporais leves e culposas no contexto da Lei Maria da Penha são de ação 
penal pública incondicionada. 
 
Súmula 542, STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de 
violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
1.2 Condições da Ação Penal 
 
São requisitos mínimos indispensáveis ao julgamento da causa. 
 
a) Condições genéricas da ação: 
• Possibilidade jurídica do pedido: O fato deve encontrar amparo no direito; 
• Interesse de agir: 
o Necessidade; 
o Adequação; 
o Utilidade da ação penal. 
 
* ATENÇÃO: O TAC entre MP e autor de crime contra o meio ambiente é causa suspensiva de punibilidade 
interrompendo o período de prescrição. 
 
• Legitimidade: ativa: via de regra o MP. Sendo ação privada, a vítima. Já a ativa, via de regra, é a 
pessoa física autora do delito, podendo ser pessoa jurídica em crimes ambientais; 
• Justa causa: É o fumus comissi delicti para o exercício da função penal. É o lastro probatório mínimo. 
 
b) Condições específicas (de procedibilidade): 
• Representação do ofendido; 
• Requisição do Ministro da Justiça; 
• Sentença anulatória de casamento, no crime do art. 236, do CP; 
• Ingresso no país do autor do crime praticado no estrangeiro; 
• Declaração de procedência da acusação pela Câmara dos Deputados, no julgamento do Presidente 
da República; 
• Sentença que decreta a falência, nas ações falimentares. 
 
1.2.1. Representação do ofendido 
 
É condição de procedibilidade para o exercício da ação penal pública condicionada à representação, 
pela qual o ofendido informa a prática do crime e postula que seja instaurada a persecução penal. 
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a) Prazo: Em regra, deve ser oferecida no prazo decadencial de 6 (seis) meses, contados do conhecimento 
da autoria (art. 38 do CPP). 
Se ação penal privada subsidiária da pública, o prazo é contado do dia em que se esgotar o prazo 
para o oferecimento da denúncia por parte do Ministério Público (art. 38, parte final, do CPP). 
No crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento, o prazo começa do trânsito 
em julgado da sentença que anulou o casamento. Além disso, por se tratar de ação penal privada 
personalíssima, caso haja a morte do ofendido, extingue-se a punibilidade. 
 
b) Capacidade Processual: A representação pode ser feita pessoalmente ou por procurador maior de 18 
anos, desde que possua poderes especiais. 
 
* ATENÇÃO: 
• Súmula 594 STF: Os direitos de queixa e de representação podem ser exercidos, 
independentemente, pelo ofendido ou por seu representante legal; 
• Pessoas jurídicas: Se vítimas de infrações penais, podem oferecer representação por quem os 
respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio destes, pelos seus diretores ou sócios-
gerentes. 
 
c) Destinatários: Autoridade policial, juiz ou membro do Ministério Público. 
Apresentada a representação ao MP, há uma vinculação, não podendo alargá-la para, por exemplo, 
inclui crime não mencionado. No entanto, pode enquadrar a conduta em dispositivo legal do apontado pela 
vítima. 
A representação oferecida contra um dos autores ou partícipes de uma infração penal permite que 
o Ministério Público a considere para todos os demais, por força do princípio da obrigatoriedade da ação 
penal, conforme já decidiu o STF. 
 
d) Retratação: É cabível até o oferecimento da denúncia (art. 25, CPP). 
 
Na Lei Maria da Penha, a retratação da vítima demanda audiência especial, com oitiva do juiz e MP, 
e é admissível até o recebimento da inicial acusatória. 
 
1.2.2. Requisição do Ministro da Justiça 
 
É ato de conveniência política, autorizando a persecução penal em alguns crimes. 
 
a) Prazo: A lei é omissa. Logo, pode ocorrer desde que não extinta a punibilidade; 
b) Destinatário: MP (PGJ); 
c) Há discricionariedade do Ministro da Justiça e a requisição NÃO vincula o MP. 
d) Hipóteses: 
• Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil; 
• Crimes contra a honra praticados contra o Presidente ou Chefe de Governo Estrangeiro. 
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1.3. Princípios da Ação Penal Pública 
 
