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Avaliaremos, neste item do exercício 2, o impacto dos efluentes gerados pela implantação do projeto sobre a qualidade da água dos corpos de água pa...

Avaliaremos, neste item do exercício 2, o impacto dos efluentes gerados pela implantação do projeto sobre a qualidade da água dos corpos de água para os quais afluem as águas pluviais e os esgotos sanitários gerados na área. Efluentes: despejos líquidos provenientes de uma atividade ou processo (Resolução CONAMA No. 430/2011, Art.4º, V) – inclui os esgotos sanitários (denominação genérica para despejos líquidos residenciais, comerciais, águas de infiltração na rede coletora, que podem ainda conter parcela de efluentes industriais e efluentes não domésticos). Há uma outra poluição, a chamada poluição difusa, que chega através das águas pluviais, que não será levada em conta nestes cálculos. O esgoto gerado, se não tratado, irá poluir o curso de água no qual for lançado. Poluição: degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos (Lei Federal Nº 6.938/1981, art. 4º). A poluição, portanto, é uma concentração de esgoto na água capaz de provocar algum dos danos ambientais citados na lei. Analisaremos no exercício, diferentes situações que podem vir a ocorrer: duas situações de tratamento de esgoto: sem tratamento e com tratamento convencional (com remoção de 70% da carga poluente, medida em DBO5); três opções de lançamento: em um córrego próximo, em um ribeirão maior e exportar para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do Tamanduateí (lançar na rede existente). Deve ser verificado o resultado de cada combinação, discutindo-se se ela seria possível no mundo real e como seria possível. Por exemplo, a combinação da situação de esgoto sem tratamento lançado no córrego próximo seria a mais provável em um cenário de ocupação sem nenhum cuidado ou controle, haveria outras combinações que resultariam de decisões de projeto e há combinações que não têm sentido prático (por exemplo, tratar o esgoto e lança-lo na rede da SABESP, que conduz a outra estação de tratamento). Essa discussão deve permitir responder, para cada conjunto de alternativas, as perguntas formuladas ao final deste exercício. Os dados do problema serão: - a população (p) determinada pelo projeto (considerar quatro pessoas por lote); - o consumo diário de água por pessoa (q), adotando-se 200 litros/pessoa.dia; - um coeficiente k1 correspondente ao dia de maior consumo, de 1,25 (no dia de maior consumo, este será 25% maior que a média do ano); - produção de lodo por pessoa (c) de 54 g DBO/ pessoa.dia; - as vazões de referência Q7,10 dos cursos de água considerados: córrego 50 l/s; ribeirão maior 1 m³/s (1 m³ = 1.000 l); as concentrações de poluentes já existentes no córrego (15,8 mg/l) e no ribeirão maior (9,1 mg/l); enquadramento na Classe 2; parâmetros atuais dos dois corpos de água correspondentes à Classe 3, mas não à Classe 2. Aplicaremos o método definido na legislação para determinar o impacto de cada combinação e sua relação com o uso pretendido para as águas dos corpos de água. Para isso será necessário também entender as definições legais que já estão colocadas nos dados do problema. Vazão de referência: vazão que serve de referência para a definição da vazão máxima instantânea outorgável em um ponto da bacia, composta por uma fração outorgável e uma fração que deve ser mantida no rio para fins de usos múltiplos (Resolução 467/2006 da Agência Nacional de Águas Art. 2º, IV). - A vazão de referência Q7,10 que utilizaremos no exercício corresponde à menor vazão por um período de 7 dias para um tempo de retorno de 10 anos. Definimos poluição em termos de concentração de poluentes (em mg/l, por exemplo), que é o que determina se haverá efeitos ambientais significativos. No entanto, a carga poluidora é um fluxo (em g/dia, por exemplo). Os esgotos domésticos constituem um fluxo, uma carga poluidora que irá chegar a um corpo de água. Carga poluidora: quantidade de determinado poluente transportado ou lançado em um corpo de água receptor, expressa em unidade de massa por tempo. (Resolução CONAMA No. 357/2005, Art.2º, VII) O fluxo de poluentes (carga) correspondente ao esgoto lançado será somado com o fluxo de poluentes que já existe no curso de água que vai diluí-la, o chamado corpo receptor (um rio ou córrego, o mar, etc.) Por isso, será necessário transformar concentração de poluentes (as existentes nos cursos de água) em cargas poluentes. Para isso, deve ser multiplicada a carga de um corpo de água pela vazão, ajustando-se as unidades (para isso, 1 dia = 86.400 segundos). E no final, transformar o resultado de volta para concentração, que é a forma como está expresso o parâmetro limite da Classe (em mg/l). As fórmulas são: 2.3.1.1. Cálculo da vazão de esgoto: Qe = 80% . p . q. k1 / 86400 onde: Qe (l/s) vazão média do dia de maior consumo p (pessoas) população de projeto (p = no. de lotes x 4 pessoas/lote) q (l/pessoa.dia) consumo de água por pessoa k1 coeficiente do dia de maior consumo = 1,25 (considera-se que 20% da água utilizada é consumida e 80% retorna como esgoto) 2.3.1.2. Cálculo da carga poluente do esgoto doméstico: CPe = p . c onde: CPe (g/dia) carga poluente do esgoto doméstico p (pessoas) população c (g DBO/dia) vazão do córrego 2.3.1.3. Cálculo da carga poluente do ribeirão [CP(rb)]da concentração de DBO5 no corpo de água: CP(rb) = COrb *Q(rb)*86400/1000 onde: CP(rb) (g/dia) carga poluente do ribeirão (se aplica também ao córrego) COrb (mg/l) concentração de DBO5 no ribeirão Q(rb) (l/s) vazão do córrego (a conversão de unidades requer multiplicar por 86.400 seg/dia e dividir por 1000mg/g) 2.3.1.4. Cálculo da carga poluente resultante (CPr) CPr = CPe + CP(rb) 3.1.5 . Cálculo da vazão resultante (Qr) Qr = Q(rb) + Qe 2.3.1.6. Cálculo da concentração resultante (Cor) COr (mg/l) = [(CPr*1000/86400) / Qr] Onde COr, em mg/l, é a concentração resultante do lançamento do esgoto no corpo de água (a conversão de unidades requer agora a multiplicação por 1000 mg/g e a divisão por 86.400seg./dia) É este o valor que deverá ser comparado com os requisitos de DBO estabelecidos pela legislação para as classes de qualidade, como veremos a seguir. A legislação estabelece dois tipos de requisitos que determinam o lançamento de efluentes nos corpos de água: o enquadramento dos corpos de água superficiais (Resolução CONAMA No. 357/2005) e as condições e padrões de lançamento de efluentes, que no caso do exercício é remoção de 60% da DBO5 (Resolução CONAMA No. 430/2011, Art. 16, I.

Essa pergunta também está no material:

AUT-0192-2023-Exerc2-3_EsgotoPoluicao
6 pág.

Arquitetura e Urbanismo EngenhariasEngenharias

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