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Autorização de saídas temporárias A saída temporária é um benefício concedido ao condenado que cumpre pena privativa de liberdade em regime semiabe...

Autorização de saídas temporárias A saída temporária é um benefício concedido ao condenado que cumpre pena privativa de liberdade em regime semiaberto, visando seu gradativo retorno ao convívio social, em determinadas ocasiões e para a participação em determinadas atividades que contribuam para sua efetiva ressocialização. A saída temporária não se confunde com indulto, que é uma espécie de perdão, uma clemência soberana, que constitui causa de extinção da punibilidade. Na saída temporária, como o próprio nome indica, o preso sai do estabelecimento, sem vigilância direta, com a obrigação de a ele retornar, vencido o prazo estabelecido. A concessão de saída temporária depende de autorização do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a administração penitenciária, obedecidos os seguintes requisitos: a) comportamento adequado; b) cumprimento mínimo de um sexto da pena, se o condenado for primário, e um quarto dela, se reincidente; c) compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. A saída temporária poderá ser concedida ao preso por até 5 vezes ao ano. Cada período terá duração máxima de 7 dias. Além disso, a Lei n. 12.258/2010 acrescentou três parágrafos ao art. 124 da LEP, estabelecendo que ao conceder a saída temporária, o juiz imporá ao beneficiário as seguintes condições, entre outras que entender compatíveis com as circunstâncias do caso e a situação pessoal do condenado: I – fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada ou onde poderá ser encontrado durante o gozo do benefício; II – recolhimento à residência visitada, no período noturno; III – proibição de frequentar bares, casas noturnas e estabelecimentos congêneres. Ademais, quando se tratar de frequência a curso profissionalizante, de instrução de ensino médio ou superior, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes. Nos demais casos, as autorizações de saída somente poderão ser concedidas com prazo mínimo de 45 dias de intervalo entre uma e outra. Ademais, o art. 146-B da LEP, acrescentado pela Lei n. 12.258/2010, estabeleceu que, em caso de autorização de saída temporária, o juiz poderá definir a fiscalização por meio de monitoração eletrônica. O benefício da saída temporária será revogado se o condenado praticar fato definido como crime doloso, se for punido por falta grave, se desatender às condições impostas na autorização ou se revelar baixo grau de aproveitamento do curso. O benefício da saída temporária poderá ser recuperado, se ocorrer a absolvição no processo penal, o cancelamento da punição disciplinar ou a demonstração do merecimento do sentenciado.

Essa pergunta também está no material:

Legislacao Penal Especial - Ricardo Antonio Andreucci
904 pág.

História Colegio AnchietaColegio Anchieta

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A saída temporária é um benefício concedido ao condenado que cumpre pena privativa de liberdade em regime semiaberto, visando seu gradativo retorno ao convívio social, em determinadas ocasiões e para a participação em atividades que contribuam para sua ressocialização. A concessão da saída temporária depende de autorização do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a administração penitenciária, obedecendo a requisitos como comportamento adequado, cumprimento mínimo de um sexto da pena (se primário) ou um quarto dela (se reincidente) e compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. A saída temporária pode ser concedida até 5 vezes ao ano, com duração máxima de 7 dias por período. Além disso, o juiz pode impor condições como fornecimento do endereço onde reside a família a ser visitada, recolhimento noturno, proibição de frequentar certos locais, entre outras. Em casos de frequência a cursos profissionalizantes ou de ensino, o tempo de saída será o necessário para cumprir as atividades. As autorizações de saída devem ter um intervalo mínimo de 45 dias entre uma e outra. Em casos de autorização de saída temporária, o juiz pode definir a fiscalização por meio de monitoração eletrônica. O benefício pode ser revogado se o condenado cometer crime doloso, for punido por falta grave, desrespeitar as condições impostas ou mostrar baixo aproveitamento do curso, mas pode ser recuperado em certas situações, como absolvição no processo penal.

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