• Obrigatoriedade ou legalidade: O MP, titular da ação penal pública, está obrigado a oferecê-la, 
sempre que constatar a presença de prova da materialidade e indícios de autoria ou participação. A 
exceção se dá nas infrações de menor potencial ofensivo, em que o MP pode propor transação penal; 
• Indisponibilidade: O MP NÃO pode desistir da ação penal; 
• Oficialidade: O titular da ação é o órgão oficial do Estado; 
• Indivisibilidade ou divisibilidade: Não é pacífico sobre o que prevalece na ação penal pública. A ação 
penal deve se estendera todos aqueles que praticaram a infração penal. No entanto, o STF já 
entendeu que a ação penal pública estaria regida pelo princípio da divisibilidade, pois o processo 
poderia ser desmembrado, com o oferecimento de denúncia contra um ou mais réu, e posterior 
aditamento para inclusão de outros; 
• Oficiosidade: O MP, titular da ação penal, pode agir de ofício, não dependendo da autorização de 
ninguém. 
1.4. Ação Penal Privada 
 
Ocorre quando o Estado legitima o ofendido ou seu representante legal a ingressar com ação penal, 
pleiteando a condenação do agressor, em hipóteses excepcionais. O particular, portanto, passa a ter o direito 
de ação, a legitimidade para o oferecimento da ação penal privada, embora a titularidade do direito de punir 
permaneça com o Estado. 
 
a) Princípios: 
 
• Oportunidade e conveniência: Compete à vítima ou ao seu representante analisar a conveniência e 
oportunidade para o exercício da ação. 
o A vítima dispõe do prazo decadencial de 06 (seis) meses para o exercício da ação privada, 
contados do conhecimento do responsável pelo delito, sob pena de extinção da punibilidade 
(art. 107, IV, CP); (exceção: crime de induzimento a erro essencial e ocultação de 
impedimento - trânsito em julgado da sentença que anulou o casamento). 
 
o A renúncia da vítima é ato irretratável, incidindo nesse aspecto de oportunidade e 
conveniência, ensejando a extinção da punibilidade. 
• Disponibilidade: Iniciada a ação penal privada, a vítima pode dispor do direito de ação e desistir do 
feito já em curso, pelos seguintes institutos: 
o Perdão: Ato de liberalidade, que requer a aceitação pelo réu (ato bilateral); 
o Perempção: É sanção processual pela desídia do querelante na ação privada (art. 60, CPP); 
• Indivisibilidade: Proposta ação penal privada, o querelante deve promovê-la contra todos os que 
contribuíram para o delito, não podendo deixar de processar os que sabidamente concorreram para 
a prática do crime. Caso ofereça renúncia em relação a um, será reconhecida a extinção da 
punibilidade de todos os agentes 
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• Intranscendência ou pessoalidade: Os efeitos da ação penal privada são de natureza pessoal, não 
podendo atingir outras pessoas que não aquelas que contribuíram para o delito. 
 
b) Legitimidade ativa: É do ofendido ou o seu representante legal (art. 30 do CPP). 
-Se houver morte ou declaração de ausência do ofendido, passam a ter legitimidade ativa o cônjuge, 
ascendentes, descendentes e irmãos, nesta ordem de preferência (art. 31 do CPP), embora qualquer um 
possa prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a abandone (art. 36 do CPP). 
Relevante julgado do STJ ventilado no informativo 654 (09/2019), estendendo o direito à 
representação ao companheiro. 
 
A companheira, em união estável homoafetiva reconhecida, goza do mesmo 
status de cônjuge para o processo penal, possuindo legitimidade para ajuizar a 
ação penal privada. 
 
No caso, trata-se de crime de calúnia contra pessoa morta, o que aponta que os 
querelantes – mãe, pai, irmã e companheira em união estável da vítima falecida – 
são partes legítimas para ajuizar a ação penal privada, nos termos do art. 24, § 1º, 
do CPP. Cumpre anotar que a companheira, em união estável reconhecida, goza do 
mesmo status de cônjuge para o processo penal, podendo figurar como legítima 
representante da falecida. Vale ressaltar que a interpretação extensiva da norma 
processual penal tem autorização expressa do art. 3º do CPP ("a lei processual penal 
admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento 
dos princípios gerais de direito"). Ademais, o STF, ao apreciar o tema 498 da 
repercussão geral, reconheceu a "inexistência de hierarquia ou diferença de 
qualidade jurídica entre as duas formas de constituição de um novo e 
autonomizado núcleo doméstico, aplicando-se à união estável entre pessoas do 
mesmo sexo as mesmas regras e mesmas consequências da união estável 
heteroafetiva" (RE 646.721, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. Acd. Min. Roberto 
Barroso, Tribunal Pleno, julgado em 10/05/2017, DJe 11/09/2017). 
 
