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dos delitos previstos nos arts. 312 a 326 do CP. Além disso, esclarecerá que o denunciado foi noti fi cado, mas que não houve o recebimento da denú...

dos delitos previstos nos arts. 312 a 326 do CP. Além disso, esclarecerá que o denunciado foi noti fi cado, mas que não houve o recebimento da denúncia até o momento (ou, simplesmente, dirá que a denúncia foi oferecida, sem qualquer menção ao recebimento). Base legal: da defesa prévia, o art. 55 da Lei n.º 11.343/06; da defesa preliminar, o art. 514 do CPP. Objeti vo: o não recebimento da denúncia ou queixa oferecida. Para isso, o examinando deve con- vencer o juiz de que está presente alguma (ou mais de uma) hipótese de rejeição do art. 395 do CPP. Teses de defesa: todas as teses devem ser analisadas. Em falta de justa causa, quando o objeti vo é desconsti tuir o delito, atenção às exigências da Lei de Drogas, que trata, por exemplo, da perícia a ser feita na droga para demonstrar a materialidade do delito. Ademais, as teses mais comuns podem estar presentes: o erro de ti po (CP, art. 20, caput), o erro de proibição (CP, art. 21), a coação moral irresistí vel (CP, art. 22) etc. Procure demonstrar ao juiz que falta justa causa para o exercício da ação penal (CPP, art. 395, III). Em inépcia (CPP, art. 395, I), veja se o enunciado fala em denúncia genérica ou em denúncia sem a descrição dos fatos ou com redação contraditória. Caso a inépcia da inicial seja uma das teses, o enunciado descreverá claramente o vício a ser apontado em sua defesa. Quanto à falta de pressuposto ou condição para o exercício da ação penal, analise se quem ofere- ceu a denúncia é a pessoa que detém legiti midade – por exemplo, Promotor de Justi ça oferecendo denúncia por crime que deveria ter sido denunciado pelo MPF, ou o Ministério Público oferecen- do denúncia sem que a víti ma tenha representado, em crime de ação penal pública condicionada. Pesquise também se a denúncia ou queixa foi oferecida ao juiz competente. Por fi m, faça uma cuidadosa análise das causas de exti nção da punibilidade (prescrição, decadência etc.), pois é grande a chance de a banca exigir alguma delas se vier a cobrar defesa prévia ou de- fesa preliminar. Prazos: são dez dias para a defesa prévia da Lei de Drogas e quinze dias para a defesa preliminar dos crimes funcionais. Endereçamento: se a FGV nada disser, Vara Criminal genérica. Todavia, se for mencionado, por exem- plo, que a denúncia foi oferecida ao juízo da Vara de Drogas da Comarca de São José/SC, tanto a vara quanto a comarca deverão estar no endereçamento da peça. Além disso, cuidado com a competên- cia da Justi ça Federal. Estrutura básica da peça: Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca ..., Observe se o enunciado não diz qual é a vara onde a denúncia ou queixa foi oferecida. MANUAL DE PRÁTICA PENAL 2ª fase do Exame de Ordem 1ª EDIÇÃO 24I. COMO IDENTIFICAR A PEÇA CABÍVEL Nome ..., já qualificado nos autos, vem, por seu advogado, oferecer defesa prévia / defesa preliminar, com fundamento no art. 55 da Lei n.º 11.343/06 / no art. 514 do Código de Processo Penal, pelas razões a seguir expostas: Por já ter sido denunciado, não é necessário qualifi car novamente o acusado. Para a peça da Lei de Drogas, a legislação diz expressamente defesa prévia. No entanto, na peça do art. 514 do CPP, o legislador fala em responder por escrito. Por ser defesa preliminar um termo genérico para defe- sas pré-processuais, optamos por essa nomenclatura. Todavia, caso venha a ser a peça da segunda fase, a banca terá de aceitar quem disser resposta escrita, com base no que diz o CPP, ou resposta preliminar, outro termo genérico para a mesma hipótese, ou, até mesmo, defesa prévia, como na Lei de Drogas. I. DOS FATOS (...) Como sempre deve ser feito, apenas resuma o enunciado no dos fatos. II. DO DIREITO (...) Por serem peças que comportam várias teses em conjunto, procure dividir o tópico do direito em subtópicos. Uma boa forma de divisão é com base no