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A expressa, conforme o art. 59, deverá ser feita por declaração assinada pelo querelado ou por seu representante legal (com poderes especiais), já ...

A expressa, conforme o art. 59, deverá ser feita por declaração assinada pelo querelado ou por seu representante legal (com poderes especiais), já na aceitação tácita ocorrerá quando praticar ato incompatível com a intenção de prosseguir com o processo. Não confunda com perdão judicial! O perdão judicial é oferecido pelo juiz; o perdão do ofendido é concedido pelo ofendido; o perdão judicial é previsto na lei. Art. 121, § 5o, do CP. Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. Perdão e renúncia – naturezas jurídicas: a renúncia e o perdão são institutos que geram a extinção da punibilidade, tudo na forma do art 107 do CP. 5.5.1.3. Perempção Conforme art. 107 do CP, a perempção, na forma do artigo abaixo, é causa extintiva da punibilidade. Art. 60 do CPP. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal: I – quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos; II – quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o disposto no art. 36; III – quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais; IV – quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor. Ação civil – ex delicto. É aquela oriunda de uma condenação em processo penal no qual o autor busca uma indenização em face do dano sofrido pelo crime do qual foi vítima. Artigo fundamentais: Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu representante legal ou seus herdeiros. Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá ser efetuada pelo valor fixado nos termos do inciso IV do caput do art. 387 deste Código sem prejuízo da liquidação para a apuração do dano efetivamente sofrido. Art. 64. Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil. Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender o curso desta, até o julgamento definitivo daquela. Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato. Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil: I – o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação; II – a decisão que julgar extinta a punibilidade; III – a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime. Art. 68. Quando o titular do direito à reparação do dano for pobre (art. 32, §§ 1o e 2o), a execução da sentença condenatória (art. 63) ou a ação civil (art. 64) será promovida, a seu requerimento, pelo Ministério Público. 6. Competência e Jurisdição 6.1. Conceitos Poder atribuído com exclusividade ao Judiciário para decidir um determinado litígio segundo as regras legais existentes. É o poder das autoridades judiciárias regularmente investidas no cargo de dizer o direito no caso concreto. 6.2. Jurisdição x competência Não se pode confundir a jurisdição com a competência, sendo que esta é uma limitação daquela. Competência seria a parte da jurisdição que cada órgão jurisdicional pode legalmente exercer. 6.3. Características da jurisdição Substitutividade: a jurisdição é a atividade desenvolvida pelo órgão judicial em substituição as partes. Inércia: Não há, como regra, prestação jurisdicional de ofício. O Poder Judiciário dever ser provocado. Exceção: concessão de HC de ofício. Coisa julgada: impossibilidade de decisão judicial ser revista por órgão estranho ao Poder Judiciário. 6.4. Princípio do juiz natural Quando se busca fixar de maneira correta a competência, temos por objetivo respeitar o princípio do juiz natural (princípio de assento constitucional). Art. 5o da CF. [...] XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção; LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente. Aplicação imediata de lei que altera competência. Tenha cuidado com a lei processual penal no tempo, pois, segundo o art. 2o do CPP, ela é aplicada imediatamente (ainda que o processo esteja tramitando). Neste caso, o juiz que deixou de ser competente encaminha os autos ao que passou a ser. 6.5. Lei processual que altera as regras de competência Art. 2o. A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 6.6. Competências Guia de fixação de competência: Aqui temos “perguntas” que devem ser respondidas para fixarmos corretamente a competência. • Competência originária – o acusado tem foro por prerrogativa de função? • Competência de jurisdição – qual é a justiça competente? • Competência territorial – qual a comarca competente? • Competência de juízo – qual a vara competente? • Competência interna – qual o juiz competente? • Competência recursal – para onde vai o recurso? Agora você fará uma leitura com bastante atenção. A fixação da competência por prerrogativa da função é aquela que deriva da relevante função pública exercida pelo autor da infração. Como regra, ela está prevista na Constituição Federal. Ocorre que o STF vem cada vez mais restringindo sua aplicação, tudo em respeito ao princípio republicano. Segundo nossa Suprema Corte: As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Em resumo: o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Previsão legal para fixação da competência: Art. 69. Determinará a competência jurisdicional: I – o lugar da infração: II – o domicílio ou residência do réu; III – a natureza da infração; IV – a distribuição; V – a conexão ou continência; VI – a prevenção; VII – a prerrogativa de função. Muito cuidado com essa decisão judicial! Crimes contra vida – teoria do esboço do resultado: em regra, o CPP acolhe a teoria do resultado, considerando como lugar do crime o local onde o delito se consumou (crime consumado) ou onde foi praticado o último ato de execução (no caso

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