c) Renúncia: É ato unilateral do ofendido, e ocorre quando a vítima se recusa a tomar providência contra o 
seu agressor. 
• Opera-se até o oferecimento da ação penal; 
• É irretratável; 
• A renúncia feita para um agressor necessariamente beneficia os demais (art. 49, do CPP); 
• Pode ser expressa ou tácita (atos do ofendido incompatíveis com o desejo de processar o agressor). 
 
 
 
 
 
 
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RENÚNCIA PERDÃO 
Instituto pré-processual. Instituto processual. 
Ato unilateral. Ato bilateral. 
A renúncia feita a um dos agentes se estende 
aos demais (art. 49, CP). 
O perdão concedido a apenas um dos agentes 
delitivos não necessariamente se estende aos 
demais. 
 
Cabe a condenação do querelante em honorários advocatícios quando houver a rejeição da queixa-
crime, por aplicação subsidiária do CPC. 
O princípio geral da sucumbência é aplicável no âmbito do processo penal quando se tratar de ação 
penal privada. Em outras palavras, é possível haver condenação em honorários advocatícios em ação 
penal privada. 
Assim, julgada improcedente a queixa-crime, é cabível a condenação do querelante ao pagamento 
dos honorários sucumbenciais ao advogado do querelado. 
Conclusão que se extrai da incidência dos princípios da sucumbência e da causalidade, o que permite 
a aplicação analógica do art. 85 do CPC/2015, conforme previsão constante no art. 3º do CPP. 
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 992.183/DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 07/06/2018. 
STJ. Corte Especial. EDcl na APn 881/DF, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 03/10/2018. 
 
Fonte: Dizer o direito. 
 
Atenção: O MP também pode recorrer da sentença condenatória em ações penais exclusivamente privadas, 
seja em favor ou desfavor do acusado, até mesmo pleiteando o aumento da pena fixada. Porém, haja vista 
que a ação penal privada é regida pelo princípio da disponibilidade, o MP não pode recorrer de sentença 
absolutória, caso o querelante não recorra. 
 
1.5. Procedimento 
 
Com o inquérito policial ou outras peças de informação, o MP pode adotar as seguintes hipóteses: 
• Oferecer denúncia; 
• Requisitar novas diligências, com retorno dos autos à DP, indispensáveis à denúncia; 
• Requerer/ promover o arquivamento; 
• Propor acordo de não persecução penal 
 
Enunciado 10, CJF: Recomenda-se a realização de práticas restaurativas nos 
acordos de não persecução penal, observada a principiologia das Resoluções n. 
225 do CNJ e 118/2014 do CNMP. 
 
• Suscitar conflito de atribuição caso entenda não ter atribuição para atuar no feito; 
• E, ainda, declinar a atribuição para órgão do MP que entender ter atribuição no feito. 
 
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Com a reforma produzida pela lei 13964/19, não há mais que se falar em arquivamento 
indireto ou arquivamento implícito, tendo em vista que o arquivamento passou a ser 
providência administrativa no âmbito do Ministério Público e não mais depende de decisão 
judicial. 
Entretanto, em medida cautelar na ADI 6298, o novo Art. 28 do CPP encontra-se com sua eficácia 
suspensa. 
 
ARQUIVAMENTO INDIRETO X ARQUIVAMENTO IMPLÍCITO 
 Arquivamento indireto: O juiz, não concordando com o pedido de declinação de 
competência formulado pelo MP, recebe tal manifestação como se fosse pedido de 
arquivamento, aplicando o art. 28, do CPP por analogia. 
• DICA: INDIRETO = INCOMPETÊNCIA. 
 
 Arquivamento implícito: O titular da ação deixa de incluir na denúncia algum fato 
investigado ou alguns dos indiciados – NÃO é admitido pela doutrina e jurisprudência, 
devendo aplicar o art. 28, do CPP. 
 
ATENÇÃO: Delegado não arquiva e nem mandaarquivar inquérito. 
 
1.6. Denúncia ou Queixa Crime 
 
• Denúncia: É a peça privativa do Ministério Público que dá início à ação penal pública. 
• Queixa-crime: É a peça privativa do ofendido, de seu representante legal, seu sucessor ou ainda seu 
curador que dá início à ação penal privada. 
 
