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Existem três classificações de sistemas processuais penais paradigmáticos: o inquisitório, o acusatório e o misto. No sistema acusatório, presume-s...

Existem três classificações de sistemas processuais penais paradigmáticos: o inquisitório, o acusatório e o misto. No sistema acusatório, presume-se a culpa do réu; no sistema acusatório, presume-se a inocência dele; e no sistema misto, não se presume a culpa, o que não significa necessariamente que se presume a inocência.Na doutrina, há grande debate sobre o enquadramento do sistema processual brasileiro em uma dessas categorias. Os autores que classificam o sistema brasileiro como inquisitório não negam a vigência das normas constitucionais ou que haja elementos acusatórios, mas afirmam que o sistema brasileiro é predominantemente inquisitório. Os que defendem que o sistema brasileiro é acusatório e misto não negam a existência de normas inquisitórias, mas afirmam a supremacia das normas acusatórias constitucionais. Com base nisso, analise a seguinte situação: Uma pessoa foi condenada em primeiro grau pelo crime de roubo. O acusado do crime ficou inerte durante todo o processo penal, não produzindo qualquer tipo de prova a respeito de sua inocência. Na decisão, o magistrado ressaltou que o Ministério Público não comprovou devidamente a autoria do crime pelo acusado, mas tem o entendimento de que o Brasil adota um sistema processual penal misto, com características de sistema inquisitório e acusatório. Em razão desse entendimento, a inércia do acusado leva à presunção de sua culpa, uma vez que se negou a prestar depoimento a respeito dos fatos que lhe foram imputados. Ressaltou, ainda, que com base na teoria do processo como situação jurídica, cada parte (acusação e defesa) tem o ônus processual de liberar as suas cargas, ou seja, praticar atos em seu favor com o fim de garantir o resultado favorável no processo. Desse modo, a inércia do acusado leva à consequência de que ele assumiu o ônus de não produzir provas e também por essa razão deve ser condenado. O acusado-condenado apresenta recurso, buscando a reforma da decisão, asseverando que a sua inércia não gera a presunção de culpa de que o ônus da prova
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