art. 395 do CPP: (a) inépcia; (b) falta de pres- suposto processual ou condição para a ação; (c) falta de justa causa. III. DO PEDIDO Diante do exposto, requer a rejeição da denúncia oferecida, com fundamento no art. 395, I, II e III, do Código de Processo Penal. Subsidiariamente, em caso de recebimento da denúncia, requer a intimação e oitiva das testemunhas ao final arroladas. MANUAL DE PRÁTICA PENAL 2ª fase do Exame de Ordem 1ª EDIÇÃO 25I. COMO IDENTIFICAR A PEÇA CABÍVEL O principal objeti vo das peças é a rejeição da inicial, com fundamento no art. 395 do CPP. Subsidiariamente, sustente tudo o que for de interesse do denunciado, em caso de recebimento da inicial (veja o art. 55, § 1º, da Lei n.º 11.343/06 e o art. 515, parágrafo único, do CPP). Na defesa dos crimes funcionais, atenção ao art. 516 do CPP, que também fundamenta a rejeição da inicial. Comarca ..., data .... Advogado ..., OAB .... Rol de testemunhas: (a) Nome ..., endereço ...; (b) Nome ..., endereço .... Sempre observe se a banca não pediu o oferecimento da peça no últi mo dia de prazo. 2. FASE PROCESSUAL Após o recebimento da denúncia ou queixa, o primeiro ato é a citação do, agora, réu, para que ofe- reça a sua defesa ao longo de toda a instrução penal. A parti r do recebimento, o objeti vo principal passa a ser a absolvição do acusado. Dos vinte e cinco Exames de Ordem elaborados pela FGV, des- consideradas as reaplicações, em vinte deles a banca trouxe peças da fase processual. A resposta à acusação, os memoriais e a apelação são campeões isolados na disputa pelas peças mais cobradas. 2.1. Resposta à acusação Em nossa opinião, consideradas as mais cobradas pela banca até o momento, é a peça mais fácil da fase processual. Isso porque, em memoriais e em apelação, como a instrução já está em fase avan- çada, muitas nulidades podem ter surgido ao longo da marcha processual. Em resposta à acusação, houve apenas o recebimento da inicial e a citação do acusado, não existi ndo outros atos judiciais que devem ser analisados em busca de nulidades. Além disso, o objeti vo principal da peça é a absolvição sumária, com fundamento no art. 397 do CPP. Portanto, desde o começo, o examinando já sabe o que deve ser encontrado: (a) excludente da ilicitude; (b) excludente da culpabilidade; (c) ati picidade; (d) causa exti nti va da punibilidade. Como identi fi car: uma queixa ou denúncia oferecida e também recebida, e o cliente foi citado para oferecer a defesa. Não se fala em audiência, em sentença e em mais nada. Base legal: a peça está fundamentada nos arts. 396 e 396-A do CPP. Em algumas provas, a FGV acei- tou os dois arti gos. No entanto, na últi ma vez em que caiu RA, a banca aceitou apenas o art. 396-A – que, inclusive, foi aceito todas as vezes. Por isso, é a fundamentação mais segura: o art. 396-A do CPP. No rito do júri, cuidado: a RA está fundamentada no art. 406 do CPP. MANUAL DE PRÁTICA PENAL 2ª fase do Exame de Ordem 1ª EDIÇÃO 26I. COMO IDENTIFICAR A PEÇA CABÍVEL Objeti vo: a princípio, a absolvição sumária, com fundamento no art. 397 do CPP. No entanto, há po- sicionamento do STJ que entende pela possibilidade de se pedir a rejeição da inicial (já recebida) em RA, com fundamento no art. 395 do CPP. Como teses subsidiárias, podem ser pedidas a desclassifi - cação para delito menos gravoso, embora não seja o momento processual adequado, e a produção de provas – especialmente, testemunhas apontadas no enunciado. Teses de defesa: o art. 397 do CPP dá o rumo do que deve ser procurado em RA. O dispositi vo fala em: ati picidade (inciso III), exclusão da ilicitude (inciso I) e exclusão da culpabilidade (inciso II). Portanto, nos três primeiros incisos, o art. 397 descreve situações em que falta justa causa para a ação penal por inexistência do crime. Equivoc

Essa pergunta também está no material:

Manual de prática penal - peças processuais
141 pág.

Direito Penal II Centro Universitário de Barra MansaCentro Universitário de Barra Mansa

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