Súmula 714, STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do 
Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para ação penal por 
crime contra a honra de servidor público em razão de exercício de suas funções. 
Súmula 234, STJ: A participação de membro do Ministério Público na fase 
investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o 
oferecimento da denúncia. 
 
No momento da denúncia, prevalece o princípio do in dubio pro societate. 
STF. 1ª Turma. Inq 4506/DF, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 
17/04/2018 (Info 898). 
 
O princípio do in dubio pro societate significa que, na dúvida, havendo indícios mínimos da autoria, deve-se 
dar prosseguimento à ação penal, ainda que não se tenha certeza de que o réu foi o autor do suposto delito. 
Em uma tradução literal, seria algo como “na dúvida, em favor da sociedade”. 
O princípio do in dubio pro societate contrapõe-se ao princípio do in dubio pro reo (“na dúvida, em favor do 
réu”). 
Fonte: Dizer o direito. 
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a) Requisitos formais da denúncia ou queixa crime: 
 
 Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas 
as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se 
possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das 
testemunhas. 
 
• Exposição do fato criminoso e suas circunstâncias; 
• Qualificação do acusado e demais esclarecimentos de identificação: Se os elementos são incertos 
ou incompletos, admite-se a utilização de elementos para a identificação física do acusado, a 
exemplo do sexo e estatura; 
• Classificação da infração: É o enquadramento típico; 
• Rol de testemunhas e demais diligências; 
• Nome e assinatura da parte acusadora. 
 
b) Não preenchimento dos requisitos formais: Se não preenchidos os requisitos formais da denúncia ou da 
queixa e isso implicar prejuízo à ampla defesa (vício insanável), deverá ocorrer a rejeição da inicial acusatória 
(art. 395, I, CPP), bem como se faltar alguma condição da ação ou pressuposto processual ou se faltar justa 
causa à ação penal. 
- Decisão de rejeição da denúncia ou queixa: Cabe Recurso em sentido estrito (prazo de 05 dias). 
 
c) Prazos para oferecer a denúncia: 
 
Regra do CPP • Réu preso: 05 dias; 
• Réu solto: 15 dias. 
Crimes eleitorais 10 dias 
Tráfico de drogas 10 dias 
Crimes contra a economia popular 2 dias 
Lei de falências Mesma regra do CPP. 
 
Se queixa crime: Prazo decadencial de 6 (seis) meses, contados a partir do conhecimento da autoria 
(art. 38, CPP), via de regra. 
 
2. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
 
A punibilidade consiste em consequência da infração penal. Conforme doutrina amplamente 
majoritária, não é seu elemento, razão pela qual o crime e a contravenção penal permanecem íntegros com 
a superveniência de causa extintiva de punibilidade. Desaparece do mundo jurídico somente o poder de punir 
do Estado, embora continue existindo o ilícito penal. 
Extinção da punibilidade nos crimes acessórios, complexos e conexos: a extinção da punibilidade 
do crime principal não se estende ao crime acessório; a extinção da punibilidade da parte (um dos crimes) 
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não alcança o todo (crime complexo); a extinção da punibilidade do crime conexo não afasta a qualificadora 
da conexão. 
Princípio da consunção: nesse caso, a extinção da punibilidade do crime-fim atinge o direito de punir 
do Estado em relação ao crime-meio (STJ, RHC 31.321/PR). 
As causas de extinção da punibilidade podem recair sobre: 
 
1) A pretensão punitiva: eliminam todos os efeitos penais de eventual sentença condenatória. 
Espécies: decadência, perempção, renúncia do direito de queixa, perdão aceito, retratação do 
agente e perdão judicial. 
 
2) A pretensão executória: retiram unicamente o efeito principal da condenação (a pena), 
subsistindo os efeitos secundários da sentença condenatória, salvo em relação à abolitio criminis 
e à anistia. Espécies: graça, sursis e livramento condicional. 
 
3) Ambas as pretensões: os efeitos dependem do momento em que ocorrem. Espécies: morte do 
agente, anistia, abolitio criminis e prescrição. 
 
