PERGUNTA 1 Os estudos da narrativa sofreram importante contribuição da psicanálise. A partir disso, foi possível descolcar deslocar o olhar do lei...

PERGUNTA 1 Os estudos da narrativa sofreram importante contribuição da psicanálise. A partir disso, foi possível descolcar deslocar o olhar do leitor enquanto usufruidor da história e do autor enquanto escritor. Nessa perspectiva, ambos se tornam sujeitos que se implicam, de alguma maneira, em uma construção imaginária sobre os acontecimentos. Assim, cada um com sua posição, tem na narrativa seu lugar simbólico, isto é, o lugar legítimo de emergência da subjetividade, conferindo à interpretação uma marca singular. Nesse sentido, o personagem da história tem papel fundamental, principalmente quando se verifica que ele pode assumir o estatuto de objeto de ambos os sujeitos. A partir dessa perspectiva, assinale a alternativa que indica o motivo pelo qual o personagem pode ser considerado objeto. a. Porque é manipulável pelo leitor. b. Porque é manipulável pelo autor. c. Porque marca a falta do leitor e autor diante do real. d. Porque só adquire vida dentro da obra. e. Porque é manipulável pelo autor e leitor. 2 pontos PERGUNTA 2 O trecho abaixo, do texto "A construção da personagem feminina na literatura brasileira contemporânea (re)escrita por mulheres", divide em três etapas a trajetória da literatura produzida por mulheres no século XX. Analise o excerto e assinale a alternativa que justifica porque a obra Vozes do deserto, de Nélide Piñon, pertence ao último grupo. “Se a literatura produzida nos primórdios dessa tradição reduplica os padrões ideológicos referentes ao modo de a mulher estar na sociedade, a produzida a partir de meados do século passado até os anos 80 põe em discussão as relações de gênero, promovendo o desnudamento e a consequente desestabilização da opressão feminina. Já a partir dos anos 90, o modo como os conflitos dramáticos passam a ser solucionados apontam para uma terceira etapa da referida trajetória, na qual as personagens são construídas de modo a agregarem novas identidades que, por si, apregoam o declínio da ordem patriarcal” (ZOLIN, 2011, p. 96). ZOLIN,