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-3 g/kg/dia, no entanto, para ocorrer um eventual anabolismo, é necessária uma oferta calórica não-protéica estimada entre 60 e 80 kcal/kg/dia, per...

-3 g/kg/dia, no entanto, para ocorrer um eventual anabolismo, é necessária uma oferta calórica não-protéica estimada entre 60 e 80 kcal/kg/dia, perfazendo a relação nitrogênio/calorias não-protéicas ao redor de 1/200.
LIPÍDIOS
Fornecem ao RN ácidos graxos essenciais, sendo importante fonte de energia concentrada (1 g  9 kcal). As emulsões lipídicas são quase isosmolares ao plasma, podendo ser administradas por veias periféricas. Atualmente dá-se preferência às soluções a 20%, pois têm a vantagem de fornecer mais calorias em menor volume, além de diminuírem os níveis de triglicerídeos, fosfolipídios e colesterol, que se aproximam muito daqueles de RN alimentados pelo leite humano (LH).
Esta diferença está relacionada à melhor relação fosfolipídios/triglicerídeos das emulsões lipídicas a 20%.
A oferta inicial é de 0,5 g/kg/dia, aumentando diariamente 0,5 até o máximo de 2,5-3,0 g/kg/dia.
GLICOSE
A glicose é a principal fonte de energia da NP. Entretanto, a produção inadequada de insulina e a imaturidade hepática (glicogenólise prejudicada), especialmente no RNP, causam, com frequência, intolerância à glicose, com glicemia superior a 125 mg/dL.
Valores recomendados:
Infusão inicial de 4 a 6 mg/kg/min (máx. 8 mg/kg/min) Soro glicosado (SG) 10% — 100 mg e 0,5 mOsm SG 25% — 250 mg e 1,0 mOsm SG 50% — 500 mg e 2,5 mOsm
CALORIAS
A taxa metabólica oral do RN é de 47 kcal/kg/dia. A relação ideal na NP é de 1 g de proteína para 24 kcal não-protéicas. A cota calórica ideal é de 120 cal/kg/dia (taxa difícil de ser atingida). Iniciar desmame quando a ingesta oral for superior a 60 cal/kg/dia e suspender quando for maior que 100 cal/kg/dia.
MICRONUTRIENTES
Os eletrólitos são essenciais na manutenção do balanço hídrico e da função cardíaca, na mineralização do esqueleto e na função dos sistemas nervoso, muscular e enzimático. São metais que fazem parte do núcleo das chamadas metalo-enzimas. A deficiência desses elementos pode estar presente especialmente no RNP durante a NP. A deficiência de zinco causa um quadro semelhante à acrodermatite enteropática, devendo-se suplementar esse elemento na dose de 400 g/kg/dia para todos os RNP.
Se o jejum se prolongar por mais de duas semanas, outros micronutrientes são necessários, como cobre, manganês, selênio, cromo, molibdênio e iodo.
Após o nascimento, a oferta materna de cálcio e fósforo cessa e o aporte desses minerais é obtido através da dieta. Recém-nascidos de termo saudáveis, em aleitamento materno exclusivo, recebem quantidades suficientes de minerais para seu crescimento.
Os recém-nascidos pré-termo são suscetíveis a desenvolver quadros de deficiência de cálcio e fósforo, por apresentarem menor depósito mineral ao nascimento, pois a maior fase de incorporação mineral ocorre no terceiro trimestre da gestação. Vale ressaltar que o déficit mineral é inversamente proporcional à idade gestacional.
As necessidades de cálcio e fósforo nos recém-nascidos pré-termo variam conforme a idade gestacional, a presença de patologias associadas e o tipo de dieta utilizada. A Academia Americana de Pediatria recomenda uma oferta de cálcio diária entre 210 e 250 mg/kg e de fósforo, entre 112 e 125 mg/kg. A Sociedade Européia de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição preconiza uma oferta menor, 100 a 140 mg/kg/dia de cálcio e 70 a 80 mg/kg/dia de fósforo.
A deficiência de minerais acarreta alterações da mineralização óssea, resultante do acréscimo deficiente de cálcio e fósforo no período neonatal. Atualmente, esse quadro é denominado de doença metabólica óssea e inclui desde leve hipomineralização óssea, até a presença de alterações radiológicas importantes e fraturas espontâneas.
Terapia Nutricional no Idoso