Podem ser encontradas primordialmente no rol descrito no artigo 107 do Código Penal, embora não 
seja este um rol taxativo, havendo outras causas de extinção da punibilidade, como por exemplo: 
 
⦁ Suspensão condicional do processo 
⦁ Transação penal 
⦁ Composição Civil dos Danos 
⦁ Reparação do dano antes da sentença no peculato culposo (art. 312, §3º, CP) 
 
Condições objetivas de punibilidade: Em alguns casos, para ocorrer a punibilidade, NÃO basta a 
prática de um crime e a ausência de alguma causa de extinção da punibilidade, mas devem ser verificadas 
situações objetivas exteriores à conduta. Ex: Crimes contra a ordem tributária. 
 
2.1 Causas de Extinção da Punibilidade 
 
Extinção da punibilidade 
Art. 107, CP - Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia, graça ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção; 
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação 
privada; 
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
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2.1.1 Morte do Agente 
 
* Pegadinha de prova: Cuidado para não confundir com morte do ofendido!!! 
Decorre do princípio da intranscendência da pena, segundo o qual a pena não pode passar da pessoa 
do condenado. Os efeitos extrapenais subsistem, de sorte que os herdeiros respondem até o limite da 
herança; 
• Comprovação: Certidão de óbito; 
 
Lembrando que se o inquérito policial arquivado com base numa certidão de 
óbito falsa, não faz coisa julgada material. 
 
• Concurso de pessoas: NÃO se estende aos demais concorrentes; 
• NÃO impede ação civil por danos contra os herdeiros; 
• NÃO desautoriza os familiares a ajuizarem revisão criminal. 
 
2.1.2 Anistia 
 
É o esquecimento jurídico da infração, concedido por lei ordinária. 
• Atinge fatos e não pessoas; 
• Competência do Congresso Nacional; 
• Ato do Poder Legislativo de renúncia ao Poder-dever de punir em virtude de necessidade ou 
conveniência política; 
 
I. Espécies: 
• Própria: Concedida ANTES do trânsito em julgado; 
• Imprópria: APÓS o trânsito em julgado; 
• Especial: Concedida a crimes políticos; 
• Comum: Aplicada a crimes comuns; 
• Geral ou plena: Aplica-se a todos os agentes; 
• Condicionada: É imposta a prática de algum ato como condição para concessão. 
 
II. Efeitos: Ex tunc – Cessam os efeitos penais, mas não os civis. Isso significa que: 
• Na anistia, o fato praticado deixa de ser considerado crime. Por esse motivo, na Lei de Lavagem 
de Capitais, se o crime antecedente ao delito de lavagem for anistiado, o crime de lavagem não 
subsistirá!!! 
• Não gera reincidência. 
 
III. Inaplicabilidade: Vedação constitucional prevista no art. 5º, XLIII 
• Crimes hediondos; (Não esqueça que o rol de crimes hediondos foi alterado pelo pacote 
Anticrime!) 
• Tortura; 
• Tráfico de entorpecentes; 
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• Terrorismo. 
 
Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a práticada tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os 
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
 
2.1.3 Graça e Indulto 
 
• Indulto: É uma forma de clemência. NÃO diz respeito a fatos, como na anistia, mas sim às pessoas, 
no plural. Diz-se que induto é a graça coletiva; 
• Graça: Benefício concedido a pessoa determinada. 
 
I) Competência: Presidente da República (por decreto), permitida a delegação. 
 
II) Formas: 
• Total: Abrange todas as sanções; 
• Parcial: Quando houver redução ou substituição da sanção penal 
• Condicionados: impõe condições para ser beneficiado. Ex.: ressarcimento do dano. 
• Incondicionados: não impõem qualquer requisito. 
 
III) Efeitos: Extingue a pena, mas permanecem os efeitos penais secundários e os efeitos extrapenais. 
Súmula 631 do STJ: “O indulto extingue os efeitos primários da condenação 
(pretensão executória), mas não atinge os efeitos secundários, penais ou 
extrapenais”. 
 
IV) Momento da concessão: Em regra, após o trânsito em julgado da sentença, pois se refere à pena 
imposta. 
V) Inaplicabilidade: 
• Crimes hediondos; 
• Tortura; 
• Tráfico de entorpecentes; 
• Terrorismo. 
 
