Refletindo sobre o preconceito racial existente no Brasil e nos Estados Unidos, o sociólogo brasileiro Oracy Nogueira criou os conceitos de preconc...

Refletindo sobre o preconceito racial existente no Brasil e nos Estados Unidos, o sociólogo brasileiro Oracy Nogueira criou os conceitos de preconceito de marca e preconceito de origem. Marca é o que aparece, o que se pode ver, o que se está na pele. Origem diz respeito à herança, ao sangue e pode não aparecer. A diferença entre esses preconceitos pode ser percebida por meio do exemplo de um filho ou neto de negro nascido branco por herança da mãe. No Brasil, onde vige o primeiro tipo de preconceito, essa pessoa descendente de negros, mas branca na pele, seria considerada branca. Nos Estados Unidos, não são negros os que se originam de negros, mesmo que a cor tenha se alterado. Considerando o preconceito racial em ambos os países, assinale a alternativa correta. A) O Brasil foi o último país da América a abolir a escravidão, em 1888. Passados mais de cem anos da abolição, a escravidão não está entre os fatores explicativos do preconceito racial existente no país no século XXI. B) A luta pelos Direitos Civis nos Estados Unidos, liderada por Martin Luther King, pautava, para todos os cidadãos e cidadãs norte-americanos, a igualdade de acesso a locais como lanchonetes, restaurantes e universidades, sem levar em conta a questão racial. C) No Brasil, o fator econômico não é mais considerado quando se trata da questão racial, uma vez que brancos e não brancos ganham, em média, salários equivalentes. D) O preconceito racial é camuflado no Brasil pelo discurso da miscigenação. Entre os artifícios usados por esse discurso está o apelo à “morenidade” da população brasileira, fator que revelaria não só a inexistência de preconceito racial no país, mas também o convívio harmonioso entre as diferentes raças. E) A questão do preconceito racial foi resolvida no século XX nos Estados Unidos. Por todo esse século brancos e negros puderam, por exemplo, frequentar os mesmos banheiros públicos e a reserva de assentos no transporte público não foi praticada.