O método comparativo consiste em tomar todas as manifestações particulares do fenômeno sob investigação, compará-las e retirar as características c...

O método comparativo consiste em tomar todas as manifestações particulares do fenômeno sob investigação, compará-las e retirar as características comuns – comuns a todas. No início da pesquisa, parte-se das características aparentes, atingindo-se, sempre pela comparação, as características menos visíveis, mais profundas. Utiliza-se o método comparativo na busca das semelhanças; pela indução chega-se ao geral – o geral é o que é comum, o que se repete; produz-se a categoria geral por generalização. Se, por esse procedimento, constroem-se os conceitos científicos; se, por esse procedimento, definem-se os “fenômenos em geral”; então, por esse procedimento, retém-se o essencial, o fundamental. DIAS, C. M. N. P. A sociologia como ciência em Durkheim. Revista Praia Vermelha, Rio de Janeiro, n. 13, p. 174-205, 2005. O método comparativo possibilita criar paralelos entre fenômenos sociais anacrônicos. Ou seja, ao se colocar sobre investigação um fenômeno, busca-se validá-lo universalmente de acordo com o seu acontecimento em diversas sociedades. Isso nos possibilita entender como os comportamentos se repetem e se constituem socialmente. Tal método surge com o sociólogo Émile Durkheim, que analisou sociedades aborígenes ao estudar o fenômeno religioso como agrupador social. Sobre o método comparativo como ferramenta de investigação sociológica, considerando o texto apresentado, julgue os itens a seguir. I. Pode-se dizer que o método comparativo possibilita se chegar à origem de fenômenos sociais em sociedades afastadas tanto temporalmente quanto geograficamente, o que por vezes dispensa a necessidade de investigar muitos fenômenos, quando já se tem um parecer completo sobre tais. II. O método comparativo possibilita estabelecer padrões entre os fenômenos, mas, por outro lado, decorre em um reducionismo quando se considera somente o universal, excluindo, assim, as diferenças culturais entre os povos e os seus fenômenos. III. No método comparativo, é considerada a singularidade dos fenômenos, mas a