STF-HC 118.213/SP: Não é possível o deferimento de indulto a réu condenado por 
tráfico de drogas, ainda que tenha sido aplicada a causa de diminuição de pena 
prevista no art. 33, §4° da Lei 11.343/2006 à pena a ele imposta, circunstância que 
não altera a tipicidade do crime. 
STF-HC 123.381/PE: o período de prova do sursis não é computado para o 
preenchimento do requisito temporal para a concessão de indulto. 
STF-HC 628.658/RS: pode ser concedido indulto aos inimputáveis ou semi-
imputáveis que cumprem medida de segurança. 
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Súmula 535 do STJ: a prática de falta grave não interrompe o prazo para fim de 
comutação de pena ou indulto. 
 
2.1.4 Abolitio Criminis 
 
Ocorre quando lei nova deixa de considerar fato como crime, havendo uma supressão formal e 
material do fato criminoso do campo de incidência do direito penal. 
Efeitos: 
• Cessa a execução e efeitos penais da sentença condenatória 
• NÃO cessam os efeitos extrapenais. 
• NÃO gera reincidência 
 
Obs.1: A extinção da punibilidade se dará mesmo após o trânsito em julgado da sentença. 
Obs.2: Como fato praticado deixa de ser considerado crime, se houver abolitio criminis em relação ao crime 
antecedente ao delito de lavagem, o crime de lavagem não subsistirá!!! 
Obs.3: Cuidado para não confundir abolitio criminis com princípio da continuidade normativo típica. Nesse 
caso, há apenas a revogação formal do tipo, de modo que a conduta continua sendo típica, porém abarcada 
em tipo penal diverso. 
 
2.1.5 Decadência 
 
Perda do direito de propor, mediante queixa, ação penal privada ou ação privada subsidiária, ou de 
oferecer representação nos crimes de ação penal pública condicionada. 
 
∘ Prazo de 06 meses do dia do conhecimento de quem foi o autor do fato. 
∘ Caso a vítima seja menor de 18 anos, não haverá o termo inicial da contagem do prazo. Até os 18 
anos, a vítima é representada pelo seu representante legal. Caso o representante não ingresse com 
a representação, a vítima poderá representar a partir do momento em que completar 18 anos, 
correndo a partir desse momento o prazo de 6 meses. 
 
2.1.6 Prescrição 
 
É a perda da pretensão punitiva ou da pretensão executória. Esta perda ocorre em razão de o titular 
ter perdido o direito de punir ou de executar. Elimina os efeitos penais do crime. 
Por ser matéria de ordem pública, a prescrição deve ser conhecida de ofício pelo magistrado, 
podendo ocorrer em qualquer fase do processo. 
Decadência x prescrição: 
 
DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO 
Atinge diretamente o direito de ação e 
indiretamente o direito de punir ou executar a 
punição. 
Atinge diretamente o direito de punir ou de 
executar uma punição e indiretamente o direito 
de ação. 
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Ocorre em ação penal privada ou em ação penal 
pública condicionada à representação. 
Poderá ocorrer em qualquer ação, seja pública ou 
privada, condicionada ou incondicionada. 
Somente ocorre antes da ação penal. Pode ocorrer a qualquer momento. 
Não se suspende, nem se interrompe. Admite causas suspensivas e interruptivas. 
 
Conforme a CF, são imprescritíveis: (art. 5º, XLIV) 
⦁ Racismo (Lei 7.716); 
⦁ Ações de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional ou contra o estado 
democrático de direito. 
 
Modalidades de prescrição: 
 
(1) Prescrição da pretensão punitiva: antes do trânsito em julgado para ambas as partes. Extingue o direito 
de punir / de condenar do Estado. 
(2) Prescrição da pretensão executória: após o trânsito em julgado para ambas as partes. Extingue o 
direito de executar a pena imposta. Os efeitos penais secundários continuam vigentes. 
 
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA: 
Os marcos iniciais estão no artigo 112 do CP. 
 
