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Lohany da Costa Campos - Unig Endodontia II - Alia Porto 21-02-2022 Patologia Pulpar Introdução A polpa, diante de um fator agressor apresenta ...

Lohany da Costa Campos - Unig

Endodontia II - Alia Porto 21-02-2022

Patologia Pulpar

Introdução

A polpa, diante de um fator agressor apresenta reações inflamatórias ou degenerativas. Estas dependem do tipo, da frequência e da intensidade do agente irritante, assim como da resposta imune do paciente.

Agentes Agressores

Os agentes que agridem a polpa podem ser de origem biológica, química ou física.

Agentes Biológicos (Cárie)
- Se a cárie dental não for tratada, as bactérias presentes agridem o tecido pulpar via túbulos dentinários.
- Principal causa de inflamação pulpar e a que mais gera problemas endodônticos.
- A fratura dental com exposição de dentina também representa um fator biológico à alteração pulpar.
Agentes Químicos
- Ataque ácido, Clareamento dental e Materiais restauradores
- Uso de ácidos por um tempo excedido ao limite indicado, causa agressão química à dentina, sendo capaz de repercutir na polpa.
Agentes Físicos
- Calor do preparo cavitário e Traumas
- Inflamação da polpa devido ao aquecimento físico das brocas sem refrigeração durante o preparo.
Complexo Dentino Pulpar
> A polpa e a dentina formam um único complexo, pois estão intimamente relacionados morfo e fisiologicamente.
> Logo, toda agressão/injúria que acontece na dentina tem repercussão pulpar.
> A endotoxina bacteriana da cárie causa uma inflamação na polpa através dos túbulos dentinários, causando sintomas como sensibilidade e dor no paciente.
Polpa
> Tecido conjuntivo frouxo
> Encontra-se no interior da câmara pulpar
> Contém grande número de vasos sanguíneos, vasos linfáticos, fibras nervosas e células (odontoblastos).
> Tem metabolismo intenso, por isso apresenta boa capacidade de reparo
Resposta pulpar em virtude de agressões:
Quando a polpa está diante de um agente agressor, ocorrem fenômenos vasculoexsudativos*, caracterizando a inflamação.
* fenômenos vasculoexsudativos = saída de exsudato pelos vasos sanguíneos
Visto que a polpa dental está circundada por paredes dentinárias rígidas, quando ocorre a inflamação pulpar e, consequentemente, o aumento de volume desse tecido, ocorre a compressão de fibras nervosas, gerando dor e sensibilidade do paciente.
Obs: A virulência bacteriana e a resistência do hospedeiro define o nível de inflamação.

Linhas de Defesa da Polpa
Quando a polpa está diante de uma agressão, ela pode reagir das seguintes formas:
1) Esclerose dentinária
formação de dentina peritubular diminuindo o diâmetro dos túbulos dentinários
2) formação de dentina reparadora
3) formação de dentina reacional
- É formada na mesma região acometida pela cárie, mas mais internamente.
- Ocorre: a deposição de dentina reacional, a redução de volume pulpar e diminuição da câmara pulpar.
- A dentina reacional é depositada à medida que a cárie invade o tecido dentinário;
Inervação da Polpa
A polpa é um tecido ricamente inervado
Sua inervação deriva do nervo trigêmeo
A inervação sensorial da polpa é dividida em duas fibras principais: A δ (Delta) e C.
Obs: na polpa ainda existe um terceiro tipo de fibra, chamada fibra A-β entretanto então em percentual baixo.
Fibra A Delta
> Presente na periferia da câmara pulpar
> Responsáveis por uma dor aguda e rápida
> Mielinizadas (condução rápida do estímulo)
> Estimulada pelo frio
> Oxigênio dependente = através do sangue essa fibra tem contato com o oxigênio que precisa pra sobreviver.
> Em um quadro de pulpite, o sangue fica denso pela liberação de líquido para a produção de exsudato;
> Dessa forma, o oxigênio presente no sangue não consegue chegar até a a fibra delta A (devido a densidade) e consequentemente ela morre.
> Primeira fibra a ser prejudicada na polpa.
Fibra C
> Responsável por dor difusa e prolongada (o paciente não sabe o local da dor exatamente)
> Amielínizada (baixa velocidade de condução)
> Estimulada pelo calor
> Não é oxigênio dependente
> São mais resistentes ao aumento de pressão tecidual e à hipóxia quando comparadas às fibras do tipo A delta
A ETIOLOGIA DA DOR
Após a polpa sofrer uma agressão, ela entra em processo inflamatório, ocorre a produção de exsudato e aumento da pressão tecidual.
Com isso, as fibras nervosas começam a ser pressionadas causando dor intensa no paciente
Pulpite Aguda
> É a reação da microcirculacão à uma injúria (cárie).
> Início rápido e curta duração (de 24 a 92h)
> Apresenta exsudação de líquido
> Ocorre dano tecidual na tentativa de eliminação dos micro-organismos.
> Sinais nítidos de inflamação (dor)
> Virulência bacteriana maior que a resistência do hospedeiro
> Se o agente agressor não for eliminado, a inflamação aguda passa a ser crônica.
A pulpite aguda pode ser reversível ou irreversível
Pulpite Crônica
> Fenômenos proliferativos com formação de fibrose, calcificação e tentativa de reparo
> A inflamação crônica é de longa duração.
> Não há presença de dor
> Pode ocorrer sem a antecedência de uma inflamação aguda
> Reparo (fibroblastos)
> Período de destruição tecidual se alternam com períodos de reparo
> Há um equilíbrio entre bactéria e hospedeiro
A alteração pulpar crônica pode ser classificada em ulcerada e crônica hiperplásica.
Pulpite Reversível (aguda)
Leve inflamação na polpa
O processo é reparado quando removido o agente causador.
Não é caso de indicação endodôntica
Não há dor espontânea, somente por estímulo (beber água gelada)
Dor estimulada pelo frio (fibra A delta)
Após o estímulo, imediatamente a dor desaparece; Se a dor for prolongada não é pulpite reversível
Não à morte de fibra nervosa
Testes pulpares realizados:
> Frio: positivo
dor rápida aguda e fugaz/ cessa com a remoção do estímulo
> Quente: positivo
dor tardia / cessa com a remoção do estímulo
> Elétrico: positivos
responde com corrente igual ou levemente inferior ao dente normal.
> Teste de cavidade: positivo
Obs: no teste de cavidade é passado uma broca na polpa pra saber se tem dor ou não é é realizado sem anestesiar o paciente.
É indicado somente em casos em que há desconfiança sobre necrose pulpar; neste caso não é indicado
Teste perirradiculares
> palpação e percussão: negativos
Tratamento
- Remoção da cárie ou restauração defeituosa;
- Curativo OZE ou ionômero do vidro por 7 dias e reavaliar
Pulpite Reversível
Frio ✓
(dor fugaz)
Calor ✓
(dor fugaz)
Elétrico ✓
Teste de Cavidade ✓
Palpação x
Percussão x
Pulpite Irreversível (aguda)
Mesmo removendo o agente irritante, não há reversão do quadro inflamatório;
Necessita de

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