Dizendo de modo elementar, são exemplos de substância, homem, cavalo; de quantidade, dois côvados de largura, ou de três côvados de largura; de qua...
Dizendo de modo elementar, são exemplos de substância, homem, cavalo; de quantidade, dois côvados de largura, ou de três côvados de largura; de qualidade, branco, gramatical; de relação, dobro, metade, maior; de lugar, no Liceu, no Mercado; de tempo, ontem, o ano passado; de estado, deitado, sentado; de hábito, calçado, armado; de ação, corta, queima; de paixão, é cortado, é queimado. Extraído de “Organon, I – Categorias” (Aristóteles), Guimarães Editores, Lisboa, 1985. O sentido, a classificação e a nomenclatura gramaticais, como se observa desde Aristóteles, sempre foram uma preocupação dos estudiosos da língua e da filosofia. Sobre esses temas, naturalmente há descobertas, criações, transformações nas formas de abordagens. A Gramática tradicional, por exemplo, considera a existência de dez classes gramaticais; outros enfoques levam em conta nove categorias. De posse dessas informações e levando em conta o trecho acima de Aristóteles, no qual o filósofo expunha em que categorias um objeto do mundo seria classificado, poderíamos dizer que o que se conhece hoje como voz passiva estaria relacionado na classificação aristotélica à categoria a) de substância b) de qualidade c) de estado d) de ação e) de paixão