A prescrição da pretensão punitiva poderá se dividir em: 
 
 
a. Prescrição da pretensão punitiva propriamente dita / em abstrato: ocorre enquanto ainda não houver 
sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação. Se regula pela pena em abstrato 
cominada ao delito; 
Espécies de 
Prescrição
Prescrição da Pretensão 
Punitiva:
Ocorre antes do trânsito
em julgado e faz
desaparecer todos os
efeitos de eventual
condenação – penais e
extrapenais. Esta espécie
de prescrição se divide em
4 subespécies:
a.1) PPP propriamente dita (art.109, CP);
a.2) PPP retroativa (art. 110, §1º, CP);
a.3) PPP superveniente ou intercorrente 
(art. 110, §1º, CP);
a.4) PPP virtual ou antecipada ou por 
prognose ou em perspectiva -
jurisprudência;
Prescrição da Pretensão Executória (art. 110, caput, CP):
Ocorre depois do trânsito em julgado e impede a execução da sanção. Os demais 
efeitos da condenação permanecem, pouco importando se penais ou extrapenais.
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— Previsão legal: art. 109, CP 
— Termo inicial da PPP em abstrato: dia em que se consumou o delito. Adota-se, em regra, a 
Teoria do Resultado. (art. 111, CP) 
 
 Art. 109, CP - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o 
disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa 
de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a 
doze; 
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a 
oito; 
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a 
quatro; 
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não 
excede a dois; 
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano. 
Art. 111, CP - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final (PPPA), 
começa a correr: 
I - do dia em que o crime se consumou; 
 
LEVA-SE EM CONSIDERAÇÃO NÃO SE LEVA EM CONSIDERAÇÃO 
Qualificadora Circunstâncias judicias (art. 59 CP) 
- O valor de uma circunstância judicial não tem 
previsão legal. 
Causas de aumento e diminuição 
Atenção: tratando-se de amento ou diminuição 
variável (p. ex. 1/3 a 28/3), considerar o maior 
aumento e a menor diminuição. 
Agravantes e atenuantes 
Atenção: A atenuante da menoridade e da 
senilidade reduz o prazo prescricional pela metade 
(art. 115 CP). 
 Concurso de crimes (art. 119 CP) 
 
b. Prescrição da pretensão punitiva retroativa: Leva esse nome por ser analisada da seguinte maneira: 
após a publicação da sentença condenatória, deve-se pegar a pena em concreto fixada, verificar o prazo 
prescricionaldefinido para ela no artigo 109, e voltar no tempo para ver se ele foi ultrapassado entre a 
data do recebimento da denúncia e a publicação da sentença ou acórdão condenatório, ou seja, é uma 
análise retroativa baseada na pena em concreto. 
(Por expressa previsão legal, não há aqui o intervalo entre a consumação e o recebimento da 
denúncia.) 
Art. 110, §1o, CP - A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em 
julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena 
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aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data anterior à 
da denúncia ou queixa. 
 
 
 
 
Características da PPP Retroativa: 
✓ Pressupõe sentença ou acórdão penal condenatório; 
✓ Leva em conta a pena efetivamente imposta na sentença; 
✓ Pressupõe trânsito em julgado para acusação no que se relaciona à pena aplicada; 
✓ Os prazos prescricionais são os mesmos do art. 109, do CP; 
✓ Conta-se a PPP Retroativa da publicação da sentença condenatória até o recebimento da 
inicial; 
 
c. Prescrição da pretensão punitiva superveniente / intercorrente: utiliza o mesmo método da prescrição 
retroativa, porém, contada “para frente”. Havendo a publicação da sentença condenatória, pega-se a 
pena em concreto fixada e verifica-se o transcurso ou não do lapso temporal previsto no artigo 109 entre 
a publicação da sentença ou do acórdão condenatório e a data do trânsito em julgado para ambas as 
partes. 
 
 
 
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Prescrição da pretensão punitiva virtual (antecipada ou em perspectiva ou prognose): Sem previsão legal. 
Faz-se uma análise hipotética considerando as circunstâncias que seriam levadas em conta quando o juiz 
fosse graduar a pena, para que se chegue a uma provável condenação, sendo tal pena virtualmente 
considerada como base para se averiguar uma possível prescrição, de modo que, caso presente essa 
possibilidade, não haveria interesse do Estado em dar andamento a uma ação penal que levaria à extinção 
da punibilidade. Alega-se a ausência do interesse de agir. Não é admitida. Entendimento sumulado pelo STJ, 
enunciado 438. 
Súmula 438, STJ - É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com 
fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo penal. 
 
