O cortiço é conhecido por sua solidariedade, conforme exemplificado por Aluísio Azevedo em "O Cortiço" (1890), que destaca o espírito de corpo capaz de sobrepujar discordâncias étnicas, unindo os moradores em esforços decisivos. Essa solidariedade proletária, evidente nas favelas e bairros pobres, apresenta uma peculiaridade intrigante: sua formação não requer cerimônias ou estágios de observação. Ao contrário das comunas rurais, onde o estrangeiro é frequentemente mantido como um estranho, os vizinhos proletários acolhem incondicionalmente aqueles que demonstram solidariedade. A proximidade proletária se estabelece sem rodeios e rapidamente. Entretanto, à medida que se avança na hierarquia social, a importância da vizinhança diminui, sendo nos bairros "finos" apenas um fator potencial. SANCHES, R. de C. F.; CARVALHO, L. F. de. Formação do Pensamento Sociológico Brasileiro II. Maringá: UniCesumar, 2021 (adaptado). Considerando o texto apresentado, e as relações vicinais entre as pessoas da classe trabalhadora, avalie as afirmações a seguir. I. A solidariedade proletária, mesmo nos bairros "finos", mantém-se como fator potencial. II. O observador, ao "subir" na hierarquia social, percebe um aumento na importância da vizinhança proletária. III. Nas favelas e bairros pobres, a solidariedade proletária não depende de cerimônias ou estágios de observação, sendo estabelecida rapidamente e sem reservas. IV. A solidariedade proletária, como descrita por Aluísio de Azevedo, é capaz de superar discórdias étnicas, unindo todos os moradores do local em esforços supremos. É correto o que se afirma em