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pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. Observe que, diferente do Processo Civil, o processo administrativo pode se iniciar de ofício...

pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. Observe que, diferente do Processo Civil, o processo administrativo pode se iniciar de ofício pela autoridade administrativa. A isso tem-se o princípio da Oficialidade. Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados: I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; II - identificação do interessado ou de quem o represente; III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações; IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; V - data e assinatura do requerente ou de seu representante. Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais falhas. Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes. Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo preceito legal em contrário. DOS INTERESSADOS Art. 9º São legitimados como interessados no processo administrativo: I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de representação; II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses coletivos; IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou interesses difusos. Art. 10º São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo próprio. DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO Art. 18 É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. Art. 19 A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. Parágrafo único A omissão do dever de comunicar o impedimento constitui falta grave, para efeitos disciplinares. Art. 20 Pode ser arguida a suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro grau. Art. 21 O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, SEM efeito suspensivo. DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO Art. 22 Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será exigido quando houver dúvida de autenticidade. Art. 23 Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo. Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao interessado ou à Administração. Art. 24 Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força maior. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até o dobro, mediante comprovada justificação. Art. 25 Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização. DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS O órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. (...) A intimação observará a antecedência mínima de três dias úteis quanto à data de comparecimento. (...) No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de publicação oficial. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. O desatendimento da intimação não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo administrado. Há a produção dos efeitos da revelia no processo administrativo. DO DEVER DE DECIDIR A Administração tem o dever de explicitamente emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em matéria de sua competência. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada. DA DECISÃO COORDENADA No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que exijam a participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou entidades poderão ser tomadas mediante decisão coordenada, sempre que: I - for justificável pela relevância da matéria; e II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo decisório. Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada a instância de natureza interinstitucional ou intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de simplificar o processo administrativo mediante participação concomitante de todas as autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis pela instrução técnico-jurídica, observada a natureza do objeto e a compatibilidade do procedimento e de sua formalização com a legislação pertinente. A decisão coordenada não exclui a responsabilidade originária de cada órgão ou autoridade envolvida. A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legalidade, da eficiência e da transparência, com utilização, sempre que necessário, da simplificação do procedimento e da concentração das instâncias decisórias. Não se aplica a decisão coordenada aos processos administrativos: de licitação; relacionados ao poder sancionador; ou em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos. Poderão habilitar-se a participar da decisão coordenada, na qualidade de ouvintes, os interessados de que trata o art. 9º desta Lei. A participação na reunião, que poderá incluir direito a voz, será deferida por decisão irrecorrível da autoridade responsável pela convocação da decisão coordenada. Cada órgão ou entidade participante é responsável pela elaboração de documento específico sobre o tema atinente à respectiva competência, a fim de subsidiar os trabalhos e integrar o processo da decisão coordenada. Eventual dissenso na solução do objeto da decisão coordenada

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O texto fornecido trata sobre o processo administrativo e seus princípios. O processo administrativo pode ser iniciado de ofício pela autoridade administrativa, diferentemente do Processo Civil. Esse princípio é conhecido como Oficialidade. O requerimento inicial do interessado deve conter informações como órgão ou autoridade administrativa, identificação do interessado, domicílio, formulação do pedido, data e assinatura. Os órgãos administrativos devem elaborar modelos padronizados para assuntos equivalentes e os pedidos de interessados com conteúdo idêntico podem ser feitos em um único requerimento. Legitimados como interessados são pessoas físicas ou jurídicas, aqueles com direitos afetados pela decisão, organizações representativas e pessoas ou associações quanto a direitos difusos. São impedidos de atuar no processo administrativo aqueles com interesse na matéria, que tenham participado como perito, testemunha ou litigante com o interessado, entre outros. Os atos do processo administrativo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com data, local e assinatura da autoridade responsável. Os atos devem ser realizados em dias úteis, no horário normal de funcionamento da repartição, e concluídos depois do horário normal se o adiamento prejudicar o procedimento. Os prazos para os atos do processo são de cinco dias, podendo ser dilatados por justificação. Os atos devem ser preferencialmente na sede do órgão e a comunicação dos atos deve ser feita com antecedência mínima de três dias úteis. A Administração tem o dever de emitir decisão nos processos administrativos e sobre solicitações, com prazo de até trinta dias para decidir. Decisões administrativas que envolvam 3 ou mais setores podem ser tomadas mediante decisão coordenada, desde que justificável pela relevância da matéria e haja discordância que prejudique a celeridade do processo decisório.

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