• Termo inicial da prescrição da pretensão punitiva: Artigo 111 do CP. Adota-se a teoria do resultado. 
­ Crime consumado – regra geral: data da consumação; 
­ Tentativa – regra geral: data da cessação da atividade criminosa; 
­ Crimes permanentes e habituais: data da cessação da permanência; 
­ Bigamia e falsificação ou alteração de assentamento do registro civil: Data do conhecimento do 
fato. 
­ Crimes contra a dignidade sexual contra a criança e o adolescente: data em que a vítima completar 
18 (dezoito) anos, salvo se já houver sido proposta ação penal. 
­ Crime do artigo 2º, I da Lei nº 8.137/90 praticado com fraude: data em que a fraude é praticada, 
e não a data em que ela é descoberta. Trata-se de crime formal e instantâneo de efeitos 
permanentes. 
­ Crime do artigo 1º, I da Lei nº 8.137/90: data da constituição do crédito tributário (lançamento 
definitivo). Crime material. 
• Causas suspensivas da prescrição da pretensão punitiva: Art. 116 do CP. O lapso temporal anterior é 
contabilizado quando cessar a causa. 
 
Causas impeditivas da prescrição 
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
reconhecimento da existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais 
Superiores, quando inadmissíveis; e (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução 
penal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a 
prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro 
motivo. 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art2
PREPARAÇÃO EXTENSIVA 
 
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ANTES DO PACOTE ANTICRIME APÓS O PACOTE ANTICRIME 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, 
questão de que dependa o reconhecimento da 
existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no 
estrangeiro 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, 
questão de que dependa o reconhecimento da 
existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; 
III - na pendência de embargos de declaração ou de 
recursos aos Tribunais Superiores, quando 
inadmissíveis; e 
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o 
acordo de não persecução penal. 
 
∘ Inciso I – Apesar de o presente inciso referir-se apenas à questão prejudicial obrigatória, prevalece na 
doutrina a aplicação dessa causa suspensiva de prescrição também para as questões prejudiciais 
facultativas, desde que o Juiz decida atacá-las. 
 
Para relembrar... (arts. 92 a 94 do CPP) 
 
DAS QUESTÕES PREJUDICIAIS 
Art. 92. Se a decisão sobre a existência da infração depender da solução de 
controvérsia, que o juiz repute séria e fundada, sobre o estado civil das pessoas, o 
curso da ação penal ficará suspenso até que no juízo cível seja a controvérsia 
dirimida por sentença passada em julgado, sem prejuízo, entretanto, da inquirição 
das testemunhas e de outras provas de natureza urgente. 
Parágrafo único. Se for o crime de ação pública, o Ministério Público, quando 
necessário, promoverá a ação civil ou prosseguirá na que tiver sido iniciada, com a 
citação dos interessados. 
 Art. 93. Se o reconhecimento da existência da infração penal depender de decisão 
sobre questão diversa da prevista no artigo anterior, da competência do juízo cível, 
e se neste houver sido proposta ação para resolvê-la, o juiz criminal poderá, desde 
que essa questão seja de difícil solução e não verse sobre direito cuja prova a lei 
civil limite, suspender o curso do processo, após a inquirição das testemunhas e 
realização das outras provas de natureza urgente. 
§ 1o O juiz marcará o prazo da suspensão, que poderá ser razoavelmente 
prorrogado, se a demora não for imputável à parte. Expirado o prazo, sem que o 
juiz cível tenha proferido decisão, o juiz criminal fará prosseguir o processo, 
retomando sua competência para resolver, de fato e de direito, toda a matéria da 
acusação ou da defesa. 
§ 2o Do despacho que denegar a suspensão não caberá recurso. 
§ 3o Suspenso o processo, e tratando-se de crime de ação pública, incumbirá ao 
Ministério Público intervir imediatamente na causa cível, para o fim de promover-
lhe o rápido andamento. 
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 Art. 94. A suspensão do curso da ação penal, nos casos dos artigos anteriores, será 
decretada pelo juiz, de ofício ou a requerimento das partes. 
 
∘ Inciso II – A prescrição ficará suspensa enquanto o agente cumpre pena no exterior. (Atenção com 
as pegadinhas aqui, pois o Pacote Anticrime substituiu a palavra “estrangeiro” por “exterior”) 
 
∘ Inciso III – A terceira causa suspensiva foi inserida pelo Pacote Anticrime e impede o curso do prazo 
prescricional na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, 
quando inadmissíveis. Com isso, evita-se que os embargos (no geral, incapazes de modificar 
substancialmente a decisão) e os recursos de índole extraordinária sejam utilizados como 
instrumentos meramente protelatórios para se alcançar a prescrição por meio do adiamento do 
julgamento

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