Se por um lado existiam arquitetos engajados com a construção de uma arquitetura fiel ao seu tempo, pode-se afirmar que, por outro lado, em meados ...

Se por um lado existiam arquitetos engajados com a construção de uma arquitetura fiel ao seu tempo, pode-se afirmar que, por outro lado, em meados do século XIX, personalidades como A. W. N. Pugin, John Ruskin e William Morris, contrários à mecanização, “defendiam uma reintensificação do trabalho dos artesãos e uma reintegração entre a arte e a utilidade” (CURTIS, 2008, p. 22). Percebe-se, portanto, que a formatação da arquitetura moderna não seguiu um percurso tão linear, sendo que ao longo do século XIX revivescimentos foram realizados, como se pode perceber no projeto de Charles Barry e Pugin para o Palácio de Westminster em Londres, uma estrutura neogótica, cujo objetivo era relembrar ou mesmo recriar o tom moral, a integridade nacional e a alta civilização, que supostamente era representada pelo estilo Gótico Perpendicular Inglês do século quinze. Figura 2 – Fachada do Rio Tâmisa, Palácio de Westminster, Charles Barry e A. W. N. Pugin, Londres, 1867 un_I_ques_4.jpg Fonte: Getty Images Considere as afirmações a seguir. I. A. W. N. Pugin, John Ruskin e William Morris acreditavam que a mecanização inevitavelmente causaria a degradação de todos os setores da vida, tanto nas menores quanto nas maiores escalas de um projeto. II. As múltiplas reutilizações do passado que caracterizam o panorama cultural do século dezenove não podem ser dissociadas da necessidade de criar e perpetuar instituições inteiramente novas, como museus, casas de ópera, parlamentos, entre outros. III. A mecanização evitou que houvesse um intenso deslocamento das pessoas para os centros urbanos, pouco afetando a forma da cidade ou transformando a área rural dos subúrbios urbanos em uma grande área de produção industrial. IV. Assim como Pugin, Ruskin e Morris, o arquiteto e teórico francês Eugène Viollet-le-Duc era contrário aos ideais progressistas, defendendo uma arquitetura fundamentada exclusivamente nas características greco-romanas. V. Eugène Viollet-le-Duc estava cada vez mais consciente do impacto dos novos materiais,