) Nascida na América do Norte, a “terapia de conversão” surge como reação de grupos religiosos ultraconservadores à retirada da homossexualidade co...

) Nascida na América do Norte, a “terapia de conversão” surge como reação de grupos religiosos ultraconservadores à retirada da homossexualidade como doença do DSM em 1973, que é o manual de doenças mentais norte-americano utilizado no mundo todo. Esta prática terapêutica foi exportada também para o Brasil. A contrapartida do Sistema de Conselhos em nosso país veio rápida: em 1999, o CFP publica sua resolução 001/1999, tornando estas terapias crimes éticos gravíssimos, com punições chegando à cassação definitiva do registro do infrator. A resposta de grupos conservadores em 2004, sobretudo da entidade Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC), seguida pela ação popular impetrada pela psicóloga Rozângela Justino no CRP 005, resultou na retomada das terapias de conversão por grupos cristãos à revelia da resolução 001/1999. Assim sendo: I. A retomada das “terapias de conversão”, por determinados grupos religiosos, mostra e reflete uma realidade na qual a homofobia está enraizada em nossa sociedade, sobretudo em contextos religiosos mais fundamentalistas. II. A ação pública da psicóloga Rozângela Justino, em 2016 – amplamente divulgada na mídia –, respalda o uso da terapia de conversão em relação ao código de ética da profissão, uma vez que reflete uma mudança social no Brasil com o crescimento de setores mais conservadores. III. A despatologização de orientações sexuais das minorias não teve qualquer impacto no Código de Ética da Psicologia no Brasil. IV.O princípio constitucional brasileiro de laicidade do Estado da Constituição de 1988 resguarda a liberdade de expressão e de culto religioso, assim como a não-interferência do Estado nos códigos de ética profissionais no país. V. O Código de Ética da Psicologia possui um histórico progressista, inclusive durante a ditadura militar e em conformidade com a proibição das terapias de conversão. São verdadeiras: Alternativas: II, IV e V apenas. I, II e V apenas. I, II e IV apenas. II, III e V apenas. I, IV e V apenas.