A maior prevalência de indivíduos idosos em detrimento de indivíduos jovens compreende um quadro comum na população, existe o benefício social, pois os custos do tratamento podem ser substancialmente reduzidos, já que existe a possibilidade de se retardar de maneira considerável o início da terapia dialítica.
Paciente Hepatopata
A doença hepática crônica ocasiona anormalidades metabólicas de macronutrientes que propiciam o desenvolvimento ou agravamento da desnutrição protéico-energética.
Em função da participação do fígado no metabolismo das proteínas plasmáticas e de uma série de aminoácidos, a doença hepática resulta, invariavelmente, em desnutrição protéica, que ocorre em maior frequência que a desnutrição energética. A presença de desnutrição protéica pode ser confirmada, nesses pacientes, pelas depleções das proteínas estruturais plasmáticas, mudança no perfil dos aminoácidos e imunossupressão.
A redução da massa protéica somática tem sido demonstrada por indicadores antropométricos e bioquímicos, tanto pela excreção urinária de 3-metil-histidina, como de creatinina. Apesar da existência de desnutrição protéica, há falta de consenso entre os pesquisadores, quanto à presença de hipermetabolismo protéico nesses pacientes.
Com exceção da albumina, todas as demais proteínas transportadoras de origem hepática sofrem modulação de micronutrientes, como Fe (transferrina), Zn, retinol (TTR e RBP), hormônios tireoidianos, corticosteróides ou estrógenos (TTR e RBP) ou mais fortemente das citocinas, particularmente as IL-1 e IL-6. Esse controle multifatorial dificulta a interpretação nutricional dos níveis dessas proteínas muito sensíveis no diagnóstico da Desnutrição Protéico-Energética (DPE) na presença de função hepática preservada.
Como fatores agravantes, há má absorção intestinal de gorduras e o hipermetabolismo associado ao alcoolismo agudo. Hipoglicemia, resistência insulínica, esteatose e hipertrigliceridemia constituem achados comuns, assim como níveis elevados de alguns aminoácidos com consequências neurológicas. O entendimento desses mecanismos fisiopatológicos permite a intervenção nutricional apropriada, reduzindo a morbidade e a mortalidade desses pacientes. Intervenções dietéticas podem melhorar o estado nutricional em pacientes com doença hepática, reduzir as complicações, as hospitalizações e seus custos e melhorar a qualidade de vida.
O fornecimento de terapia nutricional específica (enteral/parenteral) melhora alguns parâmetros de função hepática, em pacientes com doença hepática grave descompensada. No entanto, não se pode concluir que a terapia nutricional diminua a mortalidade desses pacientes ou reverta o avanço da doença.
CONCLUSÃO
A atividade multidisciplinar melhora a qualidade do atendimento nutricional, ao identificar corretamente os pacientes que requerem suporte nutricional, reduzindo as complicações metabólicas e infecciosas relacionadas aos procedimentos utilizados na nutrição parenteral e/ou enteral e também ao favorecer um melhor gerenciamento dos recursos humanos e materiais.
O farmacêutico, em colaboração com outros profissionais da saúde, deve monitorar e avaliar a resposta do paciente à terapia nutricional parenteral. A eficácia e os efeitos adversos devem ser documentados, e a terapia nutricional deve ser ajustada conforme o necessário. Modificação da farmacoterapia, adjuvante ao suporte nutricional, pode resultar tanto de avaliações objetivas quanto subjetivas do paciente, baseadas em propriedades específicas dos fármacos e aspectos clínicos do paciente.
No plano de cuidados do paciente, o farmacêutico deve visar à realização de procedimentos eficazes, entre os quais destacam-se:
• avaliar a prática clínica;
• identificar indicadores;
• avaliar a qualidade da terapia nutricional;
• implementar melhorias no suporte nutricional especializado;
• analisar os problemas potenciais da terapia usada, bem como a proposição de soluções

Essa pergunta também está no material:

2008 - Farmacia Clinica e Atencao Farmaceutica
527 pág.

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