Os historiadores da literatura brasileira argumentam que uma das fontes mais expressivas da prosa de ficção de 30 é originária da região Nordeste. ...

Os historiadores da literatura brasileira argumentam que uma das fontes mais expressivas da prosa de ficção de 30 é originária da região Nordeste. O novo estilo caracterizava-se entre outras coisas pela narração-documento. Em um movimento como o modernismo, marcado pela valorização do nacional, do homem brasileiro, o nordestino tornou-se um símbolo de brasilidade; adotava um modo de ser em tudo distante das influências das grandes metrópoles: da maneira de falar aos sabores e temperos típicos de sua região. Assinale o trecho da obra que abrange os traços mais emblemáticos das fontes descritas acima: A “Afinal para que serviam os soldados amarelos? Deu um pontapé na parede, gritou enfurecido. Para que serviam os soldados amarelos? (...) (“Vidas secas”, Graciliano Ramos, p.71) B “De pé, o coronel Altino Brandão admirava mais uma vez a sala. Na parede, como em sua casa, retratos coloridos – confeccionados por florescente indústria paulista – do coronel Ramiro e de sua falecida esposa, um espelho entre os dois.” (“Gabriela, cravo e canela”, Jorge Amado, p. 74) C “- Mas, menino, por que você não faz a criação pastar fora do pátio? Não sabe que lá só tem é salsa? Esta bichinha desde de manhã deve estar assim, junto do riacho. E só agora foi que o compadre João achou e trouxe... (“O Quinze”, Rachel de Queiroz, p.17). D “Nessa tarde, a paz da cadeia foi violentamente perturbada pela vinda de um pensionista novo. Era um homem entre trinta e quarenta anos, gordo, pálido, de bigode curto e nariz redondo (...)” (“João Miguel”, Rachel de Queiroz, p. 167). E “Lá fora, um menino fazia o cachorro ganir, cutucando-o com uma varinha. E gritava entre risadas” (“O Quinze”, Rachel de Queiroz, p.17). 8