Ao longo das séculos, o perfil de morbimortalidade das populações tem se alterado, sendo essa dinâmica chamada de transição epidemiológica (OMRAN, ...

Ao longo das séculos, o perfil de morbimortalidade das populações tem se alterado, sendo essa dinâmica chamada de transição epidemiológica (OMRAN, 1971). Nessa transição, ocorre a evolução progressiva de um perfil de alta mortalidade por doenças infecciosas endêmicas e epidêmicas para outro em que ocorre redução acentuada das grandes epidemias e fome, até atingir um padrão no qual passam a predominar os óbitos por causas externas e doenças crônicas. No Brasil, não foi diferente. Concomitante à isso, evidenciamos em nosso país, também uma acelerada TRANSIÇÃO NUTRICIONAL. Para nós, nutricionistas e estudantes de nutrição, estudar a transição nutricional é de grande relevância, uma vez que, com a mudança do perfil nutricional da população, muda-se também o foco no nosso trabalho, o tratamento e a intervenção nutricional. Explico melhor... se você fosse nutricionista há 50 anos, lá por 1974, certamente você teria como os principais problemas de saúde pública a fome, a desnutrição infantil, as carências nutricionais de macro e micronutrientes. Hoje, no ano de 2024, sabemos bem que, nossa maior demanda em saúde pública é elaborar estratégias para conter os avanços do excesso de peso/obesidade e suas consequências, como as doenças crônicas não transmissíveis - hipertensão, diabetes, aterosclerose - sendo, as doenças cardíacas a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Diante do exposto, explique, como se deu a transição nutricional em nosso país, nos últimos 50 anos, citando os fatores que contribuíram para quer